Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)-aprovado pelo Comitê de Ética da UFTM de acordo com o parecer nº 1555. 1. Graduada pelo do Curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal do Triângulo Mineiro-UFTM.
A maternidade invoca extrema complexidade. Este artigo discute a experiência com o racismo internalizado, interpessoal e institucional que configura a vida de mães negras no processo de cuidar de seus filhos negros pelo Mapeamento Corporal Narrado, metodologia visual originada na África do Sul. A história de Gabriela, 31, mãe de duas crianças, revelou dois eixos temáticos: 1. A experiência de ser mulher negra, no cotidiano; e 2. Ser mãe negra, em termos práticos. O mapeamento corporal oportunizou um processo inédito de reflexão sobre a vida e o tornar-se negra para Gabriela. O estudo identificou desafios no exercício cotidiano de educar crianças em um país com práticas racistas, como o Brasil, revelando estratégias que buscam combater o impacto do imaginário social que inferioriza o povo negro.
Resumo Este ensaio apresenta uma análise das contribuições de memórias negras que perpassam a terapia ocupacional – colocando em tela a história de Yvonne Lara. Yvonne Lara foi enfermeira, assistente social e especialista em terapia ocupacional. A partir dos anos 1940, realizou práticas voltadas para o cuidado de pessoas com transtornos mentais, utilizando a música como atividade terapêutica e o trabalho de articulação com a família e comunidade, na busca de processos de desinstitucionalização dos sujeitos. O texto aponta a inovação dessas práticas de cuidado, tendo em vista a hegemonia da corrente organicista e asilar que marcava a psiquiatria na época. Defende-se que o resgate de histórias como de Yvonne seja central para a reconstituição histórica da profissão, rompendo com o epistemicídio racista das contribuições do conhecimento dos povos negros. Busca-se visibilizar figuras marginalizadas pelas narrativas oficiais e construir uma diversidade epistêmica no campo, o que denominamos como o devir-negro da terapia ocupacional.
A gravidez na adolescência, considerada pela Organização Mundial de Saúde, como aquela que ocorre entre os 10 e 19 anos tem sido amplamente discutida na Saúde Pública. O grande interesse social e acadêmico em relação à gravidez na adolescência no contexto brasileiro se reflete em uma numerosa produção científica sobre o tema e traz a necessidade de se realizar uma síntese desta. Assim, o objetivo desse estudo foi analisar a produção científica sobre gravidez na adolescência em periódicos nacionais da área da saúde no período de 2003 a 2008. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica na qual os dados foram coletados na base de dados LILACS da BIREME a partir do descritor “gravidez na adolescência”, e analisados a partir de estatística descritiva e análise de conteúdo. Dos 124 artigos selecionados, escritos por 426 autores, 34 foram publicados em periódicos vinculados à saúde pública. O processo de categorização dos dados qualitativos resultou em 5 categorias temáticas denominadas: características das mães e pais adolescentes e seus filhos (41,1%); Vivências da gravidez na adolescência (37,9%); Assistência em saúde (8,9%); sexualidade e gravidez na adolescência (9,7%); Aborto (2,4%). A síntese realizada neste estudo, na prática dos serviços de saúde, poderá facilitar o acesso dos profissionais a este conhecimento, o que contribuirá para o planejamento e sistematização de ações subsidiadas por evidências científicas, bem como possibilitará o aprofundamento das discussões. Além disso, o mapeamento da produção científica sobre esse tema possibilitou a identificação de lacunas em relação ao conhecimento que podem se reverter em novas demandas para a pesquisa neste campo. Palavras chave: Gravidez. Adolescência. Juventude.
