O artigo trata do “estado da arte” que objetivou identificar, em quatro revistas que publicam estudos da Educação Física, as produções acadêmicas relacionadas com as questões étnico-raciais. Utiliza as palavras/conceitos: identidade, afro, étnico, cultura e etnia. Foram analisados 17 artigos contendo em sua discussão central elementos étnico-raciais. O recorte temporal decorreu de janeiro de 2013 a janeiro de 2018. Para facilitar o entendimento do conjunto dos trabalhos, eles foram divididos em blocos agrupando temáticas em comum. O processo posterior foi a análise da discussão dos conceitos, buscando a compreensão dos significados no interior de cada artigo elencado. A ordenação em bloco permitiu perceber as características e o tratamento do objeto conceitual, nos mostrando, ainda, uma ausência nas discussões étnico-raciais no que diz respeito ao Esporte e Educação.
Este estudo analisa os programas educacionais étnico-raciais dos últimos dez anos nos municípios de Vitória e de Cariacica, no estado do Espírito Santo. Especificamente, analisa as ações e a sua efetividade e busca identificar a intervenção da Educação Física no contexto desses programas. A metodologia percorreu dois caminhos: a) estudos dos documentos institucionais com as propostas étnico-raciais; b) entrevista semiestruturada com os agentes da Comissão de Estudos Afro-Brasileiros (Ceafro) das Secretarias de Educação dos municípios supracitados. O estudo revelou que os elementos da cultura corporal não constituem instrumentos para a superação dos conflitos raciais no contexto escolar; existem estreitas relações entre a Ceafro e as instituições organizadas da sociedade; e os professores que aderem aos programas são militantes e/ou participantes nas causas étnico-raciais.
RESUMO O presente trabalho se propõe a refletir sobre a construção de um currículo insurgente pautado no ensino das relações étnico-raciais, trazendo aos conteúdos da Educação Física os estudos afrorreferenciados e culturais. Em razão das desigualdades socio-raciais, tais estudos dialogam diretamente com as implicações oriundas dos corpos negros na escola, considerando as estéticas afro-diaspóricas e a filosofia Ubuntu como base para o cumprimento dos conteúdos sugeridos pela Lei nº 10.639/03 por meio de uma pedagogia interdisciplinar.
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