As infecções hospitalares são aquelas adquiridas 48 horas após a admissão hospitalar ou que se manifestam até 3 dias após a alta e que estejam associadas a cuidados em saúde. Este trabalho teve como objetivo analisar o perfil bacteriano de uroculturas coletadas em pacientes internados em um Hospital Universitário. Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e documental, realizado a partir de planilhas disponibilizadas pelo Laboratório de Análises Clínicas/Setor Microbiologia do Hospital Universitário, provenientes de resultados dos exames realizados no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2018. No primeiro ano foram coletadas 242 uroculturas, destas, 12% apresentaram crescimento bacteriano. Em 2018 foram 256, com 15% de positividade. As bactérias mais isoladas foram: Klebsiella pneumoniae, Enterococcus sp., Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli e Acinetobacter baumannii. Klebsiella pneumoniae apresentou resistência a amicacina, imipenem, piperacilia + tazobactam, sendo sensível a linezolida. O Enterococcus sp. em 2017, foi resistente à ampicilina, ciprofloxacino, vancomicina e nitrofurantoína, porém em 2018 foram sensíveis a estes. A P. aeruginosa foi resistente à ceftazidima, cefepime, imipenem, piperacilina + tazobactam, quinolonas e amicacina e sensível a colistina. A E. coli foi resistente a ampicilina + sulbactam, as quinolonas e sulfametoxazol + trimetoprima, sendo sensível a amoxicilina + clavulonato, nitrofurantoina e piperacilina + tazobactam, cefalosporinas de 2ª geração, aminoglicosídeos e carbapenêmicos. O A. baumannii apresentou resistência para amicacina, gentamicina, imipenem, meropenem, piperacilina + tazobactam e colistina, não apresentando 100% de sensibilidade a nenhum dos antibióticos testados. O conhecimento do perfil bacteriano nas uroculturas é de grande importância, pois poderá nortear o tratamento medicamentoso, contribuindo na desaceleração da seleção de bactérias resistentes.