As cantigas de capoeira refletem todo um imaginário de acontecimentos relacionados ao processo de resistência da cultura africana e afro-brasileira. Por meio do uso da musicalidade, no qual o tema da abolição está presente, propõe-se a elaboração de material didático referenciado entre as áreas do conhecimento para a implementação das estruturas normativas dedicadas à inserção da cultura de matriz africana e indígena no currículo escolar brasileiro. Para atingir o objetivo proposto, fazse aqui a apresentação, contextualização e análise dos registros sonoros, a exemplo das seguintes composições: Hoje é Dia do Negro Lutar, de autoria de Paulo dos Santos Limão (Mestre Limão) e A História nos Engana, de Pedro Moraes Trindade (Mestre Moraes). Foram usados autores que trabalham reflexões sobre o conteúdo afro-brasileiro na escola e que estudam a capoeira como proposta educacional, entre eles: Candau e Russo (2010), Cunha Júnior (2006), Silva (2015 e Vieira (1998). Ao final desse trabalho, é possível concluir que as cantigas de capoeira são elementos fundamentais em sua prática que podem trazer um conteúdo crítico, estabelecendo-se como uma proposta questionadora, na esteira da norma analisada, ajudando em sua implementação
A presente reflexão toma a fase pandêmica junto ao pensamento contemporâneo como ponto de partida para a tematização de alguns dos dilemas que atravessam as práticas articuladoras da educação atualmente. Para isso, evocamos o discurso da desigualdade social descrita por pesquisadores de diversas áreas. No intuito de contrastar a precariedade do corpo, veremos que esse processo, já em marcha, vale-se da pandemia como pretexto ideal para a emergência das tecnologias digitais na infraestrutura pedagógica, tendo como entrave à presença viva dos alunos e professores. Nesse cenário, a esfera pedagógica encontra-se dividida entre a sempre possível resistência e a inevitabilidade da precarização do corpo. Mas, há corpo por vir!
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