A emergência da pandemia causada pela COVID-19 reclama enfaticamente pensar o estreitamento da relação homem-poder-violência e a ressignificação do lugar dos homens na sustentação da vida reprodutiva, dos laços emocionais e do cuidado. Nesse contexto de isolamento social, como importante estratégia contra a disseminação da doença, buscando compreender o aumento de violência doméstica contra a mulher, o objetivo deste ensaio é refletir sobre as relações homem-poder-violência a partir das concepções de Hannah Arendt, problematizando o conceito normalizado de masculinidade hegemônica. Ao longo deste ensaio, buscamos desconstruir a ideia de que existe um único modelo de masculinidade hegemônica e que propõe uma dominação global dos homens sobre as mulheres, uma vez que mulheres também apresentam aspectos de masculinidade, sendo uma construção histórico-social, que se transforma continuamente. Assim, diante das reformas históricas de gênero acrescidas da instabilidade provocada pela pandemia da COVID-19, observa-se o aumento da violência domiciliar como efeito da diminuição do poder patriarcal, na tentativa de estabilizar o modelo de masculinidade definido por esse poder patriarcal, ou tenta-se reconstituí-lo em novas configurações. Frente a essa realidade, faz-se necessário, no âmbito da Saúde Coletiva, refletir sobre a reformulação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem.
Resumo No contexto de emergência da pandemia causada pela covid-19, o objetivo deste ensaio é refletir sobre as relações homem-poder-violência a partir das concepções de Hannah Arendt, problematizando o conceito normalizado de masculinidade hegemônica e buscando compreender o aumento de violência doméstica contra a mulher. Buscamos desconstruir a ideia de que existe um único modelo de masculinidade hegemônica que propõe uma dominação global dos homens sobre as mulheres, uma vez que mulheres também apresentam aspectos de masculinidade, sendo uma construção histórico-social que se transforma continuamente. Assim, diante das reformas históricas de gênero acrescidas da instabilidade provocada pela pandemia da covid-19, observa-se o aumento da violência domiciliar como efeito da diminuição do poder patriarcal, na tentativa de estabilizar o modelo de masculinidade definido por esse poder patriarcal, ou tenta-se reconstituí-lo (ressignificá-lo) em novas configurações.
Este estudo tem como objetivo compreender os usos de si nas situações de trabalho de profissionais de enfermagem inseridas em um banco de leite humano (BLH), localizado em uma capital do sudeste do Brasil. Para a produção de dados da pesquisa, utilizou-se da abordagem qualitativa e foi feito levantamento documental, com observação participante no setor por um período de 3 meses e geração de diário de campo. Além disso, foram quatorze entrevistas individuais semiestruturadas e um grupo de discussão com as participantes que se disponibilizaram. A pesquisa mostrou como a ergologia contribui para a compreensão do trabalho nas organizações. Os usos de si dessas profissionais, permeadas por experiências, histórias e valores, estão presentes no contexto e produzem melhorias significativas no setor de BLH. As análises colocaram em evidência como as profissionais se engajam no cuidar, visando fazer o que pensam ser o melhor para os outros. Sendo assim, as profissionais renormalizam suas atividades em um meio repleto de prescrições técnicas, fazendo usos de si e transformando o trabalho.
Objetivo: analisar a utilização das obras de Paulo Freire na produção científica de enfermagem, encontrada na base de dados LILACS/Brasil, no período de 2005 a 2015. Método: foram selecionados 36 trabalhos, sendo que 80, 5% eram artigos, 16,5 % dissertações e 3% teses. Resultado: considerando a titulação acadêmica dos autores: 16% eram mestrandos e 15% doutorandos, 10% mestres e 41% doutores. Em relação às obras de Paulo Freire, foram utilizadas citadas 21 obras e as mais frequentes utilizadas foram Pedagogia do oprimido, encontrada em 78% das publicações; depois Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa, em 50% Educação como prática da liberdade, em 50%; e Educação e mudança, em 42%. Conclusão: o estudo também demonstrou que as obras de Paulo Freire estão sendo utilizadas como base para a fundamentação de teorias pedagógicas na enfermagem, principalmente em relação a temas em educação em saúde e atenção primária á saúde.
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