RODRIGUES, RL Agency Theory, corporate governance and dividend policy: evidence in publicly traded Brazilian companies. 2015. 91 f. Dissertation in Controllership and Accounting
Resumo A literatura kaldoriana argumenta que o processo de desindustrialização reduz o potencial de crescimento econômico no longo prazo. Assim, identificar suas causas é de suma importância para a formulação de políticas eficazes. Este artigo investiga as causas de desindustrialização no Brasil em uma perspectiva setorial, com base no conceito de desindustrialização pela reprimarização da economia, cuja perda de participação dos setores industriais nas exportações é justificada, sobretudo, pelos preços das commodities e pela apreciação cambial. Para tanto, são estimados modelos Autorregressivos de Defasagens Distribuídas (ARDL), com dados de 2002 a 2021. Visto que os efeitos das variáveis analisadas são discrepantes entre os setores, os resultados sinalizam que a desindustrialização no Brasil é heterogênea, tanto entre as categorias por intensidade tecnológica quanto entre os setores individuais. Todavia, os efeitos negativos de curto e longo prazos da valorização dos preços das commodities observado em diversos setores corroboram a hipótese de reprimarização da economia.
As atividades industriais são fortemente impactadas por problemas no saneamento. Devido à água ser um importante insumo de produção para diversos setores industriais, quantidades insuficientes de água para a produção afetam negativamente a produtividade total dos fatores das empresas industriais. Além disso, quantidades insuficientes de água para o consumo humano, água contaminada e problemas associados aos outros serviços de saneamento básico prejudicam, por meio do canal da saúde, a produtividade dos trabalhadores. Apesar do Brasil ter relativa abundância de recursos hídricos, os baixos investimentos históricos em infraestrutura resultaram em indisponibilidade hídrica e/ou racionamentos em vários locais; déficits de acesso; perdas na distribuição e problemas de qualidade da água ofertada. Nesse contexto, o objetivo deste estudo foi analisar os déficits de acesso a saneamento básico nas mesorregiões mineiras, avaliando desigualdades, evoluções e convergências entre 1991 e 2010. Ademais, foram realizadas simulações para verificar a possibilidade do cumprimento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) de universalização equitativa do acesso a abastecimento de água e coleta de esgoto. As evidências obtidas sinalizaram: i) disparidades entre as mesorregiões; ii) reduções mais acentuadas dos déficits nos anos 1990; iii) tendência de convergência dos acessos entre as mesorregiões e os "mais pobres" e os "mais ricos"; e iv) não cumprimento das metas dos ODSs.
O presente artigo teve como objetivo averiguar se as empresas brasileiras de capital aberto utilizam a política de dividendos como mecanismo de redução dos conflitos de agência entre acionistas controladores e minoritários. Para atingir tal objetivo, foram realizadas estimações econométricas em painel com informações de 466 empresas brasileiras não financeiras listadas na BM&FBOVESPA referentes ao período de 2000 a 2013. Como a variável dependente (Índice de Payout) apresenta dados censurados, aspecto pouco considerado na literatura sobre o tema, optou-se por utilizar o método Tobit em painel. As evidências encontradas sinalizam que as empresas brasileiras de capital aberto não utilizam a política de dividendos como um mecanismo para reduzir potenciais conflitos de agência entre acionistas controladores e minoritários. Além disso, os resultados das estimações também sugerem que o Índice de Payout é relacionado positivamente ao tamanho e à rentabilidade da empresa e negativamente à alavancagem financeira e a novas oportunidades de crescimento, corroborando evidências de outros trabalhos.
A literatura baseada em Kaldor apresenta evidências da relevância do setor industrial para o crescimento econômico. Porém, estudos recentes mostram perspectivas do setor de serviços como o novo motor do crescimento. O presente estudo tem como objetivo testar empiricamente o impacto dos setores industrial e de serviços sobre o crescimento econômico brasileiro. Para tanto, são realizadas estimações econométricas usando o método ARDL e dados trimestrais no período de 1996 a 2020. Considerando a heterogeneidade interna dos setores, os testes também foram realizados para segmentos específicos da indústria e dos serviços. As evidências sinalizam que tanto a indústria de transformação quanto o setor de serviços, principalmente o segmento de transporte, armazenagem e correio, contribuem para o crescimento econômico no longo prazo, mas este é mais sensível ao aumento da participação dos serviços comparativamente à indústria. Tais evidências corroboram a hipótese de que o setor de serviços é o novo "motor do crescimento".
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