Resumo: FUNDAMENTOS: Desde o início da epidemia da Aids as dermatoses têm sido freqüentemente descritas em pacientes com essa doença, com relatos de casos atípicos e estudos de séries de pacientes adultos; no entanto, há poucas publicações sobre alterações cutâneas em pacientes pediátricos com Aids. OBJETIVOS: Estudo prospectivo para avaliar a presença de dermatoses em 40 pacientes pediátricos com Aids. MÉTODOS: Quarenta pacientes, com idade inferior a 13 anos e portadores de Aids, foram estudados por um período de seis meses para avaliação de: número de alterações dermatológicas; suas características clínicas; distribuição conforme as categorias clínico-imunológicas e o valor da carga viral. RESULTADOS: A prevalência de dermatoses foi de 82,4%, na primeira consulta, e, no acompanhamento longitudinal, 92,5% dos pacientes tiveram alterações dermatológicas, com proporção de cinco diagnósticos por doente. As crianças com classificação clínico-imunológica grave e carga viral acima de 100.000 cópias/ml apresentaram maior número de alterações dermatológicas quando comparadas àquelas das categorias clínico-imunológicas leves. A proporção de diagnósticos por paciente na categoria clínica C foi de 6,8 e na A de 3,6; na categoria imunológica grave, de sete, e na leve de 3,7; e na carga viral > 100.000 de 7,3, e na < 100.000 de 4,2 (todos com significância estatística). CONCLUSÃO: As dermatoses foram freqüentes nas crianças com Aids e ocorreram em maior número nos pacientes pertencentes às categorias graves. A elevada freqüência de alterações da pele nos pacientes pediátricos com a doença indica ser imprescindível sua avaliação dermatológica minuciosa e freqüente. Palavras-chave: dermatopatias; HIV; imunossupressão; manifestações cutâneas; Síndrome de Imunodeficiência Adquirida. Summary INTRODUÇÃOA síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids) tornou-se epidêmica no mundo. 1 Múltiplos são os sistemas do organismo acometidos pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), e as lesões da pele foram observadas desde as descrições iniciais da doença, 2 como a primeira manifestação da moléstia ou a evidência de deterioração do sistema imunológico. 3,4 Diversos autores referem o número maior de dermatoses em adultos com Aids 2,5, 6,7 e relação direta com a deterioração do sistema imunológico. Algumas publicações têm demonstrado o mesmo em crianças, com dermatoses atípi-cas e recorrentes. 3,8,9 A carga viral representa o número de cópias RNA do HIV, e seu aumento precede a diminuição dos linfócitos T CD4 e avalia a resposta ao tratamento anti-retroviral. 10 Os altos níveis de RNA do HIV equivalentes por mililitro de plasma indicam pior prognóstico. 11,12 A relação da carga viral com as alterações dermatológicas nos pacientes com Aids não está bem estabelecida, mas acredita-se que o HIV possa ocasionar alterações nas células de Langerhans e queratinócitos, o que pode aumentar a susceptibilidade da pele a várias doenças. 13,14 O HIV já foi detectado infectando as células de Langerhans da epiderme, 15 e além disso essa célula pode est...
Objetivo: Relatar o caso de um paciente com nevo epidérmico desde o nascimento e relacioná-lo a sinais e sintomas neurológicos, enfatizando a importância das manifestações cutâneas como marcadores precoces de síndromes envolvendo o SNC.Métodos: Foram analisados dados clínicos, radiológicos e histopatológicos Resultados: O paciente apresentou ao nascimento lesão eritematosa na região cervical e lateral da face. Aos 9 meses de idade, a lesão mostrava aspecto aveludado e hipercrômico, bem como hemihipertrofia da face. Após 3 meses foi hospitalizado por convulsões. Na TAC: alterações compatíveis com hemimegalencefalia ipsilateral às lesões cutâneas.Discussão: O achado de lesões de pele pode ser um indicador para doenças neurológicas, uma vez que ambos os tecidos derivam do mesmo folheto embrionário. O pediatra deve reconhecer os sinais cutâneos de aparecimento precoce e que acompanham as síndromes neurológicas para diagnosticá-las e acompanhá-las adequadamente.
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