As práticas educativas de adaptações curriculares para estudantes que possuem deficiência intelectual são o tema tratado no presente artigo, resultado de uma pesquisa do mestrado em educação, que buscou responder à seguinte questão: como os professores compreendem e fazem uso das adaptações curriculares no processo de inclusão dos estudantes com deficiência intelectual no Ensino Médio? O objetivo deste estudo foi analisar como os professores de estudantes com deficiência intelectual, incluídos no Ensino Médio, compreendem e fazem uso das adaptações curriculares atendendo à política de Educação Especial. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, com delineamento de casos, que envolveu o estudo com docentes atuantes no Ensino Médio da rede estadual do município de Chapecó (SC). A coleta de dados foi por entrevistas semiestruturadas, com análise do conteúdo em Bardin (2016). A fundamentação teórica amparada em Vigotsky1 possibilitou identificar que, mesmo diante das dificuldades estruturais enfrentadas na atuação inclusiva, os professores conseguem promover adaptações curriculares de pequeno porte para estudantes com deficiência intelectual. O êxito da educação inclusiva está associado à formação acadêmica e continuada e ao compromisso profissional.
RESUMO: O texto aborda uma pesquisa que investigou como o acesso de estudantes com deficiência na educação superior reverbera nas práticas de gestão universitária no que se refere aos direitos desse público. Nesse sentido, buscamos compreender os efeitos da presença de estudantes com deficiência nos programas e políticas institucionais relativas à inclusão. Foram entrevistados gestores atuantes em quatro universidades, localizadas no oeste de Santa Catarina: uma pública federal, uma pública estadual, uma comunitária e uma privada. Por meio de entrevistas narrativas, foram geradas materialidades empíricas, posteriormente analisadas na perspectiva da análise do discurso, com referenciais foucaultianos. O estudo aponta os efeitos dos discursos normativos da inclusão na subjetivação dos gestores e os posicionamentos frente às demandas. Constatamos que as políticas governamentais de inclusão, materializadas, inclusive, nos instrumentos de avaliação dos cursos e das instituições de educação superior aplicados pelo Ministério da Educação, mobilizam os gestores a investirem esforços na inclusão.
Este artigo é resultado de um estudo que objetivou investigar o processo de mediação pedagógica entre docentes e estudantes com deficiência na aula universitária. Está vinculado a uma pesquisa mais ampla, cujo objetivo foi tensionar o processo de inclusão de estudantes com deficiência na educação superior e compreender os seus efeitos na docência. O material empírico, gerado por meio de entrevistas narrativas realizadas com dez professores de estudantes com deficiência em diferentes cursos de graduação, foi examinado pela perspectiva da análise do discurso, amparada em referenciais foucaultianos. O texto evidencia o empenho docente em promover a inclusão e aprendizagem e constituir-se como professor mediador. O estudo aponta que os professores são subjetivados pelos discursos da inclusão, o que resulta em posturas amorosas e solidárias. A complexidade do processo torna-se explícita quando os professores vivenciam esse desafio e necessitam reestruturar suas práticas pedagógicas. Exercer a docência com “o diferente” é uma possibilidade para que o profissional de distintas áreas do conhecimento atuante na educação superior descubra que mesmo que domine o conteúdo específico e acumule títulos acadêmicos isso não basta, pois a docência é outra profissão, é o encontro com o novo, com o imprevisível.
Este texto evidencia uma pesquisa cujo objetivo foi identificar o bom professor de engenharia civil, na perspectiva dos estudantes do curso, e analisar as práticas pedagógicas desses docentes atuantes em uma universidade localizada no oeste do Estado de Santa Catarina. Por meio de entrevistas semiestruturadas, coletamos materialidades empíricas com dez estudantes do último período do curso de engenharia civil, considerando o maior tempo de convívio desses estudantes com a maioria dos professores do curso. O material coletado foi organizado em categorias de análise, levando em consideração a relevância e a recorrência das narrativas e foi examinado pela perspectiva da Análise de conteúdo com base em Bardin. Concluímos que o considerado bom professor pelos estudantes domina saberes conceituais, atitudinais e procedimentais.
A proposta brasileira de Educação Inclusiva resultou no crescente acesso de estudantes com deficiência às escolas regulares. Decorrente disso, o sistema educacional brasileiro mudou significativamente quanto ao atendimento a esses educandos. O Atendimento Educacional Especializado (AEE) caracteriza-se como uma das estratégias de inclusão previstas pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Este artigo evidencia uma pesquisa que objetivou compreender os desafios profissionais e os efeitos de subjetivação produzidos pelas políticas de Educação Especial no que diz respeito ao AEE. O problema de pesquisa que direcionou o estudo assim constituiu-se: Como os docentes são desafiados para operacionalizar a Política Nacional de Educação Especial no que diz respeito ao Atendimento Educacional Especializado (AEE)? Para este estudo, foram entrevistadas professoras atuantes no AEE em escolas e centros de educação infantil no oeste de Santa Catarina. O material empírico gerado por meio de entrevistas narrativas foi examinado pela perspectiva da análise do discurso, amparada em referenciais foucaultianos. O estudo evidenciou como os discursos legais têm operado na subjetivação e governamento dos docentes atuantes no AEE. Os discursos inclusivos presentes nas instituições escolares e nas políticas públicas de inclusão surgem como uma forma de governamento das populações, buscam o controle e o gerenciamento do risco, além da subjetivação dos indivíduos. Contudo, os avanços no campo da educação inclusiva são evidentes e reconhecidos, e, mesmo que haja a necessidade de tensionar seus paradoxos, é essencial intensificar o processo de inclusão.
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