Introdução: O Toxoplasma gondii é o protozoário causador da toxoplasmose que atinge em torno de 30% da população mundial humana. Geralmente assintomática, ainda assim pode causar febre, linfadenopatia, linfocitose e dores musculares, além de acometer pulmões, miocárdio, fígado, cérebro e ser causa de coriorretinite. Sua transmissão está intimamente ligada à ingestão de carne crua, sendo importante objeto de estudo de hábitos alimentares. Objetivo: O trabalho tem como objetivo verificar a relação entre consumo de carne crua em pratos culinários e a ocorrência de toxoplasmose. Material e métodos: Constitui-se de uma revisão bibliográfica de literatura. Resultados: A contaminação alimentar por toxoplasmose é ocorrida quando ocorre ingestão de cistos de tecidos viáveis de Toxoplasma gondii através de carnes cruas que estão presentes em diversos pratos culinários em todos o país como Steak Tartar, Hackepeter e kibe cru. Os cistos podem sobreviver por semanas no frio, sendo são inativados pelo congelamento ou pelo calor do produto em que estão inseridos. Entretanto, o mau armazenamento do produto ou local de onde veio, muitas vezes de abates clandestinos, podem gerar um aumento do risco de infecção pelo consumidor. Ainda, a disseminação popular de que a doença é transmitida em sua maioria apenas por felinos, faz com que a população não se atente a outros focos importantes de transmissão muitas vezes não conhecidos. Conclusão: Dessa forma, fazse necessário maiores estudos referente à taxa de transmissão de Toxoplasma gondii em carnes cruas bem como o fomento de políticas públicas que explicitem esse vetor de transmissão à população.
A melanose neurocutânea (MNC) é uma síndrome rara que está associada à manifestação cutânea e ainda mais raramente invade o sistema nervoso central (SNC). Esta condição é gerada através da formação de nevos melanocíticos congênitos que podem evoluir de forma benigna ou maligna, por isso, quando apresentada no início da vida está associada a alta taxa de mortalidade 1 . Quando presente lesões cutâneas, estas possuem risco de evolução para melanoma, porém, as maiores taxas de morbidade e mortalidade estão, frequentemente, associadas à proliferação melanocítica "benigna" para o sistema nervoso central, sendo esta evolução mais rara. Entre os indivíduos nascidos com grandes nevos melanocíticos congênitos, até 12% terão melanose neurocutânea ou proliferação maligna de melanócitos no cérebro, parênquima e leptomeninges 2 . A localização dos nevos na
O autismo foi identificado por volta de 1940 e desde essa época sua abordagem pauta-se em critérios diagnósticos que o explicam a partir de dificuldades, déficits ou atrasos, de acordo com o modelo médico. A partir dos anos 2000, surgem outros modos de pensar o autismo, como o movimento da neurodiversidade, com o intuito de superar as dicotomias entre o normal e o patológico e compreender o autismo como diferença. Com base nos estudos críticos sobre o autismo, este artigo buscou identificar, por meio de revisão de literatura, as explicações sobre autismo em teses e dissertações sobre inclusão escolar, produzidas entre 2008 e 2018. Foram encontradas 106 produções, 53 relacionadas à área da educação e 22 que compuseram o corpus desse artigo. As pesquisas foram categorizadas a partir de dois modelos: médico e crítico. Os resultados revelam que a maioria dos estudos se orienta pelo modelo médico e, dentre aqueles que se inserem na categoria “modelo crítico”, as explicações perpassam diferentes abordagens teóricas, como a fenomenologia, a psicologia histórico-cultural e a psicanálise. Analisar as pesquisas trouxe uma multiplicidade de narrativas sobre o autismo e a percepção de que cabe romper com a naturalização dos discursos e a hierarquização das ciências naturais sobre as humanas, garantindo reconhecimento do outro como sujeito de direito e ator social.
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