Introdução: O brincar é uma atividade fundamental na infância e para o desenvolvimento infantil, e deve ser mantida inclusive nas situações de doença e hospitalização. Objetivo: O objetivo deste estudo foi elucidar a experiência da equipe multidisciplinar com o uso do brinquedo durante o tratamento de crianças com câncer. Método: Trata-se de um estudo qualitativo, realizado em uma instituição que presta assistência especializada a crianças e adolescentes com câncer. Os aspectos éticos da pesquisa com seres humanos foram respeitados. Participaram do estudo dez membros da equipe multidisciplinar que utilizam o brinquedo ou brinquedo terapêutico junto à criança em tratamento oncológico. A coleta de dados utilizou como estratégia a entrevista semiestruturada. As narrativas foram analisadas segundo o referencial da Análise de Conteúdo. Resultados: As experiências compartilhadas revelaram quatro categorias representativas: I. o brinquedo como uma estratégia para que a criança compreenda sobre o universo da doença; II. o brinquedo como um recurso que proporciona segurança para seguir em frente; III. o brinquedo como uma forma de dar voz às emoções que não podem ser silenciadas; IV. o brinquedo como uma ponte que aproxima profissionais, criança e família. Conclusão: Conclui-se que o brinquedo é uma estratégia fundamental de criação e estreitamento do vínculo com a criança e sua família, permitindo que a criança expresse suas vivências e sentimentos. Brincar estabelece uma comunicação que possibilita a compreensão da criança sobre a sua doença e o tratamento como um ser singular.
Introdução: A obtenção de um acesso venoso em crianças e adolescentes com câncer é um desafio para os enfermeiros. O cateter central de inserção periférica (PICC) tem sido utilizado como uma alternativa para obtenção de um acesso venoso duradouro, confiável e seguro na Oncologia Pediátrica. Objetivos: Identificar o perfil das crianças e adolescentes com indicação do uso de PICC, elencar os motivos de remoção e o tempo de permanência do cateter durante o tratamento oncológico. Método: Estudo quantitativo, descritivo e retrospectivo, que utilizou como técnica de pesquisa a análise documental, por meio de prontuários e registros institucionais. A amostra foi constituída por 51 prontuários nos quais constam registros de cateteres inseridos no período de 2012 a 2016. Resultados: Pacientes do sexo masculino corresponderam a 66,6% dos registros, sendo a faixa etária prevalente entre 4 e 9 anos (30,7%). Os diagnósticos mais frequentes foram de leucemias (41%) e linfomas (25,6%), com tempo de diagnóstico no momento da inserção do PICC menor que um mês (51,9%). Os motivos de remoção do PICC foram o término do tratamento (45%), infecções (17,6%), tração do acidental (15,6%), obstrução (11,7%) óbito do paciente (5,8%) e ruptura do cateter (3,9%). O tempo médio de permanência foi de 145 dias. Conclusão: Os dados apontam que a maior parte das remoções do PICC foi por motivos eletivos; ou seja, decorrentes do término da terapêutica intravenosa, além de uma alta taxa de permanência do cateter. O PICC mostrou ser uma importante opção para terapia intravenosa em Oncologia Pediátrica.
RESUMO Objetivos: apresentar um modelo teórico sobre o contexto interacional entre profissionais de saúde e famílias de crianças e adolescentes em cuidados paliativos. Métodos: estudo qualitativo sob os referenciais da Teoria Fundamentada nos Dados e Interacionismo Simbólico. Participaram dez profissionais atuantes em cuidado paliativo, por meio de entrevista semiestruturada, a partir da técnica “bola de neve”, entre os anos 2020 e 2021. Resultados: a análise comparativa dos dados resultou no modelo teórico ‘Buscando por conexão humana para transcender simbolismos do cuidado paliativo pediátrico’. Evidencia elementos simbólicos que sustentam a construção do contexto colaborativo integrando dois fenômenos: ‘Rompendo fronteiras e entrelaçando caminhos’ e ‘Acolhendo o sofrimento para tecer experiências de vida significativas’. Simbolismos dos cuidados paliativos orientam comportamentos das famílias e profissionais, constituindo-se no principal interveniente a ser manejado. Considerações Finais: simbolismos e sofrimento integram continuamente a experiência interacional do profissional. Empatia e compaixão são elementos fundamentais para sua conexão com as famílias.
Objectives: to present a theoretical model for the interactional context of health professionals and families of children and adolescents under palliative care. Methods: qualitative study based on the theoretical frameworks of Grounded Theory and Symbolic Interactionism. Ten palliative care professionals took part in this study through semi-structured interviews employing snowball technique from 2020 to 2021. Results: the comparative data analysis resulted in the theoretical model “Searching for human connection to transcend symbolisms in pediatric palliative care”. It reveals symbolic elements that substantiate the construction of a collaborative context integrating two phenomena: “Overcoming boundaries and intertwining paths” and “Embracing suffering to weave meaningful experiences”. Symbolisms in palliative care guide the behavior of families and professionals, which makes them the key factor to be managed. Final Considerations: symbolisms and suffering continually integrate the interactional experience of professionals. Empathy and compassion are fundamental elements to enable their connection with families.
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