O objetivo desta pesquisa foi estudar o efeito de três manejos do solo: convencional, reduzido e sem preparo (semeadura direta) para a cultura do amendoim cv. IAC-503 semeado em sucessão com cana-de-açúcar no sistema MEIOSI, sobre as características agronômicas, produtividade e aflatoxina nos grãos colhidos. O ensaio foi realizado na safra 2020/2021 no município de Planalto (São Paulo, Brasil) sob área de cana-de-açúcar colhida crua, usando delineamento experimental de blocos casualizados, com três preparos do solo (convencional, reduzido com subsolador e semeadura direta) e sete repetições. Nenhuma diferença estatística foi verificada entre os tratamentos para produtividade de vagens. Por outro lado, as maiores perdas de vagens foram verificadas no preparo com escarificador e os maiores níveis de afaltoxina foram verificados na semeadura direta.
Os biofertilizantes são insumos importantes para obtenção de altas produtividades na cultura do amendoim, pois contribuem para reduzir os estresses bióticos e abióticos, bem como estimulam a simbiose com bactérias fixadoras de nitrogênio e outros microorganismos benéficos. Com objetivo de estudar o efeito do biofertilizante Vorax® e inoculante Atmo® sobre algumas características agronômicas dos cultivares de amendoim IAC OL-3 e IAC-503, foram instalados ensaios de campo em LATOSSOLO Vermelho eutroférrico, textura argilosa, situado no IAC em Ribeirão Preto/SP. Com delineamento blocos casualizados com quatro repetições, na safra 2019/20, foram estudados 5 tratamentos na cultivar IAC OL-3: controle (T1); 50 mL ha-1 de Vorax® pulverizados aos 25 (T2); aos 25 e 50 (T3), 25, 50 e 80 dias após a semeadura (T4), bem como o biofertilizante na dose de 30 mL ha-1 pulverizado em conjunto com os fungicidas a partir dos 45 DAS (T5). Na safra 2020/21, o ensaio com mesmo delineamento, testou 07 tratamentos na cultivar IAC 503: controle (T1); Atmo® (300 mL ha-1) no sulco de semeadura + Synflex® 150 mL ha-1 (T2); T2 + MQL007 (50 mL ha-1) no sulco de semeadura (T3); T3 + MQL007 (50 mL ha-1) pulverizado aos 25 DAS (T4); MQL007 (50 mL ha-1) pulverizado aos 25 DAS (T5); Vorax® (50 mL ha-1) pulverizado aos 25, 50 e 80 DAS (T6); T6 + pulverização aos 100 DAS (T7). Conclui-se para as condições dos experimentos que: três pulverizações de Vorax® (50 mL ha-1) proporcionaram aumentos significativos na ordem de 27% e 24%, respectivamente para os cultivares IAC OL-3 e IAC 503, bem como a aplicação no sulco do inoculante Atmo® + Synflex® associado com bioestimulante MQL007 proporcionou ganhos de 27% na produtividade de vagens do IAC 503.
O uso de insumos à base de micro-organismos é uma forte tendência na agricultura contemporânea, com propósitos fitossanitários, nutricionais e de aumento da tolerância aos estresses abióticos, embora ainda incipiente na cultura do amendoim. Com objetivo de avaliar os efeitos agronômicos do consórcio de micro-organismos foram instalados três ensaios, sendo um em casa-de-vegetação no ano 2018 e dois em campo na safra 2018/2019 (reforma de canavial) e 2019/2020 (em sucessão ao milho) em condição de Latossolo Vermelho eutrófico, na área experimental do Centro de Cana do IAC, Ribeirão Preto/SP. Em todos os ensaios utilizou-se delineamento experimental em blocos casualizados, sendo 03 tratamentos (Testemunha, Bacillus pumilus e SoloPrêmio®). No ensaio em condição de casa-de-vegetação (cv IAC-OL3); 05 tratamentos (Testemunha, Bacillus subtilis, Bacillus pumilus, B. subtilis + B. pumilus, SoloPrêmio®) na safra 2018/19 (cv IAC-503) e 04 tratamentos (Testemunha, SoloPrêmio® e dois consórcios experimentais C1 e C2) na safra 2019/2020 (cv IAC-OL3). O consórcio 1 (Azospirilum sp., Bacillus subtilis, Bacillus thuringiensis, Bradyrhizobium japonicum) e consórcio 2 (Bacillus pumillus, Bacillus amilolyquefaciens e Trichoderma sp.) não são comerciais. Em condições controladas foi possível identificar aumento de 46% no número de nódulos, na safra 2018/19 (ocorrência de veranicos) ganhos de 16% na produtividade de vagens e na safra 2019/20 aumentos expressivos de 17% na biomassa seca total aos 90 dias, quando foram aplicados micro-organismos isoladamente e em consórcio. Pode-se concluir que o uso de consórcio de micro-organismos é uma estratégia importante sobretudo em condições adversas de clima e solo.
