Método rápido de avaliação do esverdeamento 809Método rápido de avaliação do esverdeamento em tubérculos de batata (1) Sieglinde Brune (2) e Paulo Eduardo Melo (2) Resumo Em batata, as sínteses de clorofila e glicoalcalóides são induzidas pela luz, conferindo, respectivamente, esverdeamento e sabor amargo aos tubérculos. O objetivo deste trabalho foi identificar um método rápido para avaliação da resistência ao esverdeamento dos tubérculos de batata. Tubér-culos de clones-elite e das cultivares Achat (suscetível) e Bintje (resistente) foram lavados e avaliados visualmente quanto ao esverdeamento (escala de notas de cinco pontos) após 5, 10, 15 e 20 dias de exposição à luz (250 lux). Cinco dias de exposição à luz foram suficientes para separar as cultivares Bintje (nota 1,0) e Achat (nota 3,0) em classes distintas. Porém, foram necessários 20 dias de exposição à luz para identificar com precisão boas fontes de resistência. A análise das épocas de avaliação por meio de componentes principais não proporcionou uma clara separação dos genótipos em classes de resistência ao esverdeamento. Considerando cada leitura, foram selecionados, por seu valor per se e para uso em melhoramento, os clones CNPH-036 e CNPH-065 (resistentes ao esverdeamento) e CNPH-039 e CNPH-063 (de resistência moderada, mas consistente). Os clones CNPH-009 e CNPH-019 mostraram reação variável ao longo do tempo e, por isso, devem ser considerados apenas por seu valor per se.Termos para indexação: Solanum tuberosum, resistência ao enverdeamento, métodos de melhoramento. A quick method to assess greening in potato tubersAbstract In potato, both chlorophyll and glycoalkaloids syntheses are light induced, being responsible for the development of greening and a bitter taste in potato tubers, respectively. This work was carried out aiming at identifying a quick method to assess resistance to tuber greening in potato. Tubers of elite-clones, as well as of cultivars Achat (susceptible) and Bintje (resistant) were washed and visually assessed to greening (five-point scale) after 5, 10, 15, and 20 days of exposure to light (250 lux). A five-day exposure was enough to place cultivars Bintje (grade 1.0) and Achat (grade 3.0) in distinct classes. However, only after a 20-day exposure, an accurate identification of resistance sources was possible. Principal component analysis was used to group the evaluation dates. However, it did not provide a clear-cut separation of genotypes in classes of resistance to tuber greening. Taking into account the results obtained in each evaluation date, clones CNPH-036 and CNPH-065 (resistant to greening), and clones CNPH-039 and CNPH-063 (moderately, but consistently resistant) were selected. All four clones showed value per se and for breeding. Clones CNPH-009 and CNPH-019 had a variable reaction in time concerning greening and, although having value per se, are not recommended for breeding purposes.
