A partir da promulgação da Lei 11.769/2008, a educação musical busca sua inserção e aceitação no contexto escolar. Neste artigo, são consideradas algumas características inerentes a este processo. É alegado que as teorizações advindas do campo dos estudos curriculares podem contribuir para o aprofundamento do assunto. Conclui-se que a busca por procedimentos e metodologias adequados pode ser improdutiva se não forem levadas em consideração as várias influências que os conhecimentos sofrem ao se tornarem disciplinas escolares.
Este ensaio, de caráter teórico e base bibliográfica interdisciplinar, retoma a discussão sobre o ensino conservatorial, com base em autores que abordaram o assunto. São apresentadas as principais características deste modelo e as críticas a ele traçadas. Analisa-se como, apesar de o modelo já apresentar modificações, ele ainda permanece. Tomando como referencial teórico o sociólogo Pierre Bourdieu, o texto desenvolve o assunto, mostrando que as disputas que ocorrem no campo acadêmico-musical influenciam as questões curriculares e pedagógicas dos cursos de graduação brasileiros. Conclui-se que existe a necessidade de maior discussão entre as diversas especialidades do estudo da Música, a fim de proporcionar uma mudança paradigmática que supere as concepções tradicionais relativas à formação do músico.
Resumo: Este ensaio analisa duas políticas curriculares para o Ensino Fundamental -as versões da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a Proposta Curricular do Estado da Paraíba. Nas reflexões realizadas, evidenciamos as disputas a respeito do componente Arte nesses dois documentos, enfocando especialmente o campo da Música. Assim, notamos o componente como significante vazio que ora é definido como espaço curricular que abarca cada área com os seus conhecimentos específicos, ora como um componente único -Arte -que mescla os campos epistemológicos das distintas especificidades artísticas. Por meio de diálogos entre autores da Educação Musical e da Pedagogia, principalmente por apropriações da teoria do discurso no campo do Currículo, defende-se a ideia de que entremos na disputa pela significação de um componente Arte diverso, entendido a partir de uma perspectiva que assuma que nenhuma política curricular está tão definida que não possa ser ressignificada. Argumentamos ainda que a Arte no currículo deva ocupar um espaço que respeite as especificidades de cada campo epistemológico e que a luta por essa significação é uma forma de resistirmos a possíveis retrocessos.
Texto de cunho didático que busca traçar um panorama geral sobre os momentos mais significativos referentes ao ensino de música nas escolas de educação básica brasileira, a partir da legislação que causou maior impacto no ensino de música nas escolas.Palavras-chave: educação musical; legislações sobre ensino de música; música na escola.
Perdendo o medo de cantar: uma prática de educação musical com professoras pedagogas em formação Resumo: Este artigo apresenta uma pesquisa-ação desenvolvida na forma de um curso de extensão na Universidade Federal XX. O público-alvo foram cinco alunas do curso de Pedagogia que se consideravam desafinadas. O estudo partiu da premissa de que, se a futura professora se sente desafinada, essa autopercepção pode resultar em um bloqueio em sua relação com a música, o que pode vir a prejudicar sua futura atividade como docente. O objetivo central do estudo foi o de modificar os sentimentos negativos que as participantes tinham com relação às suas possibilidades de cantar afinadamente. A etapa de intervenção ofereceu atividades de educação musical, tendo como foco central o uso da voz cantada. No texto são explanadas as aulas realizadas, bem como a análise das entrevistas feitas com as participantes antes e depois da ação. Embora a pesquisa tenha sido interrompida antes de seu fim, os dados coletados indicam que exercícios vocais, treinamento auditivo e atividades com caráter criativo, em um ambiente acolhedor, puderam alterar a relação que as futuras professoras estabeleciam com sua voz cantada, tornando-as mais confiantes e possibilitando que sua relação com a música se tornasse mais positiva. Palavras-chave: Desafinação vocal. Educação musical. Formação docente. Professor unidocente.
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