Introdução: A Artrite Reumatoide (AR) é uma doença autoimune caracterizada pela inflamação das articulações, que pode provocar deformidades e afetar outros tecidos e órgãos. Os medicamentos biológicos representam um grande avanço no tratamento da AR. Estudos apontam que os biológicos disponíveis apresentam perfis de efetividade e segurança semelhantes. A gama de alternativas de tratamento torna possível a substituição de um biológico por outro em caso de falha terapêutica, reação adversa ou outros motivos. Nesta perspectiva, o estudo teve por objetivo caracterizar os motivos e estratégias de substituição entre biológicos no tratamento de pacientes com AR assistidos em um Centro de Infusão de um Hospital Universitário de Salvador-BA. Métodos: Estudo observacional transversal, com coleta de dados retrospectiva, realizada entre junho e agosto/2018. Foram avaliados os registros de acompanhamento farmacêutico dos pacientes, utilizando formulário estruturado para coleta dos dados sócio-demográficos e histórico de tratamento. Foi usada estatística descritiva simples, com frequências absolutas, percentuais e médias. Aprovado pelo Comitê de ética do HUPES sob o número CAAE 89660418.8.0000.0049. Resultados: Dos 326 pacientes com AR em uso de biológicos assistidos, 152 (46,6%) já utilizaram mais de um biológico. Destes, 128 (84,2%) são do sexo feminino. A média de idade foi de 51,7 anos. 76 pacientes (50%) já utilizaram dois biológicos diferentes; 48 (31,6%) três biológicos; 23 (15,1%) quatro biológicos; quatro pacientes (2,6%) já utilizaram cinco biológicos diferentes. Foram realizadas, no total, 258 substituições de tratamento. Destas, a maioria (64,7%) ocorreu devido à falha secundária, quando, após resposta satisfatória inicial, há recidiva da doença. Reações adversas ao medicamento foram a segunda causa de substituição (18,6%), seguida por falha primária (9,3%), quando não há resposta satisfatória inicial. Em 3,9% dos casos, não houve registro do motivo da substituição. 2,7% das substituições ocorreram devido a outros motivos (maior comodidade posológica, viagem, motivos pessoais). O Infliximabe foi o tratamento de primeira escolha em 40,1% dos casos; seguido por Adalimumabe (22,4%), Etanercepte (27%), Golimumabe (6,6%); Tocilizumabe (2%) e Abatacepte (1,3%). Em 58% dos casos, na segunda etapa do tratamento foi prescrito um novo Anti-TNF, sendo o Adalimumabe o biológico mais prescrito (26,3%). Na terceira etapa de tratamento, em 70,7% dos casos houve substituição por um biológico de mecanismo diferente (não Anti-TNF), sendo abatacepte o biológico mais prescrito (30,7%). Na quarta etapa de tratamento, apenas 14,8% dos pacientes utilizavam Anti-TNF. Tocilizumabe foi o medicamento mais prescrito (33,3%). Conclusão: A substituição entre biológicos é uma prática comumente adotada, sendo que no grupo analisado a falha secundária ao tratamento foi o principal motivo de substituição.
Objetivos: Identificar os principais motivos e estratégias de substituição de biológicos no tratamento de pacientes com diagnóstico de espondilite anquilosante (EA), cadastrados no Componente Especializado e assistidos em um centro de infusão de um hospital universitário de Salvador, BA. Métodos: Estudo observacional transversal, com coleta de dados retrospectiva, com pacientes com diagnóstico de EA em uso de biológico e que já tenham realizado, pelo menos, uma substituição dessa classe de medicamento. Foram avaliados registros de acompanhamento farmacêutico, utilizando formulário contendo as variáveis demográficas e clínicas, histórico de tratamento com biológicos, assim como motivo de substituição. A análise estatística foi descritiva de frequência simples, com frequências absolutas e percentuais. Resultados: Dos 134 pacientes portadores de EA em uso de biológico, 22 (16,42%), já utilizaram mais de um biológico. No total, ocorreram 25 substituições, sendo que a maioria dos pacientes (86,4%) utilizou apenas dois biológicos. O tratamento de escolha foi o Infliximabe (40,9% dos casos). As substituições em todas as etapas de tratamentos ocorreram entre anti-TNFs. A falha secundária foi a principal causa de substituição em todas as etapas de tratamento, seguida por eventos adversos. Nenhum paciente apresentou falha primária ao tratamento. Conclusões: O estudo permitiu traçar o perfil de substituição de biológicos em pacientes com EA. O principal motivo de substituição foi falha secundária ao tratamento.
Introdução: A artrite reumatoide (AR) é uma doença crônica e autoimune que afeta as articulações, especialmente das extremidades do corpo. Tem prevalência mundial de 0.5% a 1% na população, atingindo majoritariamente as mulheres entre 30 e 50 anos de idade. O tratamento é ofertado gratuitamente através do Sistema Único de Saúde (SUS) que disponibiliza as drogas modificadoras do curso da doença (DMCD) sintéticas e biológicas. A qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS) é uma medida que leva em consideração as consequências da doença e de seu tratamento associados com limitações físicas, psicológicas ou sociais, decorrentes da condição do paciente. Alguns dos instrumentos para avaliar a QVRS comumente utilizados são o Health Assessment Questionnaire (HAQ) e a Escala Visual analógica (EVA). O HAQ é capaz de fornecer o Índice de Deficiência (ID) e apresenta uma escala que varia de 0 a 3, sendo que valores mais próximos de três são associados a pior qualidade de vida. A EVA avalia a intensidade de dor nas últimas semanas, apresentando uma escala de 0 a 10, no qual valores próximos de dez são considerados como dor mais intensa. Objetivo: Esse trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade de vida de pacientes portadores da Artrite reumatoide que fazem uso dos medicamentos biológicos. Métodos: Trata-se de um corte transversal com abordagem quantitativa, tendo como público-alvo pacientes com AR atendidos em um polo de infusão de um Hospital Universitário. Durante consulta farmacêutica, os pacientes foram entrevistados utilizando um formulário estruturado. Foram aplicados os questionários de domínio público EVA e HAQ. Para análise estatística foi utilizada análise de frequências absolutas, percentuais e médias. Resultados: Dos 30 pacientes entrevistados, a predominância foi de mulheres (83%), acima de 51 anos. Das 26 pessoas que apresentaram algum tipo de comorbidade associada, 53,8% possuíam Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). A EVA apresentou uma média de 6. Em relação à qualidade de vida, 27% apresentaram HAQ de 0 a 1, 44% HAQ de 1 a 2 e 29% HAQ de 2 a 3. Dos pacientes que apresentaram uma melhor qualidade de vida, 60% faziam uso de Infliximabe, sendo seguido por Tocilizumabe, Rituximabe e Abatacepte com 17%, 13% e 10%, respectivamente. Conclusão: Com este estudo foi possível determinar a QVRS em pacientes com AR em uso de medicamentos biológicos e contribuir para entender a sua correlação com o uso dos diversos medicamentos biológicos.
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