A terapia cognitivo-comportamental é uma intervenção breve, semi-estruturada e orientada para metas, que tem sido amplamente utilizada nos centros de pesquisa e tratamento de transtornos alimentares. O presente artigo tem por objetivo descrever as principais estratégias cognitivas e comportamentais utilizadas no tratamento ambulatorial dos transtornos alimentares. Vários ensaios clínicos avaliaram a eficácia da terapia cognitivo-comportamental, indicando que ela favorece a remissão ou diminuição da freqüência de episódios de compulsão alimentar, dos comportamentos purgativos e da restrição alimentar. Tem sido relatada também melhora do humor, do funcionamento social, e diminuição da preocupação com peso e formato corporal.
O presente trabalho teve por objetivo investigar o efeito de descrições verbais, acompanhadas ou não de operantes autoclíticos, sobre o desempenho de participantes adultos, em uma tarefa de escolha. Para isto, um delineamento de escolhas concorrentes foi planejado, sendo observado o padrão de preferência de cada participante entre alternativas de reforçamento menor e imediato ou maior e atrasado, durante um jogo de computador. Uma vez estabelecida a preferência, descrições verbais foram introduzidas, sendo avaliado se a inclusão de operantes verbais autoclíticos favoreceria ou não o controle pela descrição, verificado a partir da emissão de respostas contrárias ao padrão inicialmente estabelecido. Os resultados apontam que um padrão de preferência por reforçadores maiores e atrasados foi mais facilmente instalado do que a preferência por reforçadores menores e imediatos, quando um reforçador monetário foi utilizado. Para sete dos quinze participantes, a introdução das descrições produziu a reversão do padrão de preferência inicialmente estabelecido, independente da direção em que as escolhas estivessem sendo inicialmente realizadas. Quanto ao efeito produzido pela inclusão dos autoclíticos observa-se que, independente do tipo de autoclíticos apresentado (qualificador positivo X qualificador negativo), descrições acompanhadas por autoclíticos evocaram respostas de escolha dos participantes, particularmente entre aqueles que tivessem demonstraram preferência inicial por reforçamento maior e atrasado. Diante de descrições acompanhadas por operantes verbais autoclíticos o aumento no tempo para emissão da resposta também foi observado, sendo este efeito acentuado na presença dos qualificadores negativos. Palavras-chave: Descrições verbais, Autocontrole, Operantes Autoclíticos. ALMEIDA, PAOLA E. M. Verbally governed behavior: an analysis of the effects of autoclitic verbal operants upon choice behavior. São Paulo, 2009. Doctoral thesis. USP-SP.
Para a Terapia Comportamental, é necessário conhecer a função do comportamento quando se pretende planejar intervenções individualizadas, eficientes, e com resultados de longo prazo. O presente trabalho buscou identificar a função dos comportamentos obsessivo-compulsivos de um adolescente a partir de estratégias de avaliação funcional indireta, avaliando a ocorrência desses comportamentos diante dos contextos “social”, de “demandas”, “lazer” e na condição “sozinho”, conforme o modelo de Análise Funcional proposto por Iwata, Dorsey, Slifer, Bauman, & Richman (1994). Os resultados indicaram que, além do possível reforçamento negativo sensorial produzido pelos comportamentos obsessivos compulsivos, a liberação de consequências sociais e a retirada de demandas seriam condições importantes na manutenção do TOC. Os resultados podem tanto indicar um controle múltiplo das contingências envolvidas na manutenção das respostas avaliadas, quanto uma fragilidade do procedimento em diferenciar as contingências relevantes. Testes experimentais adicionais e a avaliação de intervenções funcionalmente orientadas seriam indicadas para confirmação das hipóteses levantadas.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.