O imaginário criado pela arte orientalista do século XIX ainda está presente nos anúncios turísticos hoje, como forma de despertar o desejo de conhecer o Oriente. No Oitocentos, o Norte da África, recorte geográfico enfocado neste estudo, passou a receber artistas e turistas, que, imersos em um contexto de violência e deslumbrados pelo exótico, ajudaram a moldar esse imaginário de um Oriente pitoresco e místico. A fim de compreender as (des) continuidades do imaginário orientalista da pintura oitocentista, tomamos como referencial teórico os conceitos de imaginário e Orientalismo dentro do contexto da invasão francesa e da colonização do Magrebe. A partir de uma análise comparativa formal de imagens utilizadas em anúncios turísticos, identificamos traços de grande poder visual e simbólico concernentes à arte orientalista do século XIX. Sendo assim, resultados apontam para uma permanência de certos elementos desta arte na publicidade turística atual sobre a região, o que pode sustentar uma visão colonial sobre o território em questão.
RESUMO Este artigo tem por objetivo analisar relatos de experiência produzidos espontaneamente por crianças e jovens adolescentes em sala de aula de língua inglesa. Inserido na área de Linguística Aplicada, o estudo está fundamentado na perspectiva teórica sociocultural (VYGOTSKY, 1998, 2001), segundo a qual a linguagem é uma ferramenta mediadora na socioconstrução de conhecimentos, em interface com uma visão de linguagem orientada para o uso e a serviço de propósitos sociocomunicativos, como proposto pela Linguística Sistêmico-Funcional (HALLIDAY; HASAN, 1989). Nessa arquitetura teórica e com base em uma tradição qualitativa de pesquisa (DENZIN; LINCOLN, 2006), discutimos como os relatos analisados atuam na socioconstrução do conhecimento pedagógico a partir da experiência pessoal, tornando os saberes significativos e compartilhados em sala de aula. Além disso, sugerimos que a experiência de mundo colabora para a construção do conhecimento curricular e esse, em retorno, serve como suporte para a construção da experiência particular do estudante, conforme proposto por Nóbrega (2003, 2009).
Este artigo propõe-se a investigar os relatos de viagem do escritor chileno Pablo Neruda no início do século XX, quando vivencia sua carreira diplomática no exterior. Nosso objetivo é analisar esses textos buscando identificar as (des) continuidades de um Oriente místico, exótico e pitoresco, fruto de um imaginário construído no século XIX, sobretudo pela arte e pela literatura. Para tanto, valemo-nos de conceitos como imaginário, definido como um acervo coletivo de sentidos que motiva a ação, bem como do entendimento de relato de viagem como um gênero subjetivo, impressionista e de natureza, muitas vezes, política. As análises apontam para uma percepção híbrida e não idealizada de Neruda em relação ao Oriente, composta por construções orientalistas de singular beleza assim como por uma visão negativa, possivelmente derivada de sua experiência como um cidadão de um país que também teve a história marcada pelo processo de colonização. Dessa maneira, os relatos nerudianos transgridem a lógica hegemônica não só por terem sido escritos por um viajante de origem não europeia, mas também por subverterem um imaginário colonial sobre o Oriente, construído em um contexto de dominação violenta.
ResumoEsta pesquisa tem por objetivo entender como professores em atuação na educação básica da rede pública constroem sua prática profissional, enfocando as avaliações e posicionamentos que surgem em seus discursos sobre a atividade docente. O estudo está inserido no domínio da Linguística Aplicada (MOITA LOPES, 2006) e dos estudos educacionais sobre o trabalho docente (GIROUX, 1997;TARDIF;LESSARD, 2013 (MARTIN, 2001;MARTIN;WHITE, 2005), perspectivas que concebem a linguagem como orientada para o uso e dotada de recursos para que usuários se posicionem ideologicamente. Para tanto, considero os dados gerados em um grupo focal (GATTI, 2012) entre três professores que atuam na educação básica em escolas públicas no estado do Rio de Janeiro. As análises sugerem um posicionamento afetivo por parte dos participantes diante de sua profissão. Palavras-Chave: professores, prática profissional, linguística aplicada, trabalho docente, linguística sistêmico-funcional, sistema da avaliatividade AbstractThe aim of this study is to investigate how teachers who work in primary and secondary public education construct their professional practice, focusing on evaluations and positionings which come up in their discourse about the teaching activity. The study is embedded in the domain of Applied Linguistics (MOITA LOPES, 2006) and educational studies about teachers' work (GIROUX, 1997;TARDIF, 2013). As a theoretical linguistic framework, the analyses are based on the principles of Systemic Functional Linguistics (HALLIDAY;MATTHIESSEN, 2004) and the Appraisal System (MARTIN, 2001;MARTIN;WHITE, 2005), perspectives which conceive language as oriented to use and having resources for the users to adopt ideological stances. Therefore, a focus group (GATTI, 2012) was conducted with three teachers who work in primary and secondary public schools in Rio de Janeiro. Analyses indicate that participants adopt an affective positioning in relation to their practices.
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