Agradeço ao Professor Gerson pela construção deste trabalho, pelas possibilidades, pelo aprendizado, por uma nova linguagem, nascente do espírito científico. Ao Professor Emmanuel pela confiança, por ter me guiado por caminhos e labirintos da pesquisa em Análise do Comportamento. À Denise, pelo ensino, pela amizade, pelos primeiros passos rumo à pesquisa sobre linguagem. Às Professoras, Paula e Marta e a todos os alunos da disciplina seminários pelos comentários que enriqueceram o projeto. À Ramaiana, uma doce figura. Mesmo longe, dos mais diversos jeitos, estava sempre perto, durante todo o tempo de mestrado e de São Paulo. Aos colegas de laboratório, Edson, pelo apoio, por ter acompanhado o projeto desde seus primeiros momentos, desde as brincadeiras do homem da luva. Candido, pelos momentos de muita produção, diversão e aprendizagem. Will, companheiro, amigo, pelo trabalho, pelos estudos, planos, cafezinho e chocolate. A todos Saulo, Alessandra, Vivi, Eliana, Marcelo, Nico, Rafael que estavam sempre presentes, com boas conversas, em bons momentos, outros difíceis. Todos são, de algum modo, autores deste trabalho. Aos velhos amigos Gil, pelas longas conversas produtivas, pela viola na praça, garça e castelos poéticos invertidos. Heitor, pelo sempre incentivo, pela língua francesa, pelos puxões de orelha. Luciana, por ser tão poesia, seu riso, tão presente. Rubens, pela escrita, os saraus. Angela, pela amizade, cumplicidade, praça do horto, nossos tropeços, nossas vitórias. Carolina, por seu jeito querido de entregar aos olhos formas mais leves de ver o mundo. Trouxe todos comigo. Sozinho, aqui, não teria chegado lá. A minha família, minha avó Rosa, minha irmã amiga Roseane, meu irmão Wolf, meus doces e guerreiros sobrinhos Deryck e Enzo, minha querida mãe pelo suporte, pela história, pela força, pelo apoio. Não precisei nem trazê-los comigo, já me (a)guardavam aqui. Ao meu pai, meu avô e ao tio Renê, meu querido tio Renê. "Por muito tempo achei que a ausência é falta/ E lastimava, ignorante, a falta/ Hoje não a lastimo/ Não há falta na ausência/ A ausência é um estar em mim". (Carlos Drummond de Andrade).
A difusão da terapia verbal de base analítico-comportamental deu origem a uma agenda de investigações em análise do comportamento, com o objetivo de especificação de algumas de suas dimensões. O presente artigo apresenta um percurso de investigação, com vistas ao desenvolvimento de uma metodologia para a análise de verbalizações (respostas verbais vocais) de terapeutas em terapia analítico-comportamental. São descritos cinco estudos que avaliaram condições de treino e um sistema para a categorização de verbalizações de terapeutas, baseado em possíveis funções básicas dessas verbalizações. A qualidade do sistema foi avaliada aferindo-se o índice de concordância entre categorizadores. Nos estudos, foram manipuladas variáveis como características do sistema de categorização, experiência do categorizador com a tarefa, familiaridade do categorizador com a categorização por outros, tipo e quantidade de treino e complexidade das sessões. Os resultados mostram que: a) o treino favorece índices de concordância muitas vezes superiores a 70%, sugerindo certa consistência do sistema de categorização; b) os índices de concordância são mais elevados para as categorias Investigar e Confrontar e uma maior proporção destas no conjunto das verbalizações categorizadas explica os melhores índices de concordância alcançados; c) o processo de aferição da concordância por comparação das categorizações de categorizadores pode resultar em índices que não refletem a qualidade do sistema de categorização. Características do material categorizado e do processo de categorização são apontadas como obstáculos para que sejam alcançados índices de concordância superiores a 70% e como indicação de que aspectos metodológicos podem explicar índices elevados alcançados em alguns estudos.
RESUMO -Os movimentos dos olhos produzem estímulos discriminativos para o comportamento de ler. O presente estudo teve por objetivo analisar os movimentos dos olhos de dois participantes durante a leitura de anagramas e identificar os operantes verbais envolvidos. A tarefa consistia em vocalizar uma palavra utilizando cinco letras. Na Fase 1, as letras formavam apenas uma palavra, sempre que observadas em uma mesma sequência espacial. Na Fase 2, formavam duas ou mais a partir de diferentes sequências. Na Fase 2, apesar da possibilidade de múltipla formação de palavras, as palavras vocalizadas foram aquelas formadas pela mesma sequência reforçada na fase anterior. Com base nos movimentos dos olhos, as vocalizações foram analisadas à luz dos conceitos de comportamento textual, auto-correção e intraverbal.Palavras-chave: movimentos dos olhos; comportamento textual; comportamento intraverbal; leitura; humanos. Identifying Verbal Operants in Reading by Means of Eye Movement AnalysisABSTRACT -Eye-movements produce discriminative stimuli for reading. The objective of the present study was to analyze the eye movements of two participants during anagram reading and to identify the verbal behavior involved in it. The task consisted of vocalizing a word composed of five letters. In Phase 1, the letters formed only one possible word when observed in a specific spatial sequence. In Phase 2, the letters formed two or more words via different sequences. In Phase 2, despite the fact that multiple words could be read, the vocalized ones were those formed by the same sequence reinforced in the previous phase. Based on the eye movements, vocalizations were analyzed using the concepts of textual, self-correction and intraverbal behavior.Keywords: eye movements; textual behavior; intraverbal behavior; reading; humans. Os movimentos dos olhos antecedem e/ou são simultâneos a uma infinidade de comportamentos (Schroeder & Holland, 1968a, 1968b, desde comportamentos simples, como procurar ou pegar um objeto, até comportamentos refinados e específicos do ser humano, como o comportamento verbal e, mais especificamente, a leitura (Skinner, 1957).O comportamento verbal foi descrito por Skinner (1957) como um comportamento operante (do falante) estabelecido e mantido pela mediação de outras pessoas (os ouvintes) especialmente treinadas para isso (Passos, 2007). Skinner classificou diferentes comportamentos verbais baseando-se em diferentes relações entre os estímulos antecedentes, tipos de respostas e suas consequências. Respostas verbais controladas por estímulos antecedentes verbais e por reforçadores generalizados foram classificados como comportamentos ecóicos, transcrições, ditados, textuais ou intraverbais. No que se refere aos objetivos deste trabalho, faz-se necessário especificar as características das relações que descrevem, em particular, os comportamentos textuais e intraverbais.O comportamento textual é descrito pelas relações em que estímulos antecedentes verbais evocam respostas vocais que, por sua vez, são mantidas por aprese...
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