A proatividade emergiu na última década como um tópico relevante para a compreensão do desempenho de indivíduos e organizações. A personalidade proativa acredita na sua capacidade em criar e alterar o ambiente em seu redor, tomando iniciativa, antecipando soluções, melhorando e transformando as situações em que as pessoas se encontram. Em ambiente de elevada competição económica e financeira, as organizações enfrentam necessidades crescentes de adaptação através de colaboradores capazes de alcançarem objetivos, adquirirem novas competências, novos conhecimentos, ou tomarem iniciativas e assumirem responsabilidades conducentes à otimização do desempenho coletivo da organização, tornando os fatores humanos em elementos determinantes na competitividade global. Embora não exista um acordo generalizado sobre a forma de medir e definir as múltiplas dimensões da proatividade, a mesma é regularmente considerada um preditor de elevado desempenho em contexto de trabalho. A generalidade da literatura corrobora esta associação. Contudo, embora o esforço feito pelas organizações em direcionar os seus recursos à melhoria dos processos, investindo em formação, equipamento e novas tecnologias, sente-se muitas vezes que os processos burocráticos, inerentes à carreira dos funcionários públicos, inibem a motivação e o aparecimento de resultados condizentes com os objetivos iniciais do investimento levando a desempenhos inferiores. O nosso trabalho pretende em primeiro lugar discutir os antecedentes do comportamento proativo em particulares da estrutura de motivos. Em segundo avaliar o seu impacto no comportamento proativo em contexto de trabalho (CPCT) e no desempenho profissional (DP) percecionado pelos funcionários. Participaram no estudo um grupo de funcionários da Administração Pública (N=126). A amostra foi constituída maioritariamente por indivíduos do sexo feminino, com idade média de 44 anos, com habilitações académicas a nível do superior e secundário. A maioria tem um vínculo contratual de nomeação definitiva, desempenhando funções na instituição entre 6 a 15 anos. Os dados foram recolhidos no período de fevereiro a abril de 2012, através da aplicação de um inquérito por questionário (análise quantitativa), ao pessoal não docente de uma Instituição de Ensino Superior Público. Os resultados indiciam que o perfil motivacional destes colaboradores tende para uma alta motivação para o sucesso, uma moderada afiliação e uma baixa cotação para o poder. Os motivos do sucesso e do poder relacionam-se positivamente com a proatividade individual (PI), sendo esta última variável aquela que melhor contribui para explicar o CPCT. A PI e o poder são os fatores que melhor explicam o DP, contribuindo para criar condições necessárias que permitam o desenvolvimento e alcance do prestígio e maior reputação no local de trabalho, demonstrando um DP superior. Uma maior proatividade em contexto laboral leva a um maior DP, contudo esta relação é moderada negativamente pela complexidade do trabalho, conduzindo a uma relação negativa entre o DP e a complexidade do trabalho. Verificou-se que variáveis socio-demográficas e socio-profissionais não afetam a proatividade no trabalho. Em termos conclusivos, salienta-se que a proatividade tem um papel fundamental na vida destes colaboradores, tanto na esfera pessoal como na esfera laboral, associado à motivação e às normas de contexto de trabalho em que pessoas proativas realizam as suas tarefas.
Refletir sobre o processo de trabalho em enfermagem no cuidado infantil da atenção primária de saúde ao pronto atendimento hospitalar. Estudo de análise reflexiva baseada na leitura, análise e interpretação de artigos científicos. Para que o processo de trabalho do enfermeiro se consolide, é necessário a compreensão político-social da inserção da criança na rede de atenção à saúde, e também deve constituir de conhecimento das condições clínicas para classificação correta a fim de melhor assistir nas emergências. O enfermeiro é um profissional articulador, que no contexto das emergências infantis, deve atuar com base em preceitos político-sociais e evidências científicas em todas as esferas de assistência e complexidade.
Este trabalho teve como analisar a eficácia dos efeitos da contenção facilitada e do enrolamento para redução da dor em recém-nascidos prematuros. Foi realizada uma abordagem quantitativa, em consonância com os pressupostos de um estudo experimental do tipo ensaio clínico randomizado cruzado, crossover. Considerando as análises mediante ao tempo de duração do procedimento doloroso, alterações de frequência cardíaca, frequência respiratória e saturação de oxigênio e, da organização de acordo com os subsistemas de desenvolvimento autônomo, motor e de estados comportamentais do recém-nascido, evidenciou-se que não houve diferença estatisticamente significante entre as intervenções contenção facilitada e enrolamento. No entanto, no período de aplicação da contenção facilitada, observou-se uma estabilidade fisiológica e comportamental mais precoce, que promover a reorganização, diminuiu a agitação e alterações hemodinâmicas, comparado ao enrolamento. A contenção facilitada é realizada pelo posicionamento das mãos, simulando a posição fetal. Enquanto que o enrolamento, consiste em manter os membros em flexão e as mãos do neonato próximas à face, devendo ser garantida uma adequada excursão torácica, posição esta, que deve ser mantida envolvendo o corpo do prematuro em tecidos, faixas ou cueiros, os quais tem a função de oferecer maior segurança durante o procedimento doloroso. A realização desse estudo revelou eficácia nas intervenções não farmacológicas, contenção facilitada e enrolamento, demonstrando sua importância no manejo da dor durante procedimentos que suscitam no recém-nascido sensibilidade dolorosa de baixa intensidade.
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