ResumoEste trabalho é resultado de uma pesquisa qualitativa, desenvolvida com jovens trabalhadores, adolescentes carentes de São Paulo. Investigou o processo de constituição social do jovem adolescente, como trabalhador e como indivíduo, a partir de suas relações no local de trabalho. Além do trabalho, outras esferas de sociabilidade -em especial, a família e a escola -fizeram parte da investigação, tendo em vista que a compreensão da relação do jovem com o trabalho passa pela necessidade de discussão das relações estabelecidas nas e com as outras esferas das quais participam, uma vez que não estão desvinculadas do ato de trabalhar, ao contrário, fornecem-lhe sentido. Este artigo parte dessa pesquisa para tentar entender as relações estabelecidas entre a adolescência, a gravidez, a maternidade, a família e o trabalho. A análise aponta para novas formas de se compreender a coexistência desses elementos na elaboração das percepções concernentes à transição para a vida adulta. Palavras-chave: Adolescência; Status adulto; Gravidez; Maternidade; Trabalho. Régia Cristina Oliveira AbstractThe present study is a result of qualitative research conducted with poor adolescent workers from São Paulo, Brazil, investigating the process of social formation of young adolescents as workers and individuals from their relations with the workplace. In addition to work, other spheres of sociability -especially family and the school -were part of the investigation, taking into account that understanding the relationship between young people and work implies the discussion of the relations established with the other spheres they are part of, since they are untied to the act of working, but rather, they give it meaning. From the research, this article tries to understand the relations established among adolescence, pregnancy, maternity, family, and work. The analysis indicates new forms of understanding the coexistence of these elements in the perception regarding the transition to adult life.
A construção do corpo ideal no balé clássico IntroduçãoA construção do corpo ideal no balé clássico: uma investigação fenomenológica CDD. 20.ed. 792.8 793 ResumoO objetivo deste trabalho foi identifi car e compreender pela perspectiva das bailarinas participantes do estudo o ideal de corpo demandado pela prática do balé. Para tanto, optamos por uma orientação epistemológica apoiada na fenomenologia de Edmund Husserl e em autores afi nados com a fenomenologia proposta por esse fi lósofo. As entrevistas semiestruturadas em profundidade constituíram a técnica de pesquisa utilizada. O que há de comum nas falas das bailarinas é a referência a um corpo ideal centrado nas produções feitas pelas grandes companhias de balé. Nessas percepções, o corpo desejado e ideal para o balé clássico pode ser tanto inato à pessoa, quanto construído e transformado com muito esforço e dedicação pela bailarina.PALAVRAS-CHAVE: Vivência; Corpo; Fenômeno; Balé; Expressão corporal.O presente trabalho é resultado de indagações iniciadas pelas pesquisadoras, uma delas como professora de balé, bailarina e pesquisadora e as outras como pesquisadoras no campo da sociologia do corpo, da corporeidade e do corpo nas artes. Em cada uma das vivências das autoras, os sentidos atribuídos ao corpo comuns à prática artística pode trazer à tona um conjunto de ressignifi cações sobre os sentidos do corpo noutras vivências que não aquelas típicas da arte. O interesse pelo tema e a construção do problema de pesquisa surgiu, portanto, dessas experiências subjetivas e a sua materialização, além de responder questões próprias da pesquisa, apontam para refl exões existenciais.Para quem estuda e também para aqueles que vivem especialmente a prática do balé, seja como professores, coreógrafos ou bailarinos, é notória a preocupação com o biótipo magro e com a conquista da magreza, ainda que a custas de sacrifícios. A imposição do corpo magro transforma em conquista a perda de alguns gramas, especialmente se conseguida às vésperas das apresentações dos espetáculos ou das provas de passagem de nível de formação, de modo particular para bailarinos em vias de profi ssionalização.O balé clássico é uma arte secular, uma dança permeada de histórias idílicas e amores "românticos". Segundo Caminada 1 , trata-se de uma modalidade de dança com técnica específi ca que remonta séculos, mais especifi camente o século XVII, quando o balé tornou-se acadêmico havendo, então, sistematização do ensino, com regras corporais e uma nomenclatura própria (p.105). Dentre as características esperadas da bailarina destaca-se a verticalidade corporal mantida pela noção de eixo alinhado à coluna vertebral e por um corpo magro e leve, forçando uma determinada conduta estética. Como aponta Caminada 1 , o balé "surgiu e foi encenado com a fi nalidade não só de entreter a corte, mas para mostrar a essa mesma corte e aos países estrangeiros a força da realeza e o poder econômico da França"(p.105). Caminada 1 apontou que o balé tornou-se clássico quando o "ballet" de corte completou um século de ...
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