Tendo em vista que, ao longo do Curso de Linguística Geral (CLG), encontramos uma série de instruções ao linguista, sobretudo quanto ao seu papel como teórico da linguagem, o trabalho observa como Émile Benveniste, reconhecido leitor da obra saussuriana, toma para si algumas das tarefas apresentadas no CLG. Busco, na obra benvenistiana, em suas análises e em suas exposições teórico-metodológicas, reflexos da teoria saussuriana, na tentativa de responder em que medida Benveniste executa tanto aquilo que é apenas apontado no CLG, como o que ainda precisava ser feito em Linguística.
RESUMO:Este artigo tem como objetivo analisar a relação entre o gênero comentário em uma página no Facebook e reações de usuários nesse contexto. Consideramos que a navegação e a leitura que os usuários fazem na rede devem ser relacionadas (COSCARELLI, 2016) e que o modo de interação nesse ambiente pode variar do mais básico (reação como "curtir", "amar", "rir" etc.), passando pelo compartilhamento até o comentário, possivelmente o nível mais profundo de interação dos usuários com uma publicação. Se estes participam da rede por questões de afinidade (RECUERO, 2012) e fazem uso de seu excedente cognitivo para criar uma cultura de participação nesses espaços (SHIRKY, 2011), pressupõe-se que determinados temas sejam mais convidativos à interação, o que se tenta verificar pelo conjunto das reações analisadas. Espera-se que, por meio delas e de sua relação com o texto a que se referem, seja possível prever as características do comentário realizado e do tipo de texto comentado. Assim, a partir da extração de dados pelo aplicativo Netvizz de uma página específica na rede, recortaremos nosso objeto às reações "odiar", levantando a hipótese de que essa reação deve indicar um tópico polêmico ou de insatisfação do grupo.
Num contexto de crescente presença tecnológica em cenário educacional, o objeto recortado nesta pesquisa foi o uso que estudantes de graduação fazem do corretor ortográfico em processadores de texto. Propôs-se a calouros dos cursos de Engenharia e de Letras Português, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), no Brasil, a elaboração de um texto, no processador Word, tendo disponível o corretor ortográfico em modo não automático. O processo de escrita gravado por meio de softwares de gravação de tela. Tomaram-se como indicadores específicos para a análise o fato de os estudantes terem corrigido as marcações da ferramenta com base nas sugestões dadas pelo corretor ou em seus conhecimentos, o número de inadequações gráficas ou sintáticas e os erros mecânicos. Constatou-se elevado grau de confiança no corretor, o que pode prejudicar, especialmente, a etapa de revisão textual. Houve, entretanto, casos de usos consideravelmente contextualizados. Em comparação, concluiu-se que o grupo de Letras se destacou por apresentar um nível de consciência maior ao usar a ferramenta. A pesquisa discute, nesse contexto, a imbricação entre linguagem e tecnologia (Cupani, 2011; Feenberg, 2002; Pinto, 2005); as revoluções tecnolinguísticas (Auroux, 1992; Coulmas, 2014; Fayol, 2014; Haas, 1996); e a educação em ambiente tecnológico (Sibilia, 2012).
O presente trabalho parte da seguinte indagação: se todos os falantes bilíngues possuem a capacidade de traduzir de sua língua materna para a língua estrangeira (e vice-versa), o que singulariza o tradutor e o diferencia do bilíngue comum? A hipótese levantada nesse texto é a de que a diferença reside essencialmente na leitura especializada que um tradutor realiza do texto a ser traduzido. Propõe-se, então, por meio do escopo teórico da Linguística da Enunciação, que o tradutor realiza uma leitura do processo de criação da significação do texto original (ou seja, da enunciação), em oposição à leitura do produto (ou seja, o enunciado), própria do falante bilíngue. Com isso, o texto tenta contribuir para os estudos sobre tradução desde uma visada teórica enunciativa, (re)pensando como os estudos enunciativos da linguagem percebem o papel do tradutor e concebem a prática tradutória.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.