A história do Ensino Médio Integrado (EMI) se iniciou em 1909 por meio das antigas Escolas de Aprendizes Artífices e, atualmente, compõe a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (RFEPCT). Este artigo é resultado de uma pesquisa que objetivou investigar, por meio de entrevistas individuais com 16 docentes efetivos do IFTM Campus Uberlândia, quando foi o primeiro contato com essa forma de ensino. A base teórica deste artigo percorreu alguns documentos e marcos legislativos e se apoiou ainda em Ramos (2008) e Frigotto, Ciavatta e Ramos (2012). As entrevistas foram realizadas no mês de novembro de 2018, dentro dos limites físicos do próprio IFTM Campus Uberlândia. A escolha dos 16 docentes entrevistados aconteceu por conveniência e pela análise de seus currículos cadastrados na Plataforma Lattes, a fim de selecionar primeiramente aqueles que apresentassem formação acadêmica apenas em licenciatura ou apenas em bacharelado. Como resultado da pesquisa, identificamos que 15 docentes, dentre os 16 entrevistados, conheceram o EMI apenas durante a preparação para o concurso público na RFEPCT. Outrossim, todos os 16 docentes afirmaram não terem vivenciado nenhum estudo ou discussão acadêmica sobre EMI ou Educação Profissional durante a graduação. Dessa forma, não identificamos distinções entre docentes licenciados e docentes bacharéis quanto ao seu primeiro contato com o EMI e ainda quanto ao conhecimento porventura compartilhado durante a sua formação acadêmica. Tudo isso nos revela ser a expansão e divulgação da Rede Federal insuficiente a fim de difundir dentre a sociedade os reais objetivos de uma formação integrada.
Em virtude da pandemia iniciada em 2019 pelo Coronavírus (Covid-19), o mundo se viu impelido a permanecer em isolamento social por um longo período, a fim de evitar aglomerações e consequente disseminação do vírus. Nessa época, foram necessárias alternativas que permitissem à sociedade a continuidade de suas atividades no âmbito residencial; para isso, o trabalho e a educação foram liberados a serem realizados remotamente. Este artigo fez parte de pesquisa para tese de Doutorado em Educação, pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e objetivou reunir as concepções de trabalho em casa, a partir de preceitos de Prost e Vincent (2009), e de educação em casa, permeando as ideias de Ensino Remoto Emergencial (ERE), Educação a Distância (EAD) e Educação Domiciliar. Apoiados em uma pesquisa bibliográfica e documental, o trabalho almejou problematizar a nova perspectiva do lar, enquanto ambiente de trabalho e de estudo, que, em tempos passados, foi bastante comum, assim como novamente se tornou em razão da Covid-19, caracterizando-se como um efeito bumerangue.
Frente às diversas discussões sobre combate às discriminações étnicas, raciais, religiosas, de gênero e tantas outras presentes na sociedade brasileira, em 2012 se iniciou uma das principais ações afirmativas no âmbito educacional, por meio da Lei nº 12.711, de 29 de agosto do mesmo ano. Tal política pretende assegurar a participação de estudantes advindos de escolas públicas, de famílias desfavorecidas com baixa renda, autodeclarados pretos, pardos ou indígenas ou com deficiência em universidades ou institutos federais. Para tanto, este artigo foi construído como resultado de pesquisas realizadas para tese de Doutorado em Educação pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) junto ao Mestrado Profissional em Educação Tecnológica pelo Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM). O estudo objetivou analisar, sob a óptica da Lei nº12.711/2012, a política de ingresso implementada pelo IFTM Campus Uberlândia nos últimos 5 anos, de 2016 a 2020. Foram analisados percentuais relativos aos 4 cursos técnicos integrados ao ensino médio, haja vista serem os cursos que aglutinam a maior quantidade de vagas oferecidas pela instituição. Apoiados em uma pesquisa bibliográfica e documental, foi possível ilustrar o caso do IFTM Campus Uberlândia, que enquanto Instituição de Ensino Superior (IES) atua de forma a promover educação na perspectiva de uma sociedade inclusiva e democrática.
Resumo: O Ensino Médio Integrado (EMI) ao curso técnico convive com múltiplas interpretações entre os próprios profissionais da educação. Este artigo é resultado de uma pesquisa que objetivou investigar, por meio de entrevistas individuais com 16 docentes efetivos, a origem dessa dessemelhança do conceito de integração de ensino, na tentativa de descobrir se o tipo de graduação acadêmica (licenciatura ou bacharelado) dos docentes interfere na construção desse conceito. A base teórica deste artigo se apoiou em Ramos (2008), Ciavatta (2005) e Araújo e Frigotto (2015). Como resultado da pesquisa, identificamos que todos os 16 docentes interpretam, por um viés funcional, o conceito de integração de ensino da mesma maneira, ou seja, implementar a educação profissional harmoniosamente às disciplinas propedêuticas, tais como matemática, língua portuguesa, geografia, biologia e etc., de forma que o conhecimento para a vida e para o trabalho sejam construídos de forma indivisível. Por outro lado, em um viés holístico, apenas cinco docentes acreditam que a integração deva ser fundamental não somente no momento das escolhas metodológicas para a exposição dos conteúdos, mas também nas etapas de planejamento e avaliação, por exemplo, entendendo o curso como integrado por completo. Palavras-chave: Ensino Médio Integrado. Formação integrada. Licenciatura. Bacharelado. Concepção.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.