Resumo Este artigo objetiva questionar a proposição de uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como um antiacontecimento, por sufocar a possibilidade de problematização dos professores da Educação Básica, assim como afirmar o currículo como espaço complexo, espaço de acontecimentos éticos, poéticos e políticos, que potencializam a aprendizagem inventiva. Utiliza a associação entre pesquisa bibliográfico-documental e pesquisa de campo em conversações com professores de duas escolas municipais, buscando verificar como eles problematizam os documentos oficiais em sua relação com os currículos dessas escolas como acontecimento ou antiacontecimento. Conclui que os experts silenciam as vozes dos professores, num jogo no qual ocorre um estímulo à participação dos professores com a finalidade de, ao fazê-los falar, legitimar o discurso dos experts e, sob uma aparente participação, mantê-los em consulta, sem efetivo poder de decisão. Conclui, porém, também, pela existência de uma problematização silenciada acerca do processo de sujeição social a modelos verticalmente impostos.
Este livro pretende enunciar e tornar visível uma escola real em que a aprendizagem se faz com alegria do encontro entre alunos, docentes e pesquisadores. A narrativa foi feita usando como personagem conceitual uma Professorinha de uma escola pública de ensino fundamental situada no município da Serra-ES, denominada EMEF. Profa. Aurea Maria A. S. Felício, que surge nos entremeios da imanência dos currículos, relatando uma escola como experimentação de saberes, linguagens, afetos, ativamente produtora de modos de aprender e ensinar pensados de maneia antagônica à passividade exigida das crianças e professores nos currículos desenvolvidos nos cotidianos escolares.
RESUMO: O artigo objetiva pensar com crianças, junto a fotografias, a vida que insiste em transbordar em meio às vivências em uma escola pública de ensino fundamental. Diante do ataque capitalístico que sofrem os corpos em um cenário em que a vida é radicalmente empobrecida, discute a possibilidade de uma leitura fotográfica ao inverso dessa força de contenção, acreditando que a vida e a resistência antecedem as tentativas de controle. Utiliza como abordagem metodológica as redes de conversações com crianças, disparadas por fotografias, entendendo que a fotografia produz e força o deslocamento de pensamentos e encontros, pois cria superfícies vibráteis, produz reencontros de tempos e espaços, reinventa o passado e ilumina o presente, podendo suscitar uma potência e uma multiplicidade de criação de sentidos que vivem e morrem entre a intenção do fotógrafo e a imprevisibilidade-impossibilidade de uma única visão da fotografia. Conclui que as crianças buscam expressar linhas de vida que pulsam na relação de seus corpos com outros corpos e incorpóreos em seus cotidianos como um impulso para o movimento de criação.
Recusada a premissa de que a coordenação escolar tem caráter unicamente regulatório, este artigo tem por objetivo perguntar pelos possíveis de uma coordenação que, em contrapartida, faça festa. Para tanto, afirma que a vida nua, conceituada por Giorgio Agamben, não se efetiva nos cotidianos escolares unicamente como uma negação da força vital e, ao mesmo tempo, rejeita algumas leituras da obra de Michel Foucault que pressupõem a escola como espaço preso às amarras do poder. Aposta, assim, na possibilidade de produzir, mesmo em meio às ameaças à educação pública, afetos que fortaleçam a coletividade. Metodologicamente foi realizada uma rede de conversação entre professores e coordenadores do município de Cariacica-ES. Desse modo, apresenta pequenos recortes desses diálogos, de modo a apresentar modos alegres de fazer a coordenação escolar. Como ressalta a coordenadora, “Não sei animar tanto, mas até parece que eu vou cortar essa alegria toda!”. Por vezes, basta isto: ver no contágio da vida não um inimigo, mas um aliado poderoso.
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