A disciplina na sala de aula: arquitetura e design como afirmação de concepções de ensino e aprendizagem Resumo: O artigo baseia-se numa tese de doutorado e discute o papel das salas de aula no ensino do design. Assume-se uma abordagem interdisciplinar e argumenta-se contra as salas de aula que reproduzem modelos disciplinares. Aborda-se a gênese da sala de aula moderna e a manutenção das organizações espaciais à despeito das concepções pedagógicas. Conclui-se sobre a importância de se analisar as formas de uso e apropriação desses ambientes a partir de práticas e interações concretas em consonância com o projeto pedagógico.

Este artigo busca discutir práticas excludentes e opressoras presentes no ensino do Design ao evidenciar o predomínio e hegemonia do pensamento de brancos e europeus neste campo de conhecimentos. O artigo também pretende elencar alguns aspectos da história do campo que causaram e ainda contribuem para a manutenção de uma estrutura racista e excludente até os dias atuais. Para isto, foi realizado um levantamento e análise das ementas de disciplinas para identificar a procedência dos autores que compõem o currículo de um curso de design. Em seguida, foi aplicado um formulário de consulta sobre referências de design com a participação de estudantes, professores e profissionais. Ao fim, discute-se a composição do campo acadêmico do design, analisando-o criticamente quanto à sua falta de representatividade e necessidade de se introduzir os conceitos de decolonialidade, racismo estrutural e institucional.

Esta edição da Arcos Design integra as estratégias de retomada da revista por parte da nova equipe editorial constituída em 2021. Aproveitamos a oportunidade para reunir trabalhos de destaque que representam a produção de teses dos programas de pós-graduação nas áreas de Arquitetura, Urbanismo e Design. No presente número, agrupamos trabalhos que abordam aspectos da história do design no Brasil.Dentre as diferentes estratégias adotadas pela equipe editorial, optamos por fazer um convite a autoras e autores que receberam destaques nos anos de 2018 e 2019. Mais especificamente, procuramos autoras e autores que receberam menção honrosa ou foram premiados no prêmio CAPES de tese na área de Arquitetura, Urbanismo e Design. Também convidamos autoras e autores que receberam menção honrosa ou foram selecionados para exposição na categoria "trabalhos escritos e não publicados" do Museu da Casa Brasileira. Essa foi uma maneira de selecionar trabalhos que refletem uma produção de excelência situada no mesmo momento histórico da publicação.Além da seleção inicial, ainda que as autoras e autores tenham sido convidados a participar da edição, os trabalhos aqui apresentados foram avaliados anonimamente por pares. Ao fim chegamos à presente seleção com quatro artigos que versam de maneira ampla sobre questões relevantes da história do design no Brasil. O panorama destas pesquisas contempla aspectos técnicos, análise dos artefatos, procedimentos e métodos associados a personalidades históricas que contribuem para a historiografia do design brasileiro.De início temos o artigo "Construção cromática e linguagem gráfica de rótulos cromolitográficos brasileiros (1876-1919)" de Helena de Barros, que versa sobre o tema da tese agraciada com o prêmio CAPES em 2019 e também com o segundo lugar no Museu da Casa Brasileira em 2018. O texto busca analisar as estratégias de construção cromática da cromolitografia identificadas em coleções de rótulos de produtos brasileiros em instituições públicas, produzidos entre 1876 e 1919.Em seguida vemos o artigo "Analisando letras e letreiros Art Déco em projetos arquitetônicos" de José Roberto D'Elboux e Priscila Lena Farias que remete à tese agraciada com menção honrosa no Museu da Casa Brasileira em 2018. O trabalho versa sobre os métodos e procedimentos de análise v. 12, n. 2, Dezembro 2

Esta edição da Arcos Design integra as estratégias de retomada da revista por parte da nova equipe editorial que assumiu o periódico em 2021. Aproveitamos a oportunidade para reunir trabalhos de destaque que representassem a produção de teses dos programas de pós-graduação nas áreas de Arquitetura, Urbanismo e Design. No presente número agrupamos trabalhos que abordam aspectos práticos e teóricos no Brasil.Dentre as diferentes estratégias adotadas pela equipe editorial, optamos por fazer um convite a autoras e autores que receberam destaques nos anos de 2018 e 2019. Mais especificamente, procuramos autores que receberam menção honrosa ou foram premiados no prêmio CAPES de tese na área de Arquitetura, Urbanismo e Design. Também convidamos autoras e autores que receberam menção honrosa ou foram selecionados para exposição na categoria "trabalhos escritos e não publicados" do Museu da Casa Brasileira. Essa foi uma maneira de selecionar trabalhos que refletem uma produção de excelência situada no mesmo momento histórico da publicação.Além da seleção inicial, ainda que as autoras e autores tenham sido convidados a participar da edição, os trabalhos aqui apresentados foram avaliados anonimamente por pares. Ao fim chegamos à presente seleção com quatro artigos que versam de maneira ampla sobre questões relevantes da prática e teoria do design no Brasil. O panorama destas pesquisas contempla aspectos metodológicos, experimentais, analíticos, conceituais e críticos que contribuem para a reflexão da prática do design brasileiro.O primeiro artigo "Do desenho ao algoritmo: desdobramento de um experimento gráfico a partir do exercício de Armin Hofmann" de Leopoldo Augusto Leal apresenta desdobramentos da tese premiada com o primeiro lugar no Museu da Casa Brasileira em 2019. No artigo, o autor apresenta um experimento que revisita o exercício do designer Armin Hofmann e o aproxima da abordagem algorítmica computacional da atualidade.Na sequência, temos o artigo "As formas dos cheiros: procedimentos para análise sensorial de perfumes e do design de suas embalagens" de Camila Assis Peres Silva e Clice de Toledo Sanjar Mazzilli que se refere à tese agraciada com menção honrosa no Museu da Casa Brasileira em 2019. O texto descreve a construção dos experimentos com participantes de modo a v. 13, n. 1, Fevereiro 2

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