A cultivar Ramoso de Brasília é originalmente recomendada para plantios de inverno, podendo ser cultivada também em condições de verão ameno. O formato convexo da inflorescência permite o escoamento da água da chuva ou irrigação, tendo sido observada em campo uma redução acentuada de podridão-mole na inflorescência. O espaçamento recomendado para plantio é de 80 x 50 cm, um pouco mais adensado que o tradicionalmente utilizado para outras cultivares. Esse adensamento é possível devido ao menor porte das plantas da cultivar Ramoso de Brasília o que se traduz em maior produtividade por área. Durante o período de avaliação da cultivar em Brasília, obteve-se uma produtividade média de 18 t/ha, bastante significativa se comparada à produtividade alcançada, nas mesmas condições, com outras cultivares, inclusive híbridas, que variou entre 9 e 16 t/ha. Os demais tratos culturais são semelhantes àqueles normalmente utilizados para as demais cultivares.Além das vantagens já mencionadas, observou-se ainda que a colheita de inflorescências na cultivar Ramoso de Brasília é bastante facilitada pelo comprimento longo das hastes, sendo feita muito mais rapidamente que nas demais cultivares. Além disso, os produtores que participaram da avaliação experimental da cultivar notaram que as inflorescências, uma vez atingido o ponto de colheita, mesmo que não sejam colhidas, permanecem com os botões florais fechados por mais tempo que as cultivares tradicionalmente utilizadas. Essa característica não compromete a qualidade das hastes e inflorescências, que permanecem tenras enquanto os botões florais estiverem fechados e permite maior flexibilidade na execução da colheita. Observou-se também que a cultivar Ramoso de Brasília apresenta inflorescências de melhor conservação pós-colheita, mantendo-se verdes, com aspecto de recém-colhidas, por um período mais longo. DISPONIBILIDADE DE SE-MENTESQuantidades maiores de sementes da cultivar Ramoso de Brasília podem ser adquiridas no comércio em geral, em boas casas de sementes ou produtos agropecuários. Pequenas quantidades, em amostras de até 3 g, podem ser obtidas junto à Embrapa Hortaliças, mediante solicitação pessoal ou por carta, fax, telefone ou correio eletrônico. RESUMOAs viroses que ocorrem com muita frequência em plantas de batata no Brasil são responsáveis por queda na produtividade, principalmente quando provocados por uma combinação de vírus. Para PVY e PVX o tipo de resistência usada é a imunidade, controlada por genes simples e dominantes. A pinta-preta, causada pelo fungo Alternaria solani, é uma das principais doenças fúngicas da batata em condições de alta umidade e temperatura, podendo causar até 73% de perdas na produtividade. O uso da resistência genética é de grande interesse agronômico, uma vez que a eliminação ou redução do uso de agrotóxicos leva a menores custos de produção da lavoura, além de mitigar a poluição ambiental e os riscos ao ser humano. A Embrapa Hortaliças avalia anualmente, em seu programa de melhoramento da batata, a imunidade aos vírus PVY e PVX, a r...
A gênese e o crescimento de uma revista científica são eventos interessantes para serem observados e estudados. A revista Horticultura Brasileira, veículo de divulgação científica da Sociedade de Olericultura do Brasil (SOB), publicou seu primeiro fascículo em 1983 e, em 2004, completa 22 anos de publicação ininterrupta. A revista sucedeu uma publicação anterior da SOB, a 'Olericultura' (posteriormente renomeada 'Revista de Olericultura'), publicada entre 1961 e 1980, que era anual e continha artigos completos e resumos de trabalhos apresentados nas reuniões anuais e congressos da SOB. A Horticultura Brasileira (HB) foi criada para publicar artigos de pesquisa originais na área de horticultura por meio do sistema de avaliação de manuscritos por uma comissão editorial e revisores ad hoc (peer review). À época de sua criação, a revista era semestral, com um novo formato (28 x 20,5 cm) e com capa colorida diferente para cada fascículo e uma diagramação gráfica moderna. A revista é dividida em seções de modo a abranger todos os segmentos representados pela Sociedade, como produtores, extensionistas, pesquisadores, professores e estudantes. Em seus 22 anos, a revista atingiu um total de 1.083 artigos em 5.207 páginas, sendo 24 cartas ao editor, 37 artigos convidados, 561 artigos na seção 'Pesquisa', 133 na 'Página do Horticultor', 101 em 'Insumos e Cultivares em Teste', 31 em 'Economia e Extensão Rural', 43 em 'Nova Cultivar' e 153 na seção 'Nota', extinta em 1996. O número médio de artigos passou a ser de 34,6 artigos/ano no período 1983-95, aumentou para 47,3 artigos/ano no período 1996-2001 e de 116,3 artigos/ano de 2002-2004. Atualmente, a HB é publicada trimestralmente e conta com 30 editores de diferentes áreas e instituições e se consolidou como o principal periódico em hortaliças no Brasil. Seus desafios atuais são o aumento dos custos de publicação e o aprimoramento constante dos processos.
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