Objetivo: Conhecer a percepção de gestores municipais de saúde sobre o papel do agente comunitário de saúde. Métodos: Estudo qualitativo, realizado em uma microrregião de saúde no interior de Minas Gerais. Participaram 8 secretários de saúde e 8 coordenadores da atenção primária à saúde. Coleta de dados ocorreu por meio de entrevista aberta orientada por roteiro semiestruturado, no período de abril a junho de 2018. Realizou-se Análise de Conteúdo de Bardin. Os aspectos éticos da pesquisa com seres humanos foram respeitados. Resultados: Os gestores reconhecem, de modo coerente com as atribuições previstas, o papel do agente comunitário de saúde, sobretudo, no que tange a constitução do elo entre a equipe de saúde e a comunidade, as facilidades de residir na comunidade e a dificuldade do reconhecimento de seu papel pela população. Além disso, apresentam-se conscientes sobre os desafios de deslocamento inscritos no cotidiano do agente comunitário de saúde, a falta de capacitação e de materiais de trabalho. Conclusão: Constata-se através do estudo, que os gestores reconhecem de modo coerente as atribuições previstas ao agente comunitário de saúde e afirmam reconhecer sua importância. Porém, essa valorização parece não encontrar eco nas condições de trabalho desse profissional viabilizadas pelos gestores.
A educação em saúde pode contribuir de maneira significativa para a qualidade de vida de uma população, principalmente, das crianças, mais vulneráveis e expostas a situações que podem lhe trazer riscos. O objetivo deste artigo foi demonstrar a experiência desenvolvida na Colônia de Férias da Universidade Federal de Viçosa (UFV), verificando a viabilidade do aproveitamento de espaços sociais não-formais para a promoção de saúde. Palestras e atividades dinâmicas sobre higiene corporal, educação nutricional, saúde bucal e atividades físicas foram realizadas por acadêmicos do curso de enfermagem, nutrição e educação física da UFV. Exames odontológicos para detecção de cárie dentária também foram realizados. Face ao grande envolvimento do público participante, e identificação de crianças com necessidade de tratamento odontológico, evidenciou-se que a Colônia de Férias/UFV, além de um espaço para lazer das crianças pode se configurar como um espaço para educação em saúde para estas crianças.Palavras-chave: Educação em saúde, crianças, relações comunidadeinstituição. Área Temática: Saúde, teorias e metodologias em extensão.
Objective To evaluate the presence of LGA and the relationship with the 10-year risk of a cardiovascular event in hypertensive and diabetic patients in Primary Health Care. Study design The study design used is cross-sectional. Methods This study was based on the application of questionnaires, anthropometric measurements, and laboratory tests carried out from August 2017 to April 2018. Logistic regression was used to evaluate the odds ratio of the explanatory variables in relation to the highest tercile of LGA. The Framingham risk score was used to assess the 10-year risk of cardiovascular event. The comparison of this score with the LGA terciles was analyzed using ANOVA. Results An increase in the 10-year risk of cardiovascular event score was observed with an increasing LGA tercile, and this pattern prevailed after adjusting for confounding variables. Conclusion An association between LGA and the 10-year risk of cardiovascular event was observed in a representative sample of hypertensive and diabetic patients.
O Centro de Atenção Psicossocial da Infância e Juventude (CAPS i) atende crianças e adolescentes portadores de transtornos mentais severos e persistentes. O atendimento é diário e as atividades oferecidas procuram preservar e fortalecer os laços sociais e familiares do usuário em sua comunidade. Com a chegada da residência multiprofissional em saúde, profissionais médicos, enfermeiros, assistente social e psicólogo foram inseridos a este serviço na modalidade de residentes, complementando e qualificando os trabalhos realizados. Relatar a experiência do trabalho interdisciplinar exercido pelos residentes em saúde mental inseridos no CAPS i em Juiz de Fora, MG. Trata-se de um relato de experiência sobre a prática interdisciplinar desenvolvida por residentes da área da saúde que atuam em um CAPS i no município de Juiz de Fora-MG. Reuniões com usuário e familiares, sala de espera e atividades de educação em saúde, assembleias, acolhimentos, matriciamento, atividades de educação permanente, visita domiciliar, atendimento ambulatorial, bem como a realização de oficinas terapêuticas com usuários que está em atenção diária. Todas essas atividades são discutidas diariamente em reuniões de equipe composta por todos os profissionais do serviço. São articuladas, ainda, ações de cuidado com outros setores, buscando reunir, discutir e compartilhar o cuidado com as escolas, atenção primária a saúde, vara da infância, serviços hospitalar, conselho tutelar, CRAS, CREAS, entre outros. A vivência profissional sustentada na permuta cotidiana de saberes permite o desenvolvimento de uma visão mais global do trabalho de modo que a integralidade do olhar como trabalhador da saúde ganha concretude em nosso modo de ser profissional. Pelas práticas interdisciplinares retroalimentamos nossos esforços na busca por modos de fazer saúde mais coerentes com o paradigma do Sistema Único de Saúde (SUS) e com as primícias humanitárias e ideológicas da Reforma Psiquiátrica no Brasil. O trabalho interdisciplinar permite ainda que reconheçamos com mais propriedade nosso núcleo específico de saber ao mesmo tempo em que nos esforçamos para, de forma partilhada, qualificar e intensificar as ações inscritas nos campos de saber e que, por isso, são responsabilidade de toda equipe. Vivenciar um processo de trabalho pautado na interdisciplinaridade nos permite reconhecer a relação de complementaridade e interdependência de cada saber no campo da saúde de modo que a teoria vai ganhando forma e substância, proporcionando transformações na realidade que categorias profissionais isoladas não seriam capazes de alcançar. Nesta relação de troca de saberes e respeito à autonomia dos diferentes profissionais, observa-se que o diálogo é o dispositivo mais importante de modo a propiciar essa permuta entre as distintas áreas do conhecimento. Essas ações mostraram-se coerentes com os princípios do SUS constituindo-se como práticas que viabilizam a troca de saberes, criando possibilidade de um trabalho interdisciplinar, humanizado e com integralidade. No que tange à gestão e organização do processo de trabalho em saúde, necessário se faz preservar espaços e tempos para que o diálogo entre os profissionais não dependa apenas da vontade daqueles que acreditam nessa perspectiva. Deve, ao contrário, ser parte da estrutura organizacional e delinear o cotidiano das equipes.
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