Em uma sociedade racialmente desigual as pessoas negras vivenciam cotidianos atravessados pelas manifestações do racismo, que é histórico, estrutural e institucional. Sendo assim, as problematizações que cercam essa população revelam-se importantes para a terapia ocupacional, que tem como foco a participação das pessoas na vida cotidiana. Objetivamos incitar algumas provocações na busca pela abertura de um diálogo/convite aos terapeutas ocupacionais para se haverem com as temáticas que envolvem a população negra em suas práticas e produções de conhecimento. Nossa reflexão inicia-se a partir da compreensão de que a realidade dos povos negros é marcada pelas asfixias sociais e genocídio das crianças e jovens, desencadeando movimentos como o Black Lives Matter em todo mundo, inclusive no Brasil. Após, evidenciamos que o contexto do racismo atrelado aos abismos da desigualdade e deflagrados pela pandemia de COVID-19 provocam a política da morte direcionada a população negra. Sequencialmente, sinalizamos a necessidade deste debate, possibilitando a construção de uma assistência e produção de conhecimento comprometidas com práticas emancipatórias; e destacamos a ampliação do número de grupos que se voltam para a questão, possibilitando a construção dos diversos saberes sobre e para a população negra e das ações técnico-políticas para a terapia ocupacional. Por fim, apontamos que a prática antirracista da terapia ocupacional coloca-se como um determinante ético, político e técnico para a realização de ações que vislumbrem a justiça racial e social na vida de sujeitos negros e não-negros em uma sociedade racializada.AbstractIn a racially unequal society, black people experience everyday life crossed by the manifestations of racism, which is historical, structural and institutional. Thus, the problems that involve this population are important for occupational therapy, which focuses on people's participation in everyday life. We aim to incite some provocations searching for an open dialogue and invitation to occupational therapists to enter the themes that involve the black population in their practices and knowledge production. Our reflection begins with the understanding that the reality of black people are marked by social asphyxiation and the genocide of children and young people, causing movements like the Black Lives Matter worldwide, including in Brazil. Afterwards, we highlight that the context of racism linked to the abyss of inequality and accentuated by the pandemic of COVID-19 provokes the policy of death directed to the black population. Sequentially, we pointed the need for this debate, enabling the construction of assistance and knowledge production committed with emancipatory practices; and we highlight the expansion of the number of groups focused on this debate, enabling the construction of different knowledge about and for the black population and technical-political actions for occupational therapy. Finally, we point out that the anti-racist practice of occupational therapy is an ethical, political and technical determinant for carrying out actions that look for racial and social justice in the lives of black and non-black population, in a racialized society.Keywords: Black Population; Occupational Therapy; Racism. ResumenEn una sociedad racialmente desigual las personas negras experimentan la vida cotidiana atravesada por las manifestaciones del racismo, que es histórico, estructural e institucional. Por lo tanto, los problemas que rodean a esta población son importantes para la terapia ocupacional, que se centra en la participación de las personas en la vida cotidiana. Nuestro objetivo es incitar algunas provocaciones en la búsqueda de abrir un diálogo y invitación a terapeutas ocupacionales para tratar los temas que involucran a la población negra en sus prácticas y producción de conocimiento. Nuestra reflexión comienza con la comprensión de que la realidad de los negros está marcada por la asfixia social y el genocidio de niños y jóvenes, lo que desencadena movimientos como Black Lives Matter en todo el mundo, incluso en Brasil. Posteriormente, mostramos que el contexto de racismo vinculado al abismo de la desigualdad y provocado por la pandemia de COVID-19 provoca la política de muerte dirigida a la población negra. Secuencialmente, señalamos la necesidad de este debate, permitiendo la construcción de asistencia y producción de conocimiento comprometidos con prácticas emancipatorias; y destacamos la expansión del número de grupos que se enfocan en el tema, permitiendo la construcción de diferentes conocimientos sobre y para la población negra y acciones técnicas y políticas para la terapia ocupacional. Finalmente, señalamos que la práctica antirracista de la terapia ocupacional es un determinante ético, político y técnico para llevar a cabo acciones que prevean la justicia racial y social en la vida de los sujetos negros y no negros en una sociedad racializada.Palabras clave: Población Negra; Terapia Ocupacional; Racismo.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.