Neste artigo foram analisadas formas discursivas presentes no discurso midiático de um periódico internacional sobre a cobertura do assassinato da vereadora Marielle Franco e as relações entre violência policial e racismo, inerentes ao debate da cobertura deste evento. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi explorar o cenário atual de divulgação do assassinato de Marielle Franco utilizando a metodologia qualitativa da análise do discurso, proposta pelo Sociólogo holandês Teun Van Dijk. Ainda, buscou-se avaliar como esta discussão retrata o negro e a polícia no campo jornalísticoinformacional e seus significados, a partir da análise de uma reportagem exclusiva da versão online do jornal norteamericano The Washington Post, publicado em 23 de março de 2018, com o título: After Marielle Franco's murder, i'm not hopeful for black Brazilians. Os resultados obtidos neste estudo indicam que o discurso negativo direcionado aos indivíduos de raça negra foi prioridade na cobertura jornalística avaliada, e corrobora substancialmente para a concepção de idéias potencialmente segregadoras. Caracterizando-se como uma nova modalidade de racismo. Palavras chave: análise do discurso, racismo, violência policial, elites simbólicas, tratamento jornalístico.
Este trabalho busca explorar conceitos iniciais de racismo, enfatizando o racismo discursivo e a reprodução de ideologias de subalternidade na construção da imagem do negro na sociedade contemporânea. Utilizaremos como arcabouço teórico a perspectiva decolonial de diversos autores, entre eles: Grada Kilomba, Lélia Gonzalez, Frantz Fanon e o sociólogo Teun A Van Dijk, especialista em Análise do Discurso. Utilizaremos a revisão bibliográfica como método principal neste trabalho.
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