A alta produtividade do amendoim no Brasil advém da utilização de novas cultivares do mercado. Mesmo assim faz-se necessário o uso de práticas culturais para otimizar essa produção como a semeadura em diferentes densidades e épocas do ano. Por isso, o objetivo desse trabalho foi avaliar os efeitos da densidade e época de semeadura na produção de amendoim de três cultivares. Realizou-se o experimento no Centro Avançado de Pesquisa em Cana, em Ribeirão Preto-SP, na safra 2021/22, utilizando-se o delineamento experimental em parcelas sub-subdividas com três repetições, tendo os tratamentos divididos em três cultivares de amendoim (IAC OL3, IAC 503 e Granoleico), quatro densidades de semeadura (5, 10, 15 e 20 plantas por metro linear) e duas épocas de semeadura (outubro e novembro). As avaliações realizadas foram: produtividade de vagens e de grãos (além de seu rendimento), massa de 100 grãos, índice de colheita e número de vagens. As médias foram submetidas ao teste de Tukey a 5% de probabilidade. Conclui-se que houve um aumento na produção de grãos da cultivar Granoleico e IAC OL3 em comparação com a IAC 503. Para a característica densidade, quanto menor o número de plantas por metro, a produtividade de vagens, de grãos e massa de 100 grãos foi inferior as demais estudadas. Em relação as épocas estudadas, mostrou-se que para produtividade de vagens a primeira época foi superior e, para rendimento de grãos, a segunda época foi melhor.
O percevejo-preto, Cyrtomenus mirabilis (Perty, 1830) (Hemiptera: Cydnidae) é considerada atualmente como a mais importante praga de solo em amendoim no Brasil. Seus danos estão relacionados ao ataque em vagens na fase de desenvolvimento dos grãos, na qual ninfas e adultos inserem o estilete de seu aparelho bucal, atingindo os grãos em desenvolvimento. Há a hipótese de que o enxofre possa ser útil atuando como inseticida e/ou repelente desta praga em amendoim. O objetivo do trabalho foi identificar possíveis fontes de enxofre capazes de repelir ou controlar o percevejo-preto diminuindo os danos seus ocasionados. Para isso, foram instalados dois experimentos em área do Polo Centro Norte em Pindorama, SP, e no Centro de Cana do IAC em Ribeirão Preto, SP. Os experimentos foram em blocos casualizados com oito tratamentos, e quatro repetições. Ao final do ciclo do amendoim foi contabilizado o número de percevejos por trincheira e avaliado os danos causados nos diferentes tratamentos. Em Pindorama a baixa ocorrência do inseto impediu as comparações. Já em Ribeirão Preto foi possível observar diferenças entre os tratamentos. Com base nos resultados obtidos no experimento em Ribeirão Preto pode-se concluir que: O uso de enxofre reduz acima de 25% os danos ocasionados pelo percevejo-preto; Sulfurgran B-Max na dosagem de 70 Kg ha-1 aplicado no sulco de semeadura associado à gessagem na dosagem de 1.000 Kg ha-1 aos 92 DAS reduz a população de percevejos e seus danos ocasionados.
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