Resumo O objetivo do artigo é evidenciar as negociações e disputas entre saberes e poderes na história da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, a partir da criação da Área Técnica de Saúde do Homem, instituída em 2008 no Departamento de Ações Programáticas Estratégicas no Ministério da Saúde. Acompanhamos a posição da Sociedade Brasileira de Urologia no processo de constituição da política. Recuperamos a disputa colocada em discurso tendo como referência as entrevistas realizadas com gestores do Ministério da Saúde e com o representante auxiliar do Fundo de População das Nações Unidas no Brasil. Nas aparições do sujeito de direitos à saúde, analisamos a visibilidade do corpo masculino nos signos das resistências às intervenções do biopoder.
Resumo O artigo analisa a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem do governo brasileiro. Foram analisados os documentos “Princípios e diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem”, “Princípios e diretrizes da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher”; e entrevistas realizadas com gestores federais da Área Técnica de Saúde do Homem. A análise do discurso a partir de Michel Foucault permitiu lidar com o corpus em suas condições de produção mediante um gesto analítico-descritivo de manejo dos enunciados dispersos. O argumento central é o de que a Política de saúde tem um “gênero” como uma rede discursiva que produz os sujeitos referências de sua inteligibilidade. Destacam-se na análise a emergência do sujeito feminino do cuidado, representada pela mulher-mãe higiênica e mulher-sujeito; e do homem como sujeito de direitos à saúde sob o signo de acontecimento de seu nascimento.
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