Objetivou-se verificar a validade da versão longa do IPAQ (domínios de lazer e deslocamento) e do questionário Baecke para a medida da atividade física em adultos, tendo a acelerometria como método de referência. Em 2011, 58 adultos com ≥18 anos de idade residentes no distrito de Ermelino Matarazzo (São Paulo, SP) responderam os módulos de lazer e deslocamento da versão longa do IPAQ, o questionário Baecke e utilizaram acelerômetros Actigraph (modelo GT1M) por sete dias. Os testes de correlação de Pearson e de Spearman, t de Student para amostras independentes, de McNemar e a análise gráfica de Bland-Altman foram utilizados para avaliar a relação e concordância entre os métodos. Encontrou-se correlação dos minutos de atividade física moderada à vigorosa (AFMV) da acelerometria com minutos de atividade física de lazer e deslocamento do IPAQ (ρ=0,34; p=0,01). Houve correlação entre o total de counts e o somatório dos escores de exercício físico e de atividade física de lazer e locomoção (r=0,36; p=0,005) e escore total (r=0,54; p<0,001) do questionário Baecke. Houve concordância entre os minutos semanais de AFMV mensurados pela acelerometria e estimados pelo IPAQ. Pessoas classificadas como tendo realizado <150 min/sem pelo IPAQ e que estiveram nos menores tercis nos escores do questionário Baecke apresentaram menores médias de AFMV e de counts mensurados pela acelerometria. Conclui-se que os módulos de lazer e deslocamento do IPAQ e o questionário Baecke apresentaram validade aceitável comparados com a acelerometria e que, portanto, é possível a sua utilização na avaliação da AFMV de adultos brasileiros.
Trata-se de pesquisa realizada com um grupo de pessoas idosas que participam ativamente de um Núcleo de Convivência para Idosos situado na Zona Leste de São Paulo. O objetivo foi verificar a associação entre os níveis de prática de atividade física e variáveis relacionadas tanto à multidimensionalidade da saúde na pessoa idosa quanto ao grau de estresse percebido. Investigou-se, ainda, quais das variáveis estudadas influenciaram os níveis de atividade física encontrados neste grupo. Participaram 57 idosos, em sua maioria mulheres, viúvas ou casadas, com baixa escolaridade e média de idade de 74,7 anos, independentes para o desempenho de atividades básicas e instrumentais de vida diária, sem risco de queda ou cognitivo. Estas pessoas idosas, de maneira geral, autoperceberam sua saúde como boa ou ótima, sendo fisicamente ativas. Encontrou-se associação estatisticamente significante entre a presença de sintomas depressivos e elevados níveis de estresse percebido, notando-se que idosos irregularmente ativos apresentaram mais sintomas depressivos e pior autopercepção de saúde. Para cada sintoma depressivo aferido pela escala de depressão geriátrica de Yesavage, houve diminuição de 11% da probabilidade de o idoso do grupo ser fisicamente ativo.
The objective of this study was to verify the validity of the 24-hour physical activity recall (R24AF) and to evaluate the number of days required to estimate weekly physical activity using the R24AF in elderly adults. A methodological validation study with a cross-sectional design was carried out. Thirty elderly adults used accelerometers (reference standard) and answered the R24AF by telephone for seven consecutive days. Data were analyzed using the following tests: Pearson's correlation to compare minutes of physical activity between methods; the McNemar test to verify agreement between methods regarding health-oriented physical activity recommendations (≥150 min/week); graphical analysis using the Bland-Altman method; the t-test for dependent samples to detect differences in minutes of physical activity between methods; and the Kappa test to determine the number of days of R24AF use required to estimate weekly physical activity, with the seven days assessed by accelerometers serving as a reference. The correlation coefficient ranged from r=0.38 (p=0.002) to r=0.60 (p<0.001) when comparing minutes of physical activity between methods, according to intensity. At least four days of R24AF use were necessary to obtain an adequate estimate of weekly physical activity (Kappa=0.51, p=0.005), and the estimated prevalence of active elderly was similar with four days' use of the R24AF and seven days' use of accelerometer. The R24AF proved valid for the evaluation of low and moderate physical activity in the elderly and requires at least four days of use (three week days plus one weekend day) to determine the pattern of weekly physical activity in the elderly.
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