A neurocisticercose é, sem dúvida, capítulo dos mais destacados da patologia tropical. Mercê de número relativamente grande de casos que têm aparecido em nosso meio, particularmente, dos progressos que têm sido feito nos conhecimentos a respeito de seu diagnóstico e de sua patologia, alguma cousa já conseguimos progredir em sua terapêutica. Conquanto ainda de resultados muito incertos, dadas as características próprias da moléstia, a extirpação cirúrgica do parasito pode ser esperada como algo promissor. O progresso em seus resultados depende naturalmente do progresso em nossos conhecimentos a respeito da própria moléstia, de suas formas anátomo-clínicas, e do estudo em evolução dos casos tratados desta maneira. Tal é o escopo do presente trabalho. O PROBLEMA ANATOMO-CLÍNICO DA NEUROCISTICERCOSEO cisticerco, desenvolvendo-se em contacto com o sistema nervoso central, ou com as meninges, determina reações mais ou menos intensas, dependentes do tempo de infestação, da sua intensidade, da eventualidade de estar o parasito vivo ou morto e, também, de sua localização. Esta se faz com maior freqüência nos espaços leptomeníngeos -em particular no espaço silviano ou na base do cérebro -ou sobre a substância cinzenta cerebral em contacto com as meninges; em menor número de casos ela é puramente parenquimatosa, mas preferentemente na substância cinzenta cerebral, córtex e núcleos cinzentos centrais.Em ambas eventualidades o cisticerco desempenha ação nefasta local e à distância, determinando reações focais e reações à distância. As primeiras se apresentam, de início, como fenômenos inflamatórios de características mais ou menos agudas e, posteriormente, como manifestações crônicas, com intensa proliferação conjuntiva e reação glial,
O presente trabalho tem por finalidade registrar resultados que reputamos os mais promissores na evolução da terapêutica da criptococose humana, obtidos com o emprêgo do Amphotericin Β.Sendo esta afecção moléstia grave, com incidência não rara na literatura médica, com incidência entre nós já comprovada por vários autores ( Foram os dados fornecidos pelo exame do liqüido cefalorraqueano (LCR) que vieram permitir o diagnóstico com segurança. Êle depende da demonstração do fungo já que as demais alterações dêsse líqüido não são suficientes para o diagnóstico diferencial entre a meningite por êle provocada e as causadas pela tuberculose, por certos abscessos ou por outras encefalites. Entre nós, Reis e Bei 78 , contribuíram demonstrando a possibilidade dêsse diagnóstico pelo emprêgo sistemático do método de pesquisa do fundo pela tinta da China e da cultura, em todos os casos em que tal suspeita diagnóstica esteja em mente. Com tal prática se tornou possível o diagnóstico na maioria dos casos.
PAULO PINTO PUPOOLAVO PAZZANESE OCTAVIO LEUÍMI A. MATTOS PIMENTAO registro da atividade elétrica cerebral, assim como a identificação das verdadeiras "tempestades elétricas" cerebrais ocorridas durante as cri ses epiléticas foram feitos, pela primeira vez, por Berger (1929Berger ( -1932 O método utilizado por esses diversos pesquisadores varia em pequenos detalhes, mas, em síntese, consiste no registro do traçado eletrencefalográfico com o auxílio de eletrodos especiais aplicados diretamente sobre o córtex cerebral exposto durante a intervenção cirúrgica. E' um exame complementar da eletrencefalografia que vem permitir mais precisa localização do foco epileptógeno, já individualizado por aquela, pela obtenção de traçado livre da distorção motivada pela distância variável entre os eletrodos, colocados sobre o couro cabeludo e o foco cerebral.A eletrocorticografia permitiu grande progresso na terapêutica neurocirúrgica da epilepsia, por isso que, sendo o foco ativo epileptógeno uma fonte de distúrbio essencialmente funcional, o seu exato reconhecimento, seja na periferia de foco lesional, seja em plena circunvolução macroscò-picamente normal, é absolutamente necessário para que possa ser inteiramente extirpado pelo neurocirurg.ão.
O assunto de que vamos tratar refere-se ao parentesco entre diversas moléstias familiares degenerativas do sistema nervoso, principalmente daquelas cujos sintomas se restrigem aos sistemas medular, neural e muscular. Pensamos trazer contribuição util, com a apresentação de três irmãos em cuja família a amiotrofia de Charcot-Marie-Tooth fez aparecimento várias vezes, umas em forma pura e outras mesclada com sintomatologia piramidal.As moléstias familiares degenerativas do sistema nervoso constituem capítulo bastante extenso e, principalmente, bastante controvertido da patologia médica. Descritas em sua maioria nas últimas décadas do século passado, sob formas puras, receberam o nome dos grandes mestres que delas se ocuparam. Mais tarde foram descritos casos em que a sintomatologia clássica estava acrescida de outros elementos, ou casos em que faltavam alguns dos sinais descritos, e que foram, então, classificados como pertencentes a entidades nosológicas à parte. As formas mixtas se tornaram cada vez mais numerosas e com isso ficou demonstrada a existência de formas de passagem entre umas e outras dessas moléstias, tudo conduzindo a pensar na possibilidade de parentesco entre elas.E' extensa a literatura relativa às moléstias familiares do sistema nervoso, focalizando-as sob os mais variados pontos de vista. No que diz respeito à classificação, é mais aceita a de Crouzon (1), que tomou por base a séde predominante das lesões anátomopatológicas no sistema nervoso e, com isso, as reuniu em 6 grupos distintos:
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