Objetivo: Identificar o impacto da pandemia do coronavírus SARS-CoV2, na qualidade de vida de estudantes do curso técnico em enfermagem, quanto ao período de suspensão do calendário acadêmico. Método: Estudo transversal desenvolvido mediante formulário on-line, com alunos de uma instituição pública. Utilizou-se questionário composto por questões sociodemográficas e pelo The World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-bref). Resultados: Foram incluídos 55 participantes. 63,6% avaliaram sua qualidade de vida como boa e 47,3% estão satisfeitos com sua saúde. Na estratificação dos domínios do WHOQOL-bref, o “Físico” obteve o maior escore, 67,9%, enquanto o “Psicológico” teve o menor escore, 58,2%. O domínio “Psicológico” foi afetado significativamente pela situação conjugal (p = 0,0344), trabalho (p = 0,0392) e sustento da casa (p = 0,0196). Já a situação conjugal (p = 0,0025) e os filhos (p = 0,0212) tiveram relação significativa com a autoavaliação da qualidade de vida. Conclusão: Identificou-se que as variáveis relacionadas à situação conjugal, filhos, trabalho e sustento da casa alteram de forma significativa a qualidade de vida, durante a pandemia, dos estudantes investigados. Verificou-se também que, apesar da autoavaliação quanto à qualidade de vida e saúde serem boas, a dimensão psicológica é a mais afetada.
A pandemia do SARS-CoV-2 declarada pela Organização Mundial da Saúde em 2020 impôs à população mudança de posturas e adaptação nos modos de vida em todos os contextos. Considerando que tais mudanças podem refletir negativamente na vida das pessoas, esta pesquisa tem como objetivo determinar o impacto da pandemia da COVID-19 na qualidade de vida e no estresse de docentes do ensino básico, técnico e tecnológico de uma instituição federal de ensino. Trata-se de um estudo epidemiológico de corte transversal, cuja coleta de dados ocorreu de forma remota, nos meses de setembro a novembro de 2020 por meio da aplicação de um instrumento de identificação sociodemográfica, de formação e ocupacional, elaborada pelos autores, o WHOQOL-bref, versão brasileira e o Inventário de Sintomas de Estresse de Lipp. A obtenção dos resultados ocorreu por meio de análise descritiva e inferencial e evidenciou Índice Geral de Qualidade de Vida (IGQV) de 61,14%. A situação conjugal, o fato de ter filhos, participar de comissões e possuir titulação máxima foi significativamente associado aos domínios físico, psicológico, das relações sociais e geral, respectivamente. Na avaliação de estresse 54,95% tiveram avaliação positiva com predomínio na fase de resistência (90%), com sintomatologia psicológica (66%) e associação significativa em todos os domínios do WHOQOL-bref, demonstrando que o estresse interfere na qualidade de vida dos docentes. Desta forma, destaca-se a importância de se promover ações que objetivem a redução dos níveis de estresse para a melhoria na qualidade de vida dos docentes.
A pandemia da COVID-19, declarada pela Organização Mundial da Saúde, em 2020, impôs à população mudança de posturas e adaptação nos modos de vida em todos os contextos. No cenário acadêmico, resultou na suspensão das atividades presenciais, na mudança de metodologias de ensino e na organização do trabalho, o que pode influenciar a qualidade de vida da população. Objetivo: identificar os fatores intervenientes na qualidade de vida dos docentes de uma instituição educacional pública federal brasileira durante a pandemia. Método: estudo descritivo, de abordagem qualitativa realizado com 20 professores do ensino Básico, Técnico e Tecnológico. Os dados foram coletados de forma remota, nos meses de setembro a dezembro de 2020, por meio de entrevistas semiestruturadas processadas por meio do Software Iramuteq®. Resultados: o estudo evidenciou que a pandemia da COVID-19 interferiu na qualidade de vida da população estudada. Como efeitos negativos observaram-se: sobrecarga de trabalho; dificuldades com as mudanças de rotinas e com as adaptações tecnológicas; desgaste relacionado à preocupação com a qualidade e o processo ensino-aprendizagem e impactos na saúde física e mental. Como fatores positivos foram identificados: aproximação familiar e autoconhecimento. Conclusões: o estudo identificou fatores intervenientes na qualidade de vida dos participantes que impactam de forma positiva e negativa no âmbito individual, familiar e profissional.
Os técnicos em enfermagem representam um dos maiores quantitativos de profissionais da saúde e têm um amplo campo de atuação. O mercado de trabalho leva em consideração, além de habilidades técnicas, competências interpessoais na contratação dos profissionais e formar um profissional com tal perfil é um constante desafio. Objetivou-se descrever o perfil dos egressos do curso técnico em enfermagem dos primeiros dez anos de existência da instituição pesquisada, bem como a formação recebida e inserção no mercado de trabalho. Trata-se de estudo descritivo com delineamento de corte transversal realizado com egressos de um curso técnico em enfermagem da rede federal de educação dos anos de 2010 a 2019. Utilizou-se instrumento estruturado próprio encaminhado pelo Google Forms®. Foram incluídos 143 egressos, com predomínio de: mulheres (93,7%, n = 134), jovens (30,1 ± 8,6 anos), ingresso no mercado de trabalho no período de um a seis meses após a formação (51,5%, n = 67), atuando em hospitais (74,0%, n = 97), em setores críticos (26,7%, n = 37) e com baixa remuneração (média de R$ 1.702,92). O perfil levantado reforça a característica profissional de maioria feminina, com único vínculo empregatício e baixa remuneração. Os participantes alcançaram rápida inserção no mercado de trabalho e o ensino ofertado impactou positivamente na atuação profissional e na conquista do primeiro emprego.
Objetivo: Estudo epidemiológico observacional de corte transversal que objetivou avaliar o nível de estresse e a QV de docentes e estudantes de um Instituto Federal de Ensino, no contexto da pandemia da COVID-19. Método: A coleta de dados foi realizada de forma remota com auxílio do Google Forms®, mediante o Inventário de Sintomas de Estresse de Lipp (ISSL), o World Health Organization Quality of Life (WHOQOL-bref) e questionário sociodemográfico. A análise dos dados do ISSL e WHOQOL-bref ocorreram conforme padronização elaborada pelos autores dos instrumentos e os dados sociodemográficos foram analisados por estatística descritiva e inferencial. Resultados: Participaram 259 indivíduos, dos quais 54,83% apresentaram escores compatíveis com estresse, predominantemente na fase de resistência (52,82%). O índice geral de qualidade de vida foi de 65,11% e o domínio do “Meio ambiente” obteve a melhor avaliação (13,78 ± 2,39). Foi evidenciada associação entre baixa qualidade de vida e estresse (OR 3,13; IC 95%), bem como entre a rotina escolar e o estresse (OR 2,93; IC 95%). Situação conjugal (p = 0,041), raça (p = 0,043), categoria (p = 0,011) e filhos (p = 0,042) tiveram associação significativa com a qualidade de vida. Conclusão: Evidenciou-se que a baixa qualidade de vida e a rotina escolar foram significativamente associadas ao estresse.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.
customersupport@researchsolutions.com
10624 S. Eastern Ave., Ste. A-614
Henderson, NV 89052, USA
This site is protected by reCAPTCHA and the Google Privacy Policy and Terms of Service apply.
Copyright © 2024 scite LLC. All rights reserved.
Made with 💙 for researchers
Part of the Research Solutions Family.