RESUMOO estudo relata uma experiência em clínica do trabalho com profissionais da área de treinamento e desenvolvimento de uma instituição do Poder Judiciário, baseada nos princípios da Psicodinâmica do Trabalho. Trata-se de uma modalidade de pesquisa que privilegia a escuta do sofrimento. Participaram sete servidores públicos. Realizaram-se cinco sessões com o grupo e os dados foram analisados com base na análise dos núcleos de sentido de acordo com Mendes (2007). Os resultados evidenciaram que nesta realidade de trabalho o prazer é resultante da identificação com o trabalho e da sua utilidade para o desenvolvimento das pessoas no contexto organizacional e social enquanto que o sofrimento é proveniente da falta de reconhecimento no trabalho. As principais estratégias defensivas referem-se ao isolamento e ao individualismo. Considera-se que a experiência favoreceu a circulação da palavra no espaço de discussão e, desta forma, contribuiu para o engajamento e a expansão da subjetividade. Palavras-chave: Clínica do trabalho; Prazer e sofrimento no trabalho; Organização pública.
Neste trabalho procurou-se debater aspectos que envolvem impasses vivenciados pelos jovens e pelo segmento LGBTI no Brasil. O objetivo é discorrer sobre práticas de exclusão de jovens em situação de vulnerabilidade e do segmento LGBTI, com base especialmente na abordagem psicossociológica. Este trabalho utilizou pesquisa bibliográfica de caráter qualitativa. Parte-se do pressuposto de que estes indivíduos sofrem inúmeras formas de exclusão situando-se no imaginário da inutilidade, os ditos “inúteis” do campo social, aqueles que vivenciam nas cenas públicas as situações mais intensas de humilhação, depreciação e de desqualificação dos seus códigos sociais e culturais. O estudo apresenta, de forma sucinta, parâmetros da trajetória destes jovens que expressa a falta de acesso principalmente à educação a ao trabalho. Quanto ao segmento LGBTI, considera-se uma população vulnerável por diferirem em termos de comportamento e orientação sexual do padrão hegemônico fixado socialmente. Neste trabalho são apresentados dados sobre atos discriminatórios oriundos do preconceito e diversas formas de violência vividas pelos LGBTI. Sugere-se a ampliação do debate em espaços sociais da luta da população LGBTI e dos jovens em situação de vulnerabilidade como forma de visibilizar o sofrimento.
O objetivo proposto no presente artigo é de apresentar e analisar os princípios teórico-metodológicos adotados pela prática de escuta clínica voltada para trabalhadores, na modalidade de atendimento individual, desenvolvida como uma atividade de estágio supervisionado no Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) do Curso de Psicologia da Universidade Federal Fluminense de Rio das Ostras sob a responsabilidade da autora. Esta prática teve início no ano de 2014 e ainda está em andamento. Neste período de realização contou com a participação de 22 alunos estagiários envolvidos nos atendimentos e atendeu em torno de 38 servidores municipais readaptados e 21 trabalhadores da região interessados. Consideramos que um dos principais desafios do clínico na proposta que desenvolvemos é de trabalhar o setting terapêutico para torná-lo um espaço de acolhimento para falar sobre si, para entrar em contato com a sua experiência, que favoreça a expressão do sofrimento existente a fim de ampliar sua potência de agir. Os princípios desta prática têm sido construídos a partir da Psicodinâmica do Trabalho e da Psicoterapia Breve proposta por Héctor Fiorini e acreditamos que o diálogo entre tais referenciais têm contribuído para o exercício da escuta clínica.
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