OBJETIVO: promover uma abordagem teórica dos aspectos relevantes a respeito da audição na infância e da detecção precoce da deficiência auditiva infantil. MÉTODOS: foi realizada pesquisa bibliográfica sobre a importância da audição no desenvolvimento infantil, o histórico da detecção precoce da deficiência auditiva infantil e a metodologia usual nos programas de triagem auditiva neonatal. O período de análise foi a partir de 1980 e os descritores utilizados foram deafness, hearing loss, hearing impairment and children. RESULTADOS: a audição é o elemento fundamental para a aquisição e desenvolvimento da linguagem. Muitos são os indicadores de risco que podem afetar a audição nos períodos pré e peri natal. Sendo a detecção precoce um fator determinante para o prognóstico de reabilitação, é de extrema importância a sua efetivação. Existem diferentes metodologias para a detecção da deficiência auditiva, porém os programas de triagem auditiva neonatal que utilizam emