Este trabalho retrata um recorte de resultados de um estudo exploratório/descritivo, de abordagem qualitativa. Visa a compreender qual é a significação que os pais/cuidadores de crianças diagnosticadas com câncer atribuem às relações entre esse diagnóstico e a sua dinâmica familiar. Foram utilizadas técnicas de entrevistas semiestruturadas e grupos de discussões, constituídos por pais/cuidadores, acompanhantes das crianças e adolescentes durante a internação em um hospital público. O número de participantes da pesquisa foi definido a partir de critérios de saturação da amostra e os dados coletados foram transcritos na íntegra e analisados a partir da análise de conteúdo. As categorias e subcategorias emergentes foram: Casa x Hospital; Mudanças e Desestruturação Familiar; Papel Materno; As Mães na Sala e suas Inter- Relações (Identificação e Competição como subcategorias); Rede de Apoio (tendo como subcategorias Papel Paterno, Filhos Sem o Diagnóstico de Câncer e Demais Amigos, Parentes). Neste estudo, destaca- -se o papel materno como o que mantém e assegura a coesão familiar e a integridade dos filhos, tanto psíquica quanto física. A responsabilização por tal integridade, mediante a situação de doença, parece gerar carga intensa de sofrimento. Apesar do conhecimento do senso comum de que a doença é algo que diz respeito à ordem do incontrolável, ainda assim, para os entrevistados, parece haver um esforço no sentido de exercer controle sobre a situação de adoecimento. Diante da impossibilidade disso, emergem, além dos sentimentos de impotência e culpa, situação de sobrecarga implicada na posição onipotente em que se coloca o cuidador principal, culminando no sentimento de desamparo.
RESUMO. Este é um estudo qualitativo, de cunho exploratório e descritivo, cujo objetivo consistiu em compreender os significados atribuídos à cirurgia cardíaca por pacientes pré-cirúrgicos. Para sua realização participaram quinze usuários de ambulatório de cardiologia de um hospital universitário. A coleta de dados aconteceu através de entrevistas semiestruturadas. A análise dos dados foi realizada através da análise de conteúdo, da qual emergiram quatro categorias: A ansiedade da espera; A cirurgia e o medo; Expectativas de futuro após a cirurgia; e Religiosidade e introspecção. Os resultados mostram as repercussões emocionais decorrentes do caráter de imprevisibilidade atribuído à cirurgia, evidenciando um cenário de vulnerabilidade e de fragilização emocional. Constata-se a necessidade de refletir sobre aspectos da cirurgia que estão além do adoecimento físico, abarcando as mais diversas áreas profissionais e de conhecimento no âmbito da atenção à saúde.
Este trabalho retrata um recorte de resultados de um estudo exploratório/descritivo, de abordagem qualitativa. Visa a compreender qual é a significação que os pais/cuidadores de crianças diagnosticadas com câncer atribuem às relações entre esse diagnóstico e a sua dinâmica familiar. Foram utilizadas técnicas de entrevistas semiestruturadas e grupos de discussões, constituídos por pais/cuidadores, acompanhantes das crianças e adolescentes durante a internação em um hospital público. O número de participantes da pesquisa foi definido a partir de critérios de saturação da amostra e os dados coletados foram transcritos na íntegra e analisados a partir da análise de conteúdo. As categorias e subcategorias emergentes foram: Casa x Hospital; Mudanças e Desestruturação Familiar; Papel Materno; As Mães na Sala e suas Inter- Relações (Identificação e Competição como subcategorias); Rede de Apoio (tendo como subcategorias Papel Paterno, Filhos Sem o Diagnóstico de Câncer e Demais Amigos, Parentes). Neste estudo, destaca- -se o papel materno como o que mantém e assegura a coesão familiar e a integridade dos filhos, tanto psíquica quanto física. A responsabilização por tal integridade, mediante a situação de doença, parece gerar carga intensa de sofrimento. Apesar do conhecimento do senso comum de que a doença é algo que diz respeito à ordem do incontrolável, ainda assim, para os entrevistados, parece haver um esforço no sentido de exercer controle sobre a situação de adoecimento. Diante da impossibilidade disso, emergem, além dos sentimentos de impotência e culpa, situação de sobrecarga implicada na posição onipotente em que se coloca o cuidador principal, culminando no sentimento de desamparo.
This study aimed to comprehend the meanings that parents/caregivers of children and adolescents diagnosed with cancer attribute to their child’s disease. It is a qualitative, exploratory/descriptive study. Data were collected through group discussions and individual interviews with the parents/caregivers of children/adolescents and categorized using content analysis. The impressions of the researchers were recorded in a field diary, contributing to the data analysis. The results indicate that the disease and treatment involve periods of psychological suffering that affect the family structure. Cancer was reported as a real enemy to be fought through coping or avoidance, which generates expectations about the future and causes feelings of fear, as well as hope. It was concluded that the childhood cancer causes repercussions in the family relationships, the recognition of which can contribute to both the preparation of professional teams who work with this population, as well as the public health policies developed.
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