Resumo: Introdução: As recentes de políticas de inclusão e de democratização do acesso ao ensino superior têm conclamado ao desenvolvimento de pesquisas que observem o perfil socioeconômico dos estudantes universitários, ainda mais em cursos de alta concorrência e prestígio, como Medicina. Método: Nesse sentido, foi realizada uma pesquisa de caráter transversal, com aplicação de questionários trianalíticos numa amostra de 381 estudantes, com o objetivo de descrever o perfil socioeconômico do estudante de graduação em Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba), assim como conhecer aspectos relacionados à sua vida acadêmica e às expectativas futuras de atuação profissional. Para análise dos dados, utilizou-se o software SPSS 18 em 20 variáveis que abordaram perfil socioeconômico, aspectos relacionados à vida acadêmica dos estudantes e expectativa de carreira. Resultados: Os resultados deste estudo apontam que o perfil do estudante de Medicina é formado por 50,7% de mulheres, 52,8% de pardos, média de idade de 23 anos, 50,4% são oriundos de Salvador e da região metropolitana, 38,8% dos estudantes possuem alta renda familiar, 55,6% estudaram a maior parte do ensino médio em escola particular e para 58% a entrada no curso não se deu por políticas de ação afirmativa. Para 73% dos discentes, Medicina é a primeira graduação. Quase a totalidade dos estudantes (98,4%) afirmou que pretende fazer especialização, esvaziando assim as especialidades raízes e a formação de um médico generalista como preconizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Conclusão: Conclui-se que, mesmo com a implementação de políticas de ação afirmativa, o curso de Medicina continua sendo de elite que tende a priorizar espaços de ensino em detrimento dos outros pilares da universidade.
Resumo O objetivo central do presente estudo foi analisar as relações existentes entre o preconceito, através da orientação à dominância social, e os valores psicossociais, a partir de quatro sistemas, o religioso, o materialista, o pós-materialista e o hedonista. Participaram deste estudo 205 estudantes universitários do curso de psicologia da cidade de João Pessoa -PB. Estes responderam à escala de orientação à dominância social, ao questionário de valores psicossociais e a um conjunto de questões sócio-demográficas. Os resultados indicaram relações parciais entre estas variáveis, sendo a orientação à dominância social diretamente associada aos valores materialistas e contrariamente associada aos valores pós-materialistas. As considerações apresentam o preconceito como resultado das construções ideológicas amplamente compartilhadas pelos grupos sociais. Palavras-chave: Preconceito; orientação à dominância social; valores psicossociais. AbstractThe aim of this study was to analyze the relationships among prejudice and psychosocial values, by means of the orientation of social dominance, from four systems, the religious, the materialist, the post-materialist and, the hedonist. For this particular study, 205 undergraduate Psychology students were chosen from the city of João Pessoa -PB. They answered the social dominance orientation scale, psychosocial value questionnaire, and a set of social-demographic questions. The results presented partial relations among these variables, the social dominance orientation was directly associated with the materialist values and inversely associated with the post-materialistic values. The considerations present prejudice as the consequence of ideological constructions amply shared by social groups.
Resumo O presente estudo teve como objetivo analisar evidências de validade de uma versão brasileira da Fear of COVID-19 Scale (FCV-19S), com base em indicadores concernentes: (1) à estrutura interna; (2) à consistência interna; (3) à relação com variáveis externas; e (4) ao conteúdo. Procedeu-se a adaptação cultural do instrumento, com foco em aspectos semânticos e linguísticos próprios do Brasil. A seguir, esta versão brasileira da FCV-19S foi aplicada, em um ambiente virtual, em 211 participantes (72,98% do sexo feminino), com idade média de 37,07 anos (DP=13,03), juntamente com o Questionário de Autopercepção de Saúde Mental em Pandemia e o Questionário Sociodemográfico e Funcional. A análise fatorial confirmatória atestou unidimensionalidade. Os índices de consistência interna obtidos (alfa de Cronbach =0,921; ômega de McDonald =0,926) podem ser considerados elevados. Constatou-se correlação estatisticamente significativa entre medo e pensamento obsessivo, ansiedade generalizada, estresse generalizado, comportamento fóbico-evitativo e vivência de luto pela pandemia. As evidências de validade relativas ao conteúdo, oriundas de uma abordagem qualitativa, foram satisfatórias. Conclui-se que esta versão brasileira da FCV-19S mostrou-se adequada quanto às evidências de validade contempladas.
Este estudo apresenta, a partir da Teoria da Ação Planejada, uma análise sobre a ausência masculina na Atenção Primária à Saúde. Objetivou-se identificar as crenças positivas e negativas e definir as crenças modais salientes relativas ao comportamento de "procurar a Unidade Básica de Saúde" de homens de um distrito sanitário de Maceió (AL). Participaram do estudo 25 homens, entre 25 e 59 anos, cadastrados em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de um distrito sanitário de Maceió. Utilizou-se entrevista semiestruturada e adotou-se análise de conteúdo de Bardin. Os homens apresentaram crenças comportamentais que tanto favorecem como dificultam o comportamento. As crenças normativas demonstraram maior influência das mulheres para a adoção do comportamento. As crenças de controle foram representadas pelos participantes como negativas, mesmo que algumas delas tenham facilitado a realização do comportamento. Isto comprova que a procura masculina à UBS está relacionada às crenças que envolvem o seu universo cognitivo.
O objetivo deste estudo foi compreender as representações sociais do amor e do sexo para adolescentes de uma capital do nordeste na perspectiva das representações sociais, além de analisar as relações destas representações com os dados sócio-demográficos. Participaram do estudo 301 adolescentes com idade entre 12 e 18 anos, 57% do sexo feminino, 43% masculino. Para coleta de dados, foi utilizado um questionário sócio-demográfico e um teste de associação livre de palavras, utilizando como palavras-estímulo "amor" e "sexo". A categorização dos dados em torno de eixos temáticos apontou companheirismo, carinho e sentimento como representações do amor; e prazer, sentimento e prevenção como representações do sexo. Os resultados demonstraram que as mulheres representam o amor e o sexo mais vinculados a sentimentos; os adolescentes mais jovens e de nível escolar mais baixo representam o amor vinculado a companheirismo e o sexo a prevenção.
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