Objetivo: Descrever a experiência na elaboração e implantação de um protocolo de condutas frente ao extravasamento de medicamentos não quimioterápicos. Método: Pesquisa descritiva, do tipo relato de experiência, realizada após a implantação do Time de Cateter de um Hospital Público, de nível quaternário, do interior do Estado de São Paulo, com a finalidade de elaboração de protocolo assistencial frente ao extravasamento de medicamentos não quimioterápicos. As ações foram divididas em quatro fases, que vão desde o conhecimento do time, até a mensuração dos resultados. Realizada pesquisa na literatura recente para construção do protocolo. Resultados: O protocolo foi elaborado, revisado e validado. Traz os principais sinais e sintomas que podem ocorrer, um quadro com as medicações vesicantes e qual a compressa utilizar, além de um fluxograma que norteia a ação. Conclusão: Novos conhecimentos baseados em evidência foram adquiridos e a habilidade foi melhorada, proporcionando mais segurança durante um atendimento de extravasamento.

Objetivos: Identificar e analisar as evidências existentes referentes ao uso da terapia com luz de baixa intensidade na cicatrização de feridas. Método: Revisão integrativa baseada no referencial de Ganong, com busca realizada em março de 2020, com recorte temporal de janeiro de 2015 a março de 2020. Resultados: Foram selecionados 15 estudos, com diferentes delineamentos de pesquisa. Observou-se uma diferença nos parâmetros utilizados com energias que variaram de 1 a 20 J, o comprimento de onda entre 632,8 e 940 nm e potência de 1,08 mW a 6W. Conclusões: Não há protocolo clínico estabelecido para a cicatrização de feridas com uso da terapia com luz de baixa intensidade, observa-se que há efeitos benéficos da fotobiomodulação com adequados comprimento de onda, densidade de energia e potência do aparelho. Há necessidade de novos estudos com finalidade de melhor entendimento dessa terapia e estabelecimento de protocolos clínicos na prática em saúde.

Objetivo. Avaliar a eficácia dos protocolos de aplicação transcutânea do Intravenous Laser Irradiation of Blood 30’ e 60’, sobre os efeitos adversos no tecido hematopoiético por agentes quimioterápicos antineoplásicos endovenosos em adultos. Método. Ensaio clínico, randomizado e unicego, realizado em serviço ambulatorial de quimioterapia de hospital público do estado de São Paulo realizado de abril de 2018 a março de 2019. A amostra constituiu de 55 pacientes com tumores sólidos, a partir do segundo ciclo de tratamento com fármacos endovenosos citotóxicos para o tecido hematopoiético. O comprimento de onda utilizado foi de 660 nm, por via transcutânea, sob artéria radial. Resultado. Comparado ao tipo de hemocomponente, obtivemos, respectivamente aos protocolos do Intravenous Laser Irradiation of Blood 30’ e 60’: hemoglobina (85%; 86%), plaquetas (100%; 100%) e neutrófilos (95%; 92%). Conclusão. Considerou-se ambos os protocolos eficazes e, portanto, sugere-se implantá-los em unidades de quimioterapia.

O câncer é o principal problema de saúde pública no mundo. Os fármacos antineoplásicos podem apresentar graves reações adversas, muitas delas são potencialmente fatais se não forem manejadas adequadamente. A capecitabina é um pró-fármaco quimioterápico sendo frequentemente utilizada no tratamento do câncer de mama, cólon e reto. Dentre as toxicidades mais frequentes em pacientes submetidos ao uso de capecitabina está a síndrome mão-pé (SMP). O objetivo deste trabalho foi elaborar um folder de orientações para prevenção e tratamento da SMP direcionado aos pacientes que usam a capecitabina visando à otimização do seu tratamento. Trata-se de relato de experiência que envolveu três etapas: identificação do problema; revisão narrativa da literatura, desenvolvimento do layout, ilustrações e escrita em formato de folder. O material constou de orientações simples, demonstrando quais os principais sinais e sintomas da SMP, além de um telefone para contato com o serviço. Foram inseridas também, questões relacionadas a mudança de hábitos de vida como melhora da ingestão hídrica, uso de sapatos confortáveis e a temperatura da água do banho, além de cuidados com a manipulação de produtos de limpeza. Além disso, foram citados os métodos não farmacológicos como uso de cremes à base de uréia, aloe vera e laserterapia. Concluímos que a elaboração do folder propôs um material educativo impresso que possibilitou abordagem mais assertiva, direcionada ao indivíduo, esclarecendo suas dúvidas e assegurando um melhor tratamento.

Objetivo: Demonstrar o uso da associação da fotobiomodulação com a hialuronidase tópica, no extravasamento de paclitaxel. Método: Estudo de caso referente a utilização da fotobiomodulação e da hialuronidase tópica em um extravasamento de paclitaxel ocorrido no ambulatório de oncologia de um hospital universitário. Após 450 ml de infusão do paclitaxel, observou-se parada da bomba de infusão, edema no local e constatou-se deslocamento de parte do cateter do local da punção. Paciente negou queixas álgicas no local e relatou que somente observou o edema no mesmo momento da equipe de enfermagem A área foi demarcada e apresentou medida aproximada de 3,5 x 3,0 cm (altura x largura).  Resultados: Após a constatação do extravasamento, foi realizado todas as medidas necessárias, seguindo-se o protocolo institucional. Foram realizados 9 pontos de fotobiomodulação utilizando-se como densidade de energia 1 joule/cm2, após, foi administrada hialuronidase tópica 65 UTR/g. Paciente foi orientado quanto aos cuidados domiciliares. Conclusão: A associação da FBM com a hialuronidase tópica, manteve a integridade da pele do paciente, não formando lesões decorrentes do extravasamento.