OBJETIVO: Avaliar o efeito do treinamento muscular inspiratório em crianças com leucemia aguda. MÉTODOS: Trata-se de um estudo quase experimental com grupo controle. Quatorze pacientes com diagnóstico de leucemia aguda e idade entre cinco e 14 anos foram submetidos à avaliação da mobilidade torácica e da força muscular respiratória e divididos em dois grupos (A e B). Os pacientes do grupo A realizaram treinamento muscular inspiratório domiciliar por 15 minutos, duas vezes por dia, durante dez semanas, através do aparelho Threshold®, com carga de 30% da pressão inspiratória máxima, reajustada após reavaliações semanais. O grupo B (controle) realizou uma avaliação das pressões respiratórias máximas inicialmente e após dez semanas. Os dados foram analisados com o SPSS 15.0. Aplicou-se o teste t para analisar as diferenças entre as pressões inspiratória máxima e expiratória máxima entre os dois grupos e o teste de correlação de Pearson para analisar associações das medidas de pressão inspiratória e pressão expiratória com as diferentes cargas utilizadas. RESULTADOS: Constatou-se ganho significativo de 35% nas pressões inspiratória máxima e expiratória máxima no grupo A ao término do treinamento. Houve correlação positiva entre os níveis de carga utilizada e a pressão inspiratória máxima (p<0,0001) e a pressão expiratória máxima (p=0,0001). CONCLUSÕES: O treinamento muscular inspiratório pode ser eficaz no ganho de força muscular em crianças em tratamento de leucemia aguda.
OBJETIVO: Pesquisar equações preditivas e valores de normalidade para pressões respiratórias máximas disponíveis na literatura para a faixa etária compreendida entre a infância e a adolescência. FONTES DE DADOS: Estudos publicados em inglês e em português no período entre 1980 e 2009. As bases de dados eletrônicas Lilacs e Medline foram consultadas utilizando-se as palavras-chave "capacidade respiratória máxima", "músculos respiratórios", "valores de referência", "adolescente" e "criança". SÍNTESE DOS DADOS: Foram incluídos oito artigos na revisão, totalizando 1.463 crianças e adolescentes avaliados. A faixa etária da população estudada variou de sete a 18 anos. Geralmente o indivíduo é avaliado na posição sentada e com um clipe nasal. Os esforços máximos são realizados a partir do volume residual e da capacidade pulmonar total e sustentados por um a três segundos. Valores de normalidade e equações de predição foram propostos em oito e dois estudos, respectivamente. Nestes, demonstra-se incremento nas pressões respiratórias máximas desde a infância à adolescência e a ocorrência de maiores valores de pressão expiratória máxima quando comparados à pressão inspiratória máxima em crianças e adolescentes de ambos os sexos. CONCLUSÕES: As pressões respiratórias máximas constituem um meio efetivo para avaliar a força muscular respiratória e diversos fatores contribuem para a grande variedade de equações preditivas e de valores de normalidade disponíveis. É preciso buscar um consenso para normatizar os métodos requeridos ao avaliar a força muscular respiratória em crianças e adolescentes.
Published reference values demonstrated a wide diversity across age groups studied, and published equations were not successful in predicting maximal respiratory pressures; thus, the assessment of respiratory muscle strength of children should consider the minimization of ethnic and methodological differences.
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