O artigo analisa algumas manifestações sociais que surgiram pelo mundo a partir de 2008, em especial no Egito, na Espanha, nos EUA, no Chile e no Brasil. O nosso interesse está no impacto, nessas manifestações, do uso das redes sociais, já razoavelmente inseridas num contexto de intensa mediação na comunicação entre manifestantes e na opinião pública em geral. Analisamos dois aspectos: o impacto na organização desses movimentos e o uso cada vez mais central das imagens como forma de comunicação. Com a preocupação de identificar pontos de novidade mais do que analisá-los profundamente, indicamos que há interessantes possibilidades de luta contra-hegemônica a partir do uso extensivo e intensivo das mídias sociais, o que se dá pela busca da democracia radical e pelo uso crítico da imagem.
Memória, justiça e poder: desafios contemporâneos. Uma introdução Queria acreditar em algo além, Além da morte que a desfez. Queria poder dizer a força Com que outrora desejamos, Nós, já submersos, Poder mais uma vez juntos Caminhar livremente sob o sol leVi (2019 [1946]: 21)
Apresentação da seção de capa A urgência do Indizível: as contribuições de Primo Levi
Resumo Este artigo tem como objetivo discutir a existência de uma afinidade entre a estética de relatos cotidianos, testemunhos e diários com a experiência específica da pandemia do Covid-19. Partimos da ideia de que uma característica bastante compartilhada na experiência da pandemia tem sido o foco nos traços desse momento histórico na vida cotidiana, resultando num impulso para a presentificação. Nossa hipótese é que na experiência da fase da pandemia marcada pelo distanciamento e isolamento social se formou uma estrutura de sentimento que é maturada na produção e fruição de registros ordinários, uma valorização de formas como diários e testemunhos de pessoas comuns. Fazendo uso da experiência de um grupo virtual de compartilhamento de relatos e do mapeamento de diversas iniciativas de coletas de registros, o artigo analisa como certas experiências da pandemia do Covid-19 se relacionam com as noções de trauma, luto e extraordinário.
O artigo analisa algumas manifestações sociais que surgiram pelo mundo a partir de 2008, em especial no Egito, na Espanha, nos EUA, no Chile e no Brasil. O nosso interesse está no impacto, nessas manifestações, do uso das redes sociais, já razoavelmente inseridas num contexto de intensa mediação na comunicação entre manifestantes e na opinião pública em geral. Analisamos dois aspectos: o impacto na organização desses movimentos e o uso cada vez mais central das imagens como forma de comunicação. Com a preocupação de identificar pontos de novidade mais do que analisá-los profundamente, indicamos que há interessantes possibilidades de luta contra-hegemônica a partir do uso extensivo e intensivo das mídias sociais, o que se dá pela busca da democracia radical e pelo uso crítico da imagem. PALAVRAS-CHAVE: Internet. Mídias sociais. Hegemonia. Movimentos sociais. Política.SOCIAL MANIFESTATIONS AND NEW MEDIA: the construction of a counter-hegemonic culture Paulo Rodrigues Gajanigo Rogério Ferreira de Souza The article analyzes some social protests that have appeared around the world from 2008, especially in Egypt, Spain, USA, Chile and Brazil. Our interest is in the impact, on these events, of the use of social networks, already fairly inserted in a context of intense mediation in communication between protesters and public opinion in general. We analyze two aspects: the impact on the organization of these movements and more central use of images as a form of communication. With a view to identify new points, more than deeply analyze them, indicate that there are interesting possibilities for counter-hegemonic struggle from the extensive and intensive use of social media, which is given by the search for radical democracy and critical use of images. KEYWORDS: Internet. Social media. Hegemony. Social movements. Policy.MANIFESTATIONS SOCIALES ET NOUVEAUX MÉDIAS: la construction d’une culture contrehégémonique Paulo Rodrigues Gajanigo Rogério Ferreira de Souza Cet article analyse quelques manifestations sociales qui ont eu lieu dans le monde à partir de 2008, tout spécialement en Égypte, en Espagne, aux États-Unis, au Chili et au Brésil. Notre centre d’intérêt se situe au niveau de l’impact créé par l’utilisation des réseaux sociaux dans ces manifestations déjà suffisamment insérées dans un contexte d’intense médiation de ces réseaux pour la communication entre les manifestants et l’opinion publique en général. L’analyse porte sur deux aspects: l’impact au niveau de l’organisation de ces mouvements et l’utilisation chaque fois plus centrale des images comme moyen de communication. Dans l’intérêt d’identifier des éléments nouveaux plus que d’en approfondir l’analyse, nous signalons qu’il y a des possibilités intéressantes de lutte contre-hégémonique grâce à l’utilisation intensive des médias sociaux, auxquels on fait appel en vue d’une démocratie radicale et pour l’utilisation critique de l’image. MOTS-CLÉS: Internet. Médias sociaux. Hégémonie. Mouvements sociaux. Politique. Publicação Online do Caderno CRH no Scielo: http://www.scielo.br/ccrh Publicação Online do Caderno CRH: http://www.cadernocrh.ufba.br
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