A criptococose é uma doença fúngica infecciosa, tegumentar e/ou sistêmica, crônica, de distribuição global, causada por levedura sapróbia do gênero Cryptococcus que pode infectar humanos, animais silvestres e mamíferos domésticos, especialmente felinos domésticos. Duas espécies estão mais diretamente envolvidas com a doença: o Cryptococcus neoformans e o Cryptococus gattii, porém pacientes imunocomprometidos têm, como principal causador, o Cryptococcus neoformans. Todavia, O Cryptococcus gattii, além de afetar hospedeiros imunossuprimidos, também pode causar a doença em indivíduos imunocompetentes. Este relato apresenta os achados clínicos e o diagnóstico firmado com o exame histopatológico de um caso de pneumonia e leptomeningite criptocócica em um felino, macho, sem raça definida, de cinco anos de idade, atendido no Hospital Veterinário “Dr. Vicente Borelli” – do Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos (Unifeob).
Papilomatose canina é uma patologia infectocontagiosa causada pelo papilomavírus e caracterizada por neoformações benignas cutâneas na cavidade oral, lábios, faringe, esôfago e trato genital. Esta enfermidade é espécie-específica, de caráter autolimitante, com regressão entre quatro e oito semanas após o surgimento das lesões; em alguns casos, porém, pode se tornar crônica, causando disfagia e até obstrução faringeana. Sua transmissão se dá por meio de contato direto ou indireto com secreções ou sangue advindo de animais contaminados. O diagnóstico é obtido com a associação de aspectos clínicos e exame histopatológico. Devido ao potencial autolimitante, diferentes protocolos de tratamento são descritos, dentre eles, imunoestimulantes, autovacinas, ressecção cirúrgica, fármacos antivirais e auto-hemoterapia. Este trabalho descreve um caso de papilomatose com enfoque na falha na utilização da vacina autógena associada à Propionibacterium acnes.
O plasma possui uma elevada concentração de plaquetas em um pequeno volume final. Denominado de Plasma Rico em Plaquetas (PRP), é considerado um hemocomponente que ao ser retirado do próprio paciente pode ser utilizado no tratamento de feridas tanto em humanos como em animais de diversas espécies, a fim de se obter uma cicatrização mais rápida. A cicatrização é um processo resultante da regeneração do tecido lesado, que ocorre através de uma cascata de eventos que se divide em três fases: a inflamação; a proliferação e por último o remodelamento tecidual. Este trabalho teve o objetivo revisar a literatura para elucidar melhor a eficácia do gel de plasma rico em plaquetas no tratamento de ferida de cães, através da resposta da cicatrização e da regeneração tecidual. Foi realizada uma busca por dissertações e artigos científicos nas linguagens portuguesa, espanhola e inglesa, publicados no intervalo de 1997 a 2019, a fim de reconhecer os efeitos do plasma rico em plaquetas, sua composição, modo de preparo e uso em feridas nos animais, especialmente nos cães. Pode se concluir que o tratamento de feridas em cães com o plasma possui bom efeito antimicrobiano, reduzindo risco de infecções, sendo de fácil aplicação, resultando em uma boa aderência na área da lesão e a um baixo custo em sua obtenção.
A alergia alimentar é bastante citada em cães e humanos, mas nos gatos são poucos os relatos que a diferenciam da síndrome da pele atópica felina, sendo a sintomatologia parecida. O prurido de face e região cervical nessa espécie é frequentemente relatado. O diagnóstico finitivo é realizado através da exclusão de outras afecções dermatológicas e testes alimentares. A dieta de eliminação consiste em retirar algum nutriente da dieta por determinado período e posteriormente realizar desafios com o mesmo alimento, com intuito de um diagnóstico cauteloso. Caso o paciente apresente sinais clínicos durante o desafio, ele será considerado alérgico para esse alimento. Diante do fato de não existirem critérios bem definidos para essa doença e do aumento da casuística na clínica, o presente trabalho tem como objetivo relatar o caso de um felino, SRD que, após ser tratado sem sucesso por outras enfermidades cutâneas, demonstrou melhora clínica com o tratamento para alergia alimentar.
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