Resumo: O presente artigo analisou o papel desempenhado pelos sistemas agroflorestais (SAF's) como medida adaptativa às mudanças climáticas no Brasil. Foi desenvolvido um modelo de efeito de tratamento (Propensity Score Matching), que permitiu identificar os principais determinantes do uso de SAF's e se municípios nos quais essa técnica é utilizada são menos vulneráveis às mudanças climáticas. Os resultados indicaram que variáveis socioeconômicas (propriedade da terra, opções de financiamento, acesso a informações e assistência técnica) e agronômicas (disponibilidade de recursos hídricos e qualidade do solo) influenciam a adoção de SAF's nos municípios brasileiros. As condições climáticas (temperatura e precipitação) também têm participação importante no emprego desses sistemas, o que confirma seu papel de estratégia adaptativa. Concluise também que os SAF's têm potencial de melhorar o desempenho agrícola brasileiro, já que o valor da terra tende a ser maior em municípios onde esses sistemas são utilizados. Desse modo, os SAF's podem tornar o setor agropecuário menos exposto aos efeitos negativos das mudanças climáticas, tanto no presente quanto em cenários futuros.
Unidades de conservação representam a principal estratégia para a preservação e recuperação de recursos naturais brasileiros. Para nortear o seu planejamento e gestão, informações relativas aos geoambientes constituem um referencial integrado indispensável. O objetivo deste estudo foi descrever os aspectos pedológicos associados à identificação, caracterização e mapeamento de geoambientes do Parque Nacional Serra da Mocidade, Roraima, norte do Brasil, de forma a subsidiar o manejo ecológico da unidade. Para a estratificação geoambiental foram avaliados os aspectos pedológicos, geomorfológicos e vegetação. Foram descritos e coletados 19 perfis de solos. A caracterização da vegetação foi realizada in loco. Foram descritos quatro pedoambientes, com destaque para os seguintes solos: Espodossolo Humilúvico, Espodossolo Ferri-Humilúvico, Espodossolo Ferrilúvico, Neossolo Quartzarênico, Neossolo Regolítico, Neossolo Flúvico, Plintossolo Háplico, Plintossolo Argilúvico, Gleissolo Melânico e Cambissolo Háplico. Foram identificadas 12 unidades geoambientais. No Parque, destaca-se um contraste entre serras e morrarias da zona florestada e os grandes espaços inundáveis e baixios do pediplano Rio Branco-Rio Negro. Além disso, essa área de conservação possui o mais antigo e, provavelmente, o mais importante conjunto montanhoso granítico-gnáissico do norte amazônico, de grande extensão e topografia complexa. Este estudo evidencia a singularidade de cada geoambiente, subsidiando na definição mais precisa e adequada das formas de manejo do Parque.
International frameworks for greenhouse gas (GHG) mitigation usually disregard country-specific inequalities for the allocation of mitigation burdens. This may hinder low developed regions in a country from achieving development in a socioeconomic perspective, such as the Sustainable Development Goals (SDGs) of eradicating poverty (SDG1) and hunger (SDG2). We use observed data (1991–2010) of carbon dioxide equivalent (CO2eq) emissions and a sub-national human development index (MicroHDI, range [0, 1]) for Brazilian microregions to design a framework where regional mitigation burdens are proportional to the MicroHDI, without compromising national mitigation pledges. According to our results, the less developed Brazilian regions have not been basing their development in emission-intensive activities; instead, the most developed regions have. Between 2011 and 2050, Brazilian cumulative emissions from the sectors most correlated with MicroHDI are expected to be 325 Gt CO2eq, of which only 50 Gt are associated with regions of MicroHDI < 0.8. Assuming a national GHG mitigation target of 56.5% in 2050 over 2010 (consistent with limiting global warming to 2 ºC), Brazil would emit 190 Gt CO2eq instead of 325 Gt and the 135 Gt reduction is only accounted for by regions after reaching MicroHDI ≥ 0.8. Allocating environmental restrictions to the high-developed regions leaves ground for the least developed ones to pursue development with fewer restrictions. Our heterogeneous framework represents a fairer allocation of mitigation burdens which could be implemented under the concepts of green economy. This work could be an international reference for addressing both environmental and socioeconomic development in developing countries at sub-national level as emphasized by the SDGs.
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