O primeiro ano é um período crítico para a adaptação do estudante à universidade. O objetivo desta pesquisa foi investigar, qualitativamente, a experiência de adaptação à universidade em jovens calouros em uma universidade. Participaram do estudo 14 estudantes de diferentes cursos, com idades entre 18 e 22 anos. Os sujeitos foram entrevistados individualmente e as entrevistas submetidas a uma análise fenomenológica. Quatro grandes temas emergiram da análise: Saindo de casa, Ingressando na vida acadêmica, Percebendo mudanças em si mesmo e Adaptando-se ao curso. Os resultados indicam que a adaptação à universidade entre calouros é uma experiência que traz mudanças importantes para os estudantes, e que o sucesso na adaptação depende de muitos fatores, alguns deles não ligados diretamente ao contexto acadêmico. Apesar disso, o contexto universitário tem um papel importante a desempenhar no processo de adaptação à universidade.
Resumo O objetivo deste estudo foi elaborar um instrumento de auto-relato para avaliar dimensões de práticas educativas parentais em relação a adolescentes. Participaram do estudo 409 adolescentes (57,9%, com média de idade de 16,52 anos), dos quais 298 forneceram protocolos completos. Foram gerados inicialmente 62 itens para avaliar diversas dimensões de práticas parentais. A estrutura subjacente ao conjunto dos itens foi avaliada através de análises de componentes principais. Sucessivas análises permitiram chegar a uma solução interpretável de 6 componentes para um conjunto de 27 itens, onde cada item apresentou carga superior a 0,35 em apenas um componente. Os componentes identificados foram (e respectivos alpha de Cronbach das escalas correspondentes): controle punitivo (0,73), supervisão do comportamento (0,77), cobrança de responsabilidade (0,70), intrusividade (0,67), apoio emocional (0,89) e incentivo à autonomia (0,76). Os resultados mostram, portanto, que é possível distinguir empiricamente dimensões de práticas educativas parentais mais específicas que as dimensões de responsividade e exigência tipicamente mencionadas na literatura. Além disso, as escalas mostraram padrões de correlações diferenciados com alguns indicadores de desenvolvimento psicossocial na adolescência, sugerindo que seus efeitos sobre o desenvolvimento também são distintos. Palavras-chave: Práticas parentais; estilos parentais; adolescentes. AbstractThe aim of this study was to elaborate a self-report instrument to evaluate dimensions of parental educational practices concerning adolescents. The sample was composed of 409 adolescents (57,9% women, with an average age of 16,52 years old), from which 298 provided complete protocols. Initially, 62 items were generated to evaluate different dimensions of parental practices. The underlying structure present in the set of items was evaluated using principal components analysis. Repeated analysis allowed an interpretable solution of 6 components for a set of 27 items, considering items with factor loadings greater than 0.35 in just one component. The identified components are listed below, together with the respective Cronbach alpha value of the correspondent scales: punitive control (0.73), behavioral supervision (0.77), responsibility demandingness (0.70), intrusiveness (0.67), emotional support (0.89) and autonomy granting (0.76). Therefore, the results show that it is possible to empirically distinguish more specific parental educational practices than the responsiveness and demandingness dimensions that are tipically mentioned in the literature. Moreover, the scales show different correlational patterns when some psychosocial development indicators are considered, suggesting that the effects over the development are also distinct. Keywords: Parental practices; parental styles; adolescents.O modo como os pais educam seus filhos adolescentes, assim como os efeitos que as práticas educativas parentais produzem no desenvolvimento psicossocial dos jovens, tem sido objeto de atenção de div...
Este trabalho retrata um recorte de resultados de um estudo exploratório/descritivo, de abordagem qualitativa. Visa a compreender qual é a significação que os pais/cuidadores de crianças diagnosticadas com câncer atribuem às relações entre esse diagnóstico e a sua dinâmica familiar. Foram utilizadas técnicas de entrevistas semiestruturadas e grupos de discussões, constituídos por pais/cuidadores, acompanhantes das crianças e adolescentes durante a internação em um hospital público. O número de participantes da pesquisa foi definido a partir de critérios de saturação da amostra e os dados coletados foram transcritos na íntegra e analisados a partir da análise de conteúdo. As categorias e subcategorias emergentes foram: Casa x Hospital; Mudanças e Desestruturação Familiar; Papel Materno; As Mães na Sala e suas Inter- Relações (Identificação e Competição como subcategorias); Rede de Apoio (tendo como subcategorias Papel Paterno, Filhos Sem o Diagnóstico de Câncer e Demais Amigos, Parentes). Neste estudo, destaca- -se o papel materno como o que mantém e assegura a coesão familiar e a integridade dos filhos, tanto psíquica quanto física. A responsabilização por tal integridade, mediante a situação de doença, parece gerar carga intensa de sofrimento. Apesar do conhecimento do senso comum de que a doença é algo que diz respeito à ordem do incontrolável, ainda assim, para os entrevistados, parece haver um esforço no sentido de exercer controle sobre a situação de adoecimento. Diante da impossibilidade disso, emergem, além dos sentimentos de impotência e culpa, situação de sobrecarga implicada na posição onipotente em que se coloca o cuidador principal, culminando no sentimento de desamparo.
RESUMO. Este é um estudo qualitativo, de cunho exploratório e descritivo, cujo objetivo consistiu em compreender os significados atribuídos à cirurgia cardíaca por pacientes pré-cirúrgicos. Para sua realização participaram quinze usuários de ambulatório de cardiologia de um hospital universitário. A coleta de dados aconteceu através de entrevistas semiestruturadas. A análise dos dados foi realizada através da análise de conteúdo, da qual emergiram quatro categorias: A ansiedade da espera; A cirurgia e o medo; Expectativas de futuro após a cirurgia; e Religiosidade e introspecção. Os resultados mostram as repercussões emocionais decorrentes do caráter de imprevisibilidade atribuído à cirurgia, evidenciando um cenário de vulnerabilidade e de fragilização emocional. Constata-se a necessidade de refletir sobre aspectos da cirurgia que estão além do adoecimento físico, abarcando as mais diversas áreas profissionais e de conhecimento no âmbito da atenção à saúde.
Embora estudos sustentem maior vulnerabilidade ao stress na população feminina, há escassez de dados sobre a população de hipertensos. Realizou-se um estudo transversal para verificar a diferença na prevalência de sintomas de stress entre os gêneros, por meio da aplicação do Inventário de Sintomas de Stress de Lipp e de um questionário de dados sociodemográficos. Os resultados não mostram diferença estatisticamente significativa concernente à presença de sintomas de stress entre as amostras masculina (n=33) e feminina (n=70). Contudo, mais homens apresentaram escores na fase de resistência (60,6%), enquanto a fase de quase-exaustão preponderou entre as mulheres: 41,4% versus 15,2% dos homens. Considerando sintomas físicos e psicológicos no geral, independente de predominância de fase, as mulheres relataram ter significativamente mais sintomas psicológicos de stress nos escores referentes às fases de resistência, quase-exaustão e à fase de exaustão (p<0,05). Esses achados podem auxiliar no planejamento de abordagens de controle de stress.
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