Há um patente processo de precarização do trabalho formal em curso no Brasil. Esse processo é resultado de um conjunto perverso de práticas orientadas à alcançar os anseios das elites político-econômicas do capitalismo global através do neoliberalismo. Nossa análise neste texto, de característica estrutural, lança luz à interação entre as dinâmicas macroestruturais do capitalismo global e a relação “capital x trabalho” no Brasil contemporâneo. Nosso objetivo é compreender as dinâmicas macroestruturais do sistema capitalista, analisando os acontecimentos políticos, suas consequências e alternativas no que toca a relação “capital x trabalho” no país. Para alcançar este objetivo realizamos pesquisa bibliográfica na literatura especializada, recorrendo também à pesquisa documental; trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa. Argumentamos que há um aprofundamento da internacionalização da economia brasileira imediatamente depois do impeachment da presidenta Dilma, em 2016, protagonizado pelo Governo Temer. Essa internacionalização se dá, pelo menos, através da retomada das privatizações no país e do corte de direitos trabalhistas e sociais. O desmonte da Petrobras, a Lei da Terceirização, a Reforma Trabalhista e a “PEC do Fim do Mundo” são táticas acionadas e essencialmente necessárias para o atingimento dos objetivos do capitalismo global com legitimação do Estado – através de ações do governo atual. O associativismo, mesmo com seus limites, merece atenção como uma alternativa à precarização do trabalho formal. Isso porque (i) proporciona uma outra subjetividade aos trabalhadores e (ii) se pauta em relações de trabalho dignas e sem exploração, como meio; e se trata de (iii) um projeto de superação do capitalismo, como fim.
Resumo:Desde o século XIX, a intensificação das lutas pela redução da jornada de trabalho é tema recorrente entre os trabalhadores. No Brasil, desde sua industrialização, inúmeras categorias apresentavam, como uma das principais bandeiras de luta e mobilização, a redução da jornada de trabalho. Experimentaram-se dois momentos de redução da jornada, o último deles se deu na Constituinte de 1988, quando foi estabelecida a jornada de 44 horas semanais. Frente a isso, o debate acerca da redução da jornada de trabalho, coloca-se mais uma vez em voga com a PEC 231/95. Esta pesquisa analisa, por meio de cartilhas, artigos e entrevistas, as forças sociais contrárias e favoráveis à redução da jornada, dando maior peso as forças favoráveis. Os resultados encontrados indicam que no Brasil essa redução não se dará de maneira fácil, devido ao forte vínculo do poder econômico com a política e à estrutura sindical brasileira atrelada ao Estado. Abstract: Since the nineteenth century, the increasing in fights for the reduction of working hours is an important topic among workers. In Brazil, since its industrialization, numerous categories were presenting as main banner of fighting and mobilization the reduction of the workday. Brazil had experienced two different moments of workday hours reduction. The last one occurred in the Constituent Assembly of 1988 where the journey of 44 weekly hours of working was established. Therefore, the deliberation concerning the reduction of workday hours was in vogue again because of the Proposed Amendment to the Constitution number 231/95. This research, is focused on analyzing favorable and contrary social forces to the reduction of workday hours. The results founded indicate that in Brazil this reduction will not come in an easy way taking into consideration the strong bond between economic power and politics, and the Brazilian trade union structure tied to the State. Palavras
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