Resumo As vertiginosas transformações das sociedades contemporâneas têm colocado em ques
O Programa Saúde da Família (PSF) surgiu no cenário brasileiro como estratégia de superação do modelo assistencial centrado na doença e no cuidado médico individualizado. Nesse contexto, os agentes comunitários de saúde (ACS) têm sido considerados atores-chave na implantação de políticas voltadas para a reorientação do modelo de atenção à saúde. O objetivo deste estudo foi analisar as concepções e percepções sobre o SUS e o PSF que norteiam as ações dos ACS, refletindo sobre sua função e formação profissional. O trabalho fundamentou-se na pesquisa quali-quantitativa, foi realizado em Cajuri-MG e foram entrevistados todos os ACS (n=11) que trabalhavam no PSF. Os resultados demonstraram que a maioria dos ACS (72,7%) residia na comunidade em que atuava, trabalhava há mais de cinco anos no PSF e acompanhava a quantidade de famílias recomendada. Entre as principais funções, destacaram-se visitas domiciliares, busca ativa e educação em saúde, que na maioria das vezes acontecia de forma individualizada e centrada no reforço da assistência médica e na prevenção de riscos específicos. Em relação à capacitação, 54,6% dos ACS receberam orientação antes de iniciar o trabalho e 81,8% participaram de cursos depois que já estavam trabalhando. Apenas 27,3% dos ACS souberam conceituar o SUS e 36,4% demonstraram entendimento adequado sobre PSF. Esses resultados demonstram a necessidade de maiores esforços para melhorar a capacitação do ACS, visando adequar seu nível de apreensão e conhecimento dos princípios do SUS e PSF, para que ele possa atuar segundo as diretrizes desse sistema e contribuir efetivamente para sua consolidação.
O presente estudo se propõe a analisar a experiência do controle social, via Conselho de Saúde - CS, em um município de pequeno porte, utilizando o referencial teórico da pesquisa qualitativa. Diante da realidade vivenciada, observamos que a possibilidade de uma gestão participativa no SUS não se consolidou como uma prática efetiva. O que se verificou foi um grande desconhecimento sobre as bases legais e ideológicas da participação social em saúde, gerando assim uma forte influência dos gestores locais na dinâmica e no funcionamento do CS, principalmente na determinação de seus membros, impedindo, dessa forma, que esse seja um espaço concreto para que os usuários se apropriem da forma institucional e política do conselho.
Meningococcal disease is the acute infection caused by Neisseria meningitidis, which has humans as the only natural host. The disease is widespread around the globe and is known for its epidemical potential and high rates of lethality and morbidity. The highest number of cases of the disease is registered in the semi-arid regions of sub-Saharan Africa. In Brazil, it is endemic with occasional outbreaks, epidemics and sporadic cases occurring throughout the year, especially in the winter. The major epidemics of the disease occurred in Brazil in the 70's caused by serogroups A and C. Serogroups B, C and Y represent the majority of cases in Europe, the Americas and Australia. However, there has been a growing increase in serogroup W in some areas. The pathogen transmission happens for respiratory route (droplets) and clinically can lead to meningitis and sepsis (meningococcemia). The treatment is made with antimicrobial and supportive care. For successful prevention, we have some measures like vaccination, chemoprophylaxis and droplets' precautions. In this review, we have described and clarify clinical features of the disease caused by N. meningitidis regarding its relevance for healthcare professionals.
This article presents the results of an investigation aimed at outlining the main (bio)ethical problems identified by members of the Family Health Strategy (FHS) teams in the town of Viçosa, Minas Gerais, Brazil. This study has a qualitative approach, and it is situated in the social research field. The investigation was conducted by applying a semi-structured questionnaire with open and closed questions to professionals -physicians, nursing professionals, and community health workers -working in the FHS. The responses were addressed using the content analysis technique -more specifically, its thematic modality -, due to its suitability for qualitative investigation in the health field. The investigation relied on the participation of 73 professionals from 15 FHS teams. It was observed that a large part of respondents had some difficulty identifying problems of a (bio)ethical nature in their work process. Even so, it was possible to categorize five major groups of (bio)ethical issues experienced by teams: those related to unequal access to health services; those related to the teaching-work-community relation; those related to secrecy and confidentiality; those related to conflicts between team and users; and those related to conflicts between team members. It is concluded that, although apparently more subtle -when compared to the (bio)ethical issues taking place in hospital institutions -, there are moral conflict situations belonging to the domain of primary health care that undermine the work process and the scope of promoting comprehensiveness in care. ResumoEste artigo apresenta os resultados de uma investigação dirigida ao delineamento dos principais problemas (bio)éticos identificados pelos membros das equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) do município de Viçosa (MG). Trata-se de estudo com abordagem qualitativa, situando-se no campo da pesquisa social. A investigação foi realizada por meio da aplicação de questionário semiestruturado com perguntas abertas e fechadas aos profissionais -médicos, profissionais de enfermagem e agentes comunitários de saúde -que atuam na ESF. Realizouse a apreciação das respostas pela técnica de análise de conteúdo -mais especificamente, sua modalidade temática -, em razão de sua adequação à investigação qualitativa na área da saúde. Participaram da investigação 73 profissionais de 15 equipes da ESF. Observou-se que grande parte dos entrevistados tinha dificuldade para identificar problemas de cunho (bio)ético em seu processo de trabalho. Ainda assim, foi possível categorizar cinco grandes grupos de problemas (bio)éticos vivenciados pelas equipes: os relacionados à desigualdade de acesso aos serviços de saúde; os relacionados à relação ensino-trabalho-comunidade; os relacionados ao sigilo e à confidencialidade; os relacionados aos conflitos entre equipe e usuários; e os relacionados aos conflitos entre membros da equipe. Concluise que, mesmo que aparentemente mais sutis -se comparadas às questões (bio)éticas que se passam nas instituições hospitalares -, exis...
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