O presente artigo tem como objetivo contribuir para a compreensão da qualificação da gestão escolar e do papel do diretor de escola, a partir do pressuposto de que todas as relações afetivas no coletivo escolar geram desdobramentos que podem aproximar as comunidades da conquista da qualidade social da educação. Foram retomados os conceitos da filosofia de Baruch de Spinoza, especialmente a teoria dos afetos; o debate sobre a gestão escolar, na perspectiva sociológica da crítica ao neoliberalismo e a discussão que tenta estabelecer o conceito de qualidade social da educação, entendida como a promoção da aprendizagem e do desenvolvimento do ser humano na sua integralidade. Conclui-se que a liderança na escola pública é garantidora de direitos e deve possibilitar que os alunos exerçam um papel ativo na sociedade e, portanto, a atuação do diretor, enquanto liderança na gestão escolar, não encontra similaridade com as abordagens teóricas de liderança utilizadas como embasamento aos modelos de gestão empresarial.
RESUMO O presente texto refere-se à conferência apresentada pelo autor na abertura do XV Congresso Nacional de Psicologia Escolar (CONPE), promovido pela ABRAPEE, em julho de 2022. Na primeira parte, apresentam-se as principais concepções sobre o papel da escola nas sociedades capitalistas e seus impactos nas práticas desenvolvidas. Buscou-se compreender se a escola representa um espaço para a atuação dos educadores comprometidos com a formação de cidadãos críticos e transformadores. Na sequência, apresentam-se dados sobre a realidade educacional brasileira, marcada pelas contradições de um sistema dualista e cindido entre os interesses privativistas e publicistas. Na segunda parte, analisa-se o conceito de escola democrática, a partir de três dimensões: quantitativa (escola para todos e permanência), qualitativa (função e qualidade do ensino) e das relações internas (trabalho coletivo). Finalmente, defende-se que a Psicologia pode ter uma fundamental contribuição para a construção da escola democrática, desde que algumas condições sejam assumidas pelos psicólogos: ação interdisciplinar junto aos educadores, trabalho basicamente preventivo direcionado ao planejamento educacional e a superação de concepções teóricas conservadoras, como o Modelo Médico.
Este trabalho tem como objetivo analisar as práticas pedagógicas adotadas por professores de língua alemã, de diversos estados do país, a partir das bases teóricas de Vigotski (2009 [1934]; 2018 [1926])e Wallon (1978 [1942]; 2010 [1941]), correlacionando-as às propostas de interações entre os sujeitos (aluno) e os diversos objetos de conhecimento (áreas e conteúdos escolares), no contexto da globalização. Dessa forma, abordamos a mediação do professor de alemão, levando em conta os elementos capazes de afetar positivamente o aluno e de promover sua aproximação e interesse pela língua alemã ou, ao contrário, o seu afastamento e aversão. A partir da aplicação de questionário elaborado com 11 questões fechadas, estabelecemos inferências a partir da correlação entre os registros e as possibilidades de afetar positivamente os alunos, no sentido de promover um movimento de aproximação dos alunos à língua alemã. Concluímos que o grupo de 85 docentes respondentes desenvolve práticas pedagógicas no ensino de alemão capazes de afetar positivamente seus alunos e, desse modo, alcançar resultados de sucesso. Destaca-se a abordagem de temas socioculturais associados às expectativas de desempenho linguístico e às implicações para a vida social do aluno.
SUMMARY This text refers to the conference presented by the author at the opening of the XV CONPE, promoted by ABRAPEE, in July 2022. In the first part, the main conceptions about the role of the school in capitalist societies and their impacts on the practices developed are presented. We sought to understand whether the school represents a space for the performance of educators committed to the formation of critical and transformative citizens. Next, data are presented on the Brazilian educational reality, marked by the contradictions of a dualistic system and divided between privatist and publicist interests. In the second part, the concept of democratic school is analyzed from three dimensions: quantitative (school for all and permanence), qualitative (function and quality of teaching) and internal relations (collective work). Finally, it is argued that Psychology can have a fundamental contribution to the construction of the democratic school, provided that some conditions are assumed by psychologists: interdisciplinary action with educators, basically preventive work directed to educational planning and the overcoming of conservative theoretical conceptions, as the Medical Model.
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