Esta pesquisa teve por objetivo caracterizar as representações sociais construídas pelos alunos do ensino fundamental acerca do professor. Participaram do estudo 75 alunos do ensino fundamental da rede pública municipal de ensino de Mossoró, RN, de ambos os sexos e faixa etária entre 9 e 15 anos. Utilizou-se como suporte teórico a teoria das representações sociais de Serge Moscovici. Na coleta utilizou-se a técnica desenho-estória com tema. Inicialmente, fez-se uma análise detalhada dos desenhos e temas. Em seguida, as produções escritas foram analisadas por meio da análise de conteúdo. Os resultados indicam que a imagem do professor foi associada a três diferentes categorias: um professor tradicional ancorado em posturas firmes, como detentor de saber, que exige uma turma obediente e silenciosa; uma segunda que representa o professor como um profissional atualizado, desejado, que utiliza diferentes estratégias de aprendizagens que ultrapassam o espaço da sala de aula; e a terceira expressa os desafios enfrentados pelos docentes, mostrando um professor que luta por melhores condições de trabalho. Essas associações são resultados tanto das vivências dos alunos quanto das informações e representações veiculadas no seu grupo de pertença.
A partir de um breve histórico de dispositivos clínicos utilizados no campo da saúde mental, discute-se a prática do Acompanhamento Terapêutico. Tal discussão se instrumentaliza da transferência, como conceito psicanalítico. Levantamos as hipóteses de que nesse trabalho realizado cotidianamente fora dos moldes do consultório, a fala de um usuário instiga a uma articulação entre teoria e prática e que a própria psicanálise pode dela adquirir um novo saber fazer clínico.
Este estudo buscou compreender questões relacionadas à adolescência, ato infracional e medidas socioeducativas, tendo a psicanálise como orientação teórica. Para isso, realizou-se pesquisa em revistas indexadas nas bases de dados Pepsic, Scielo, Redalyc, Doaj e Lilacs, publicadas nacionalmente, no período de 2009 a 2014. Selecionou-se, inicialmente, 310 artigos que contivessem como descritores: adolescência, medidas socioeducativas, ato infracional e psicanálise. Destes, foram escolhidos 30 artigos após os critérios de exclusão. Os resultados categorizados pelas ênfases mostraram que o fenômeno dos adolescentes envolvidos em atos infracionais é complexo devido à sua multicausalidade e exige aprofundamento sobre adolescência,relações familiares, nuances do mundo contemporâneo e o acesso aos bens e ao consumo, também a saída do adolescente pelo ato infracional. A clínica psicanalítica, ao oferecer ao sujeito um espaço de escuta, colabora para a construção de novas formas de existência que não sejam pela via da transgressão à ordem social.
Resumo Este artigo pretende apresentar alguns encontros e diálogos da psicanálise com o Sistema Único de Assistência Social (Suas), amparados na escuta e na pesquisa sobre a prática profissional dos psicanalistas no acompanhamento de jovens em cumprimento de medidas socioeducativas. O Suas representa um importante campo de atuação e de contribuições tanto na assistência direta aos usuários quanto na elaboração de novas tecnologias psicossociais. Cabe destacar a presença da psicanálise como linha teórica norteadora desse debate, que se organiza em torno dos encontros entre psicanálise, assistência social e medidas socioeducativas, no contexto da realidade do adolescente em conflito com a lei na cidade de Fortaleza. Concluímos que, embora as instituições apresentadas não sejam a princípio parte do campo tradicional da psicanálise, o psicanalista pode contribuir para o trabalho com esses jovens com sua escuta singular, seu posicionamento ético e seu rigor teórico. Sua atuação pode colaborar, assim, para que o cidadão de direitos e o sujeito da psicanálise sejam acolhidos e contemplados nas políticas públicas de Assistência Social.
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