KeywordsA representação cultural do queijo coalho [re]articula os significados de sua produção e de seu consumo. Com apoio da análise fílmica, toma-se como caso ilustrativo o documentário "Coalho, um Queijo Pernambucano". O aparato teórico do circuito de cultura proposto por Du auxilia na compreensão do processo de construção de significados de forma articulada com outros momentos de significação cultural. Os resultados revelam que a composição fílmica procura estabelecer a ligação do queijo coalho com diferentes lugares, situações e pessoas, na tentativa de fixar determinados significados para esse alimento, o qual se encontra em vias da obtenção da Identificação Geográfica "Agreste de Pernambuco", ao certificar a legitimidade da produção artesanal e de seu consumo.
Este artigo propõe uma nova abordagem para agregação das opiniões de diferentes stakeholders baseado na utilização do Value-Focused Thinking associada ao mapeamento cognitivo. Esta abordagem proposta foi aplicada para a determinação do preço de venda, concentrando-se no caso particular de uma farmácia de manipulação da região Sul do Brasil, o que propiciou um melhor entendimento do problema pelos envolvidos. Este artigo também identifica as implicações de se trabalhar com um grupo de stakeholders isoladamente, gerando diferentes modelos e agregando os pontos de vista a fim de gerar um único resultado no processo de precificação dos insumos.
ResumoA acirrada competição de mercado e o crescente padrão de exigência dos consumidores em relação à qualidade têm estimulado organizações a buscarem certificações para diferenciar produtos e serviços. Um tipo de certificação que vem recebendo atenção de instituições interessadas no agronegócio é a Indicação Geográfica (IG). O significado de um artefato cultural, como o queijo coalho, não está no produto em si, mas nas relações que se estabelecem com quem o produz ou com quem o consome, com destaque para a interrelação dessas práticas de produção simbólica. Este estudo visa compreender como o processo de IG significa a produção artesanal de Queijo Coalho, agregando valor ao produto e tornando-o competitivo. Por meio da análise do discurso, foi possível comparar os significados culturais do queijo na sua forma original e naquela delineada pelos produtores que integram a Associação de Certificação do Queijo Coalho (CQP). Os resultados revelam que inovações advindas do processo de obtenção da IG têm ajudado os produtores da CQP na resignificação da sua produção artesanal, já que melhorias têm sido percebidas no processo produtivo, tanto na dimensão material do alimento, como no que se refere a sua dimensão simbólica.Palavras-chave: produção simbólica; indicação geográfica; queijo coalho.
AbstractFierce market competition and growing consumer demand for quality have spurred organizations to seek certification as a way of differentiating their products and services from those of competitors. Geographical Indication (GI) is a type of certification that has received attention from agribusiness. The significance as a cultural artifact (e.g., locally-produced curd cheese) does not lie in the product itself, but in the relationships that are established between those who produce it and those who consume it, thereby highlighting the interrelationships of these symbolic production practices. This study seeks to understand how the process of GI certification has conferred new meaning on (re-signified) artisanal production of curd cheese in rural parts of the Brazilian state of Pernambuco. GI adds value to the product, making it competitive. Discourse analysis enabled comparison of the cheese's original cultural meanings with those outlined by Curd Cheese Certification Association (CCCA) member-producers. Certification-driven innovations have helped CCCA member-producers to re-signify their artisanal production, while providing a clear understanding of both the material and symbolic dimensions of improvements perceived to have occurred in the production process.
RESUMO Na tentativa de compreender o conceito de empreendedor humanizado, o filme Beleza Americana foi analisado em uma visão comparativa de personagens demarcados por tipologias empreendedoras e sob uma abordagem crítica: o empreendedor humanizado e o atomístico marginal e de sucesso. O primeiro constrói sua identidade na esfera das relações sociais, como forma de emancipação humana, e o segundo caracteriza-se por um padrão de comportamento despersonalizado e individualista. O fato de o empreendedorismo se inserir em uma perspectiva sócio-histórica e humanizadora contribui para se conduzir a discussão sobre o tema para além da dimensão econômica. Isso ocorre ao serem introduzidas concepções que ultrapassam a lógica de ação puramente racional, individualista e utilitarista. O entendimento múltiplo do fenômeno realça a posição do empreendedor como agente comprometido com a mudança da realidade social
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