Farmacologia, Preparações farmacêuticas, Odontologia

Este artigo apresenta o imaginário social como princípio gerador para discussões em torno da Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido Brasileiro (ECSAB) que, como o próprio nome sugere, tece uma relação intrínseca entre Educação e Contexto, na busca por dar sentido aos saberes que perpassam a escola. Assim, adotou-se a seguinte questão-problema: como os estudos sobre o imaginário social podem contribuir para o pensamento em torno de uma Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido Brasileiro? Essa proposta se ampara nos estudos do imaginário de Cornelius Castoriadis (1982), em seus conceitos de criação e autonomia, a partir de uma revisão integrativa de literatura sobre a presença do imaginário social nos estudos sobre a educação e a ECSAB. Os principais resultados apontam que os estudos que vão nessa direção refletem de maneira ampla a formação docente e, no que diz respeito à ECSAB, a noção de imaginário surge como uma importante categoria de intervenção utilizada para ressignificar e reconfigurar os processos pedagógicos instituídos por um imaginário com marcas coloniais, que se materializa num currículo universalizante, de natureza “neutra” e esvaziado de contexto.

O presente artigo analisa como as mulheres do sertão são representadas nos Jogos Digitais produzidos na Bahia. Propõe-se um estudo focado nas personagens femininas construídas pelo gameÁrida: Backland’s Awakening que retrata mulheres do sertão baiano do século XIX. Com base nos estudos de representação, identidade e no contexto sócio-histórico que consolida as ideias de Nordeste e Sertão, utiliza-se a Análise de Conteúdo (AC) para refletir sobre as caracterizações das personagens no enredo deste jogo. A hipótese sustenta que Árida tende a transpor uma visão que comumente subjuga as mulheres do Semiárido ao silenciamento e/ou à masculinização. Por outro lado, pode evidenciar elementos que propagam uma representação euclidiana da ideia de sertão, envolvendo a trajetória das personagens e mobilizando suas ações.

Este trabalho se alicerça nos princípios da Educomunicação e da Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido Brasileiro (ECSAB) para refletir sobre as relações entre cinema e escola. Trata-se de um estudo baseado na proposta fílmica do “Produção de Vídeos Estudantis” (Prove), da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, iniciativa que sugere uma dinâmica alternativa para o ensino-aprendizagem de cinema e dá suporte para pensá-lo enquanto prática educomunicativa e contextualizada no âmbito da educação formal. A pesquisa possui caráter bibliográfico, complementado por algumas entrevistas com docentes de escolas em Juazeiro-BA, e seus resultados dão indícios de que o Prove pode caminhar nessa direção, enquanto uma ação que, por si só, já promove alguns movimentos nas estruturas do sistema de ensino ao convocar o imaginário dos estudantes, mobilizando também os professores, em torno de uma ação audiovisual ancorada na realidade da escola e de seus sujeitos.