Este artigo apresenta uma análise teórica documental que tensiona e problematiza as ideias de infância, educação infantil, educação sexual e pedofilização social compiladas em materiais bibliográficos cuja centralidade discursiva se apoia nos Estudos Culturais em Educação em sua vertente pós-estruturalista. Entende-se o conceito de infância como uma construção cultural, fluida e multifacetada em que saberes e poderes são acionados para marcarem os sujeitos infantis. Educação infantil e educação sexual são invenções articuladas para pedagogizar, posicionar e controlar as crianças a partir de lógicas binárias, higiênicas e totalizantes. A educação sexual infantil desconstrucionista pensa sobre esses mecanismos e alerta para o combate das violências sexuais e de gênero.
O artigo problematiza o tema da erotização dos corpos infantis na sociedade contemporânea a partir de pesquisa bibliográfica. A ideia de infância vem sofrendo modificações significativas ao longo da história e os artefatos culturais são materialidades privilegiadas nesse processo de discursar sobre o corpo da criança. A discussão está assentada nas proposições teórico-metodológicas dos Estudos Culturais em Educação na vertente pós-estruturalista. Apresenta-se o conceito de pedofilização social para explicar os processos complexos da exposição mídiática dos corpos infantis. Professores e professoras precisam se apropriar dessas discussões para que compreendam a complexidade cultural que opera nos corpos infantis e os adultizam, tornando-os objetos de diferentes desejos e consumo.
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