A taxa de rejeição de imagens radiográficas é um indicador de qualidade da imagem. Neste trabalho, como parte de um programa de garantia da qualidade em um serviço de radiologia diagnóstica em um hospital universitário de grande porte, localizado na cidade de Curitiba (Paraná -Brasil), foram analisados os principais fatores responsáveis pela rejeição de imagens geradas pelo sistema de radiologia computadorizada e radiologia digital, no período de agosto de 2019 a fevereiro de 2020. Os dados foram coletados diariamente e classificados de acordo com o motivo da rejeição. A taxa mensal de imagens rejeitadas neste período encontrou-se dentro do intervalo considerado como aceitável de acordo com a Associação Americana de Física Médica. Constatou-se que os principais motivos para a rejeição de imagens estão relacionados com os erros no posicionamento do paciente e técnica radiográfica incorreta, sendo os exames de tórax os mais rejeitados.
O câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, por este motivo o Ministério da Saúde recomenda que a mamografia seja realizada a cada dois anos em mulheres entre 50 e 69 anos, de modo que o principal objetivo deste exame como método de rastreamento é justamente a redução da taxa de mortalidade em função do aumento de casos detectados em estados iniciais da doença. Porém, a efetividade do exame está diretamente relacionada com a qualidade e desempenho dos equipamentos. Dessa forma, foi criado o Programa Nacional de Qualidade em Mamografia (PNQM) com a finalidade de aprimorar a qualidade das mamografias, sendo obrigatório a todos os serviços do Brasil. Assim, este estudo visa avaliar os resultados obtidos através do controle de qualidade da imagem mamográfica digital, para garantir a consistência do receptor de imagem digital avaliando a relação sinal-ruído (RSR) e relação contraste-ruído (RCR) do receptor de imagem. A coleta dos dados ocorreu semanalmente através do teste de qualidade da imagem realizada na rotina do setor, no período de junho de 2019 a março de 2020, conforme recomendação do fabricante. Os dados encontrados estão dentro do limite proposto pelo fabricante o qual informa que a RSR deve ser maior que 40 e a RCR deve estar dentro de ±15% da linha de base. Consequentemente, o mamógrafo utilizado produz imagens adequadas para realizar laudos confiáveis.
Exames pediátricos de Seriografia do Esôfago, Estômago e Duodeno, executados através de fluoroscopia, comumente necessitam do auxílio de Indivíduos Ocupacionalmente Expostos (IOE) para posicionamento e imobilização do paciente. O objetivo do presente estudo é estimar a dose recebida por estes profissionais que permanecem na sala de exames durante a exposição à radiação. Para esta finalidade, foi utilizada uma câmara de ionização de placas paralelas marca Radcal Corporation, modelo 10X5-6 com volume sensível de 180 cm³, posicionada a 50 cm do isocentro, representando o primeiro IOE que auxilia contendo membros superiores. Dois manequins de polietileno foram preenchidos com água para representar o segundo IOE que contem membros inferiores (também posicionado a 50 cm do isocentro) e o paciente pediátrico, disposto sobre a mesa em feixe primário. Fatores técnicos como espessura de vestimenta plumbífera e distância do isocentro, também foram avaliados. Os valores de dose por procedimento são comparáveis com a dose típica do paciente em radiografia de tórax. A dose efetiva anual, 1,98 mSv, é significativamente inferior ao limite de 20 mSv/ano da Comissão Internacional de Proteção Radiológica. Porém, ela pode ultrapassar o limite no caso de centenas de procedimentos por ano.
A mamografia e a tomossíntese mamária são exames amplamente utilizados para o rastreio e diagnóstico do câncer de mama. Recentemente, foi questionado se o aumento do número de casos de câncer de tireoide está associado à radiação ionizante recebida, pela glândula tireoide, nos exames de mamografia. Embora diversos órgãos, tanto brasileiros como internacionais, tenham afirmado não existir dados que comprovem a correlação do câncer de tireoide com a realização de exames de mamografia, atualmente existem duas leis regionais afirmando que a utilização do protetor de pescoço durante esses exames previne o câncer de tireoide, porém sem nenhum embasamento teórico. Considerando essas regulamentações, neste trabalho foram avaliadas as doses absorvidas pela glândula tireoide em exames de mamografia 2D e tomossíntese mamária, com e sem o protetor de pescoço, visando verificar se o uso do protetor é benéfico ou não, do ponto de vista de proteção radiológica. Os resultados obtidos mostram que não se tem diferenças significativas entre as doses avaliadas na região da tireoide considerando o uso do protetor de pescoço. Deste modo, concluímos que o uso de protetor de pescoço durante a realização dos exames de mamografia 2D e tomossíntese não seria adequado, do ponto de vista da proteção radiológica, considerando a possibilidade de repetições dos exames que o protetor poderia causar.
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