The aim of this article is to discuss how images and texts that configure the testimonies of the Project São Paulo Invisible can characterize a political power that drift not only of enunciative possibilities offered by Facebook, but also of the tactics of individuals and groups that refuse being positioned inside established discursive orders. By political power of the statements and enunciation ways displayed by Facebook we are considering the questioning attempts to the absence of a speaking place to subaltern people and the elaboration of "accounts of oneself" marked by social suffering and lack of recognition. We analyzed 17 posts in the Facebook page of the project between 3 and 27 February 2015. We also analyzed the first 30 commentaries to each post in order to know the moral impact of the narratives and to verify if the anonymous portrayed by the project had participated of these exchanges as interlocutors. The analyzed images and stories suggest ways of political subjectivation marked by the search of emancipation and recognition, but frequently constrained by mechanisms of visibility that can oppress, silence and enhance opacity.
Este artigo busca compreender como o discurso organizacional do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos,por meio de sua produção publicitária, faz emergir vestígios da comunicação interna da administração ministerial, a partirde estratégias de abordagem da diversidade na comunicação das secretarias. A metodologia é uma pesquisa exploratóriaque mapeou campanhas implementadas na primeira metade da gestão bolsonarista. A presença pontual de pessoas diversasnão significa mudança sistemática da comunicação, tampouco da gestão organizacional.
Este relato de experiência aborda reflexões de âmbito teórico e metodológico resultantes da oferta interinstitucional de uma disciplina sobre Comunicação e Territorialidades, reunindo estudantes de pós-graduação de seis programas das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul do Brasil. A proposição experimental foi possibilitada pelo ensino remoto durante a pandemia de Covid-19, atravessada pelo cenário de crise política, econômica e sanitária, e constituída por contribuições advindas de rodas de conversa com a turma e de jornalistas independentes e atuantes nas periferias de diferentes regiões brasileiras. Constata-se a potência da abordagem da pluralidade de experiências (acadêmicas e alternativas contra-hegemônicas) como caminho para entender as complexas tramas territoriais que constituem processos comunicativos muito além do aparato conceitual sistematizado na literatura.
Este artigo analisa fotografias retiradas de “arquivos” familiares, apresentadas por Samuel Gomes em um vídeo publicado no canal Guardei no Armário, no YouTube. Abordamos a relação de sujeitos racializados com as (im)possibilidades tecnológicas instauradas pelo sistema fotográfico de produção, considerando-as para além da intenção inicial do vídeo de celebração e rememoração. A partir das reflexões de Didi-Huberman, observaremos essas imagens como testemunhos, atos de fala, que nos revelam muito sobre as condições nas quais essas imagens foram produzidas. Constatamos que o racismo impregnado nos aparelhos contribui para que a consolidação de um padrão do que é belo subsidiado na branquitude. A configuração tecnológica racista se torna um obstáculo à construção de memória das pessoas negras, dificultando a preservação de registros familiares para sujeitos racializados por meio das fotografias, apagando traços e singularidades de quem compõe a maior parte do povo brasileiro.
Este artigo tem como objetivo iniciar a análise de 22 das mais de 50 iniciativas jornalísticas digitais mapeadas pelo projeto “Jornalismo Digital em Mato Grosso: Práticas e construção identitária em meios independentes”. Para compreender e analisar quais palavras e termos eram mais recorrentes na autodescrição das iniciativas, construímos nuvens de palavras, investigando como se constitui identitariamente o jornalismo produzido em Mato Grosso que se apresenta como independente. Além dos sites próprios, analisamos iniciativas que se preocupam em fazer uma autodescrição apenas nas redes sociais. Articulamos a discussão a perspectivas como as de Patrício e Silva (2018), Oliveira (2019) e Assis et al (2017). A ideia de jornalismo isento e imparcial pode ser reforçada ou questionada de forma a admitir que existem posições e opiniões na construção jornalística autodenominada independente.
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