Resumo: o objetivo do artigo consistiu em discutir a medicalização do risco para a psicose; especificamente, a construção de uma nova categoria diagnóstica que vem sendo realizada pela força-tarefa de elaboração do dsM-5, nomeada "síndrome de risco para a psicose" e, mais recentemente, "síndrome dos sintomas psicóticos atenuados". a metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica. Foi realizado um breve relato da genealogia do risco na psiquiatria. na parte inicial do artigo, procurou-se discutir a medicalização de uma forma mais geral, focando sobre os aspectos do controle social e das tecnologias do self, sob uma ótica foucaultiana. Posteriormente, foi dada ênfase ao processo da medicalização do risco para a psicose; em especial, à construção de uma categoria relacionada a esse risco. dentre os alcances desse processo, destacouse a possibilidade de se intervir precocemente na psicose e com isso retardar seu início. ainda não está claro se a intervenção precoce pode reduzir a gravidade do quadro quando instalado ou mesmo impedir seu aparecimento. Quanto aos limites, mostrou-se o risco de se produzir uma hipermedicalização com a construção da categoria, levando ao uso indiscriminado de medicamentos neurolépticos e aos riscos relacionados a esse uso, bem como à estigmatização dos indivíduos incluídos na categoria. Foi mostrado também o problema do elevado número de indivíduos "falsos positivos", ou seja, indivíduos que serão categorizados e mais tarde não desenvolverão qualquer transtorno psicótico. Procurou-se com o trabalho estabelecer uma crítica consistente à construção da categoria nosológica em questão. Palavras-chave: medicalização; risco para a psicose; DSM-5; categoria nosológica.
Este trabalho teve como referencial a perspectiva desenvolvimentista, segundo a qual o engajamento afetivo é fundamental para o desenvolvimento da comunicação humana. Seu objetivo foi a implementação de um programa de intervenção clínica para o autismo que teve como base o trabalho com a música. A realização deste objetivo compreendeu duas partes: uma teórica e a pesquisa de campo. Esta última consistiu na aplicação do programa a uma criança autista, na avaliação se o programa proporcionou ou não o desenvolvimento do engajamento afetivo e da comunicação na criança bem como se houve uma relação entre estes aspectos.
O objetivo do artigo consiste em articular o discurso psicanalítico e psiquiátrico sobre o trauma, extraindo as implicações ético-políticas desta articulação, além de promover um resgate da subjetividade pela psiquiatria. A justificativa é ético-pragmática. A metodologia consiste na revisão não sistemática da literatura, mediante a seleção de textos que enfocam o traumático na psicanálise - a partir das categorias freudianas "neurose traumática", "compulsão à repetição", "pulsão de morte" e "passagem ao ato", além de textos de autores pós-freudianos e da literatura acerca dos testemunhos de catástrofes históricas, que situam o traumático na ordem do irrepresentável - bem como a seleção de textos na área da psiquiatria, que tratam das categorias "estressores precoces" e "estresse pós-traumático", enfatizando a relação entre os estressores precoces e o desenvolvimento posterior de quadros psicopatológicos. Enfatiza-se também a susceptibilidade individual a determinados eventos traumáticos, bem como as bases neurobiológicas do TEPT. São extraídas importantes implicações ético-políticas a partir da articulação proposta, que impactam no âmbito da clínica, levando a uma prática mais efetiva, e no âmbito político-social, com relação à elaboração de políticas públicas de saúde mental, que visam à prevenção de eventos traumatogênicos, bem como a oferta de serviços qualificados aos pacientes submetidos a vivências traumáticas.
O objetivo do presente artigo consistiu em extrair implicações teológico-existenciais de uma pesquisa de campo sobre a relação entre a religiosidade e experiências de sofrimento mental. A fundamentação teórica se deu nas Ciências da Religião, em autores como Santo Agostinho e Mestre Eckhart, e no existencialismo de Kierkegaard. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com usuários da rede pública de assistência, que frequentam regularmente uma religião. Três categorias de análise foram construídas: experiências de sofrimento, estratégias de enfrentamento e experiências de superação do sofrimento, as quais apontam para os diferentes caminhos traçados pelos participantes, desde a aflição até a cura/salvação.
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