Os critérios analíticos da Linguística Textual são motivados por uma tentativa de explicação para as escolhas textuais por meio das quais o sujeito age sobre o seu dizer, reelaborando-o a todo instante, negociando-o com os prováveis interlocutores (em seus papéis sociais), para buscar atender a seus propósitos (CAVALCANTE et alii, 2020). É justamente a suposição dessa agentividade, dessa actorialização, que faz a LT eleger como critérios de análise os diversos recursos de que pode se valer o locutor para tentar persuadir a quem ele projeta como interlocutor e, muitas vezes, como terceiro. Analisamos as marcas da negociação dos conflitos entre pontos de vista antagônicos que acontecem nas modalidades argumentativas polêmicas, admitindo amplamente que, nas interações humanas, os interlocutores mobilizam recursos tecnolinguageiros, em ambientes digitais, nas diversas tentativas de reafirmar seu ponto de ponto de vista no dissenso e de influenciar o terceiro. Enfatizamos, neste trabalho, dois traços da modalidade argumentativa da polêmica que merecem ser aprofundados ainda. O primeiro é o fato de a noção de polêmica de Amossy (2017) se descrever não como uma oposição discursiva pela qual todo discurso se identifica, mas como um dos tipos de modalidade argumentativa, o que exige que a polêmica aconteça numa interação concreta, em que os participantes encenam o papel social de Proponente, de Oponente e de Terceiro. O segundo é o fato de a intertextualidade não ser um recurso opcional nessa modalidade, mas uma condição para que o embate se efetive no espaço público.
Partindo do que Benveniste (2005, 2006) propõe sobre o aparelho formal da enunciação, este artigo objetiva mostrar de que maneira a concepção de ampliação enunciativa (PAVEAU, 2017, 2021) pode ser reconsiderada. Analisando uma webnotícia (Instagram) sobre vacinação infantil e seus comentários, observamos que a enunciação tende a se complexificar devido às interações pluridimensionais estabelecidas no contexto digital. Assim, atestamos uma ampliação, não por uma ruptura em relação a Benveniste, mas pelo uso de recursos tecnolinguageiros, criados no ambiente digital. Estes resultam em diferentes efeitos de sentido para os textos e fazem refletir sobre os próprios limites destes.
que sempre me apoiaram, onde quer que eu estivesse, onde quer que eles estivessem. Aos amigos Carolina de Paula Machado e Roberto Duarte do Nascimento, por tudo o que partilhamos em Campinas e em Lyon.À FAPESP, pelo financiamento desta pesquisa durante trinta e seis meses. À CAPES, pelo financiamento do doutorado sanduíche.Ao Laboratório ICAR (Interaction, Corpus, Aprentissage et Représentation), que me acolheu para a realização do estágio doutoral na École Normale Supèrieure de Lyon. Agradeço a Profa. Dra. Lorenza Mondada e ao funcionário François Lupu.Aos funcionários da Pós-Graduação do IEL : Claúdio, Miguel e Rose. Ao Claúdio, agradeço especialmente pela disposição em ajudar sempre, mesmo quando eu estava em Lyon.À Creuza e à Teresa, por sempre ajudarem quanto aos procedimentos relativos à FAPESP.Ao Pai Maior, por ter chegado até aqui com saúde e disposição, e por ter atraído tantas pessoas valiosas com quem muito aprendi durante esse processo. embora. Se ela estiver de carro, ótimo. Caso contrário, lembre-se de que você terá de 60 se vestir para levá-la, às vezes tendo que atravessar a cidade. Sim, porque colocá-la 61 num táxi e despachá-la como uma mala -especialmente se vocês não combinaram 62 isso -não pega bem. Ela também pode não estar tão a fim de você: já passou por sua 63 cabeça que quando uma mulher topa ir para sua casa pode estar a fim apenas de 64 diversão tanto quanto você? "As relações estão cada vez mais igualitárias e a mulher 65 também busca seu prazer, sem culpa", diz o sexólogo Marcos Ribeiro. Acontece. E 66 pode apostar: é um dos grandes prazeres femininos quando, depois do sexo, ela 67 anuncia -diante de uma expressão masculina de surpresa -que está indo embora. 68 Não é nada pessoal. Às vezes também gostamos de terminar a noite sozinhas e 69 achamos que não há melhor lugar no mundo do que nossa cama. 70 71 CAFÉ-DA-MANHÃ NÃO INCLUSO 72 É ótimo quando vocês combinam de passar a noite toda juntos.A noite -e não o dia 73 inteiro, pensa você. Afinal, onde fica seu direito a ficar de cueca o dia todo, ao futebol 74 com os amigos no sábado de manhã... Então, ao acordar, ela terá que ir embora. 75 Seja sincero: não se sinta como um leão na jaula -seja claro ao convidá-la. Frise: 76 "Vamos passar a noite juntos". E adiante seus planos para o dia seguinte. Durante a 77 semana, alegue trabalho ou outros compromissos e fale queembora quisesse muito 78 -não terá tempo para um café-da-manhã romântico. Quando o despertador tocar, 79 acorde a Bela Aformecida com um beijo (ou com sexo, quem sabe?) e siga sua 80 rotina. No fim de semana dá até para relaxar um pouco, mas igualmente defina o 81 tempo que dedicará a seus compromissos e o que terá para ela. "Entender que, 82 embora vocês formem um casal, cada um ter direito à sua liberdade é fundamental 83 para o relacionamento", diz Marcos Ribeiro. 84 Não se enrole: em hipótese alguma diga que não tem nada para fazer no dia seguinte 85 -ela pode interpretar como um convite para um dolce far niente em tempo 86 integral. E não prometa um fim de semana inteiri...
Entre os diferentes fenômenos da textualidade, a anáfora é comumente associada à retomada cotextual de um antecedente explícito. Mas a anáfora é necessariamente uma questão de retomada? Esta pergunta aparentemente simples sinaliza parte da problemática em que está inserido o conceito de anáfora, e sua resposta é uma questão central deste artigo. Assumindo posição específica no campo da Linguística textual, a partir da teoria da referenciação, este artigo objetiva expor alguns aspectos bem conhecidos do processamento anafórico, tal como a noção de correferência, e principalmente discutir aspectos invocados pela ampliação do conceito de anáfora.PALAVRAS-CHAVE: Formas nominais anafóricas. Objetos de discurso. Correferência e Ponto de vista.ABSTRACTAmong the different textuality phenomena, anaphora is commonly associated to the co-textual recapture of an explicit antecedent. But is anaphora necessarily a recapture? This seemingly simple question signals part of the set of problems in which the concept of anaphora is entrenched, and its answer is one of this article’s central queries. Specifically from a position in the field of Textual Linguistics, this article seeks to expose a few well-known aspects of the anaphoric process, such as the notion of coreference, and especially to discuss aspects invoked by the amplification of the concept of anaphora.KEYWORDS: Nominal anaphoric forms. Objects of discourse. Coreference and Point of view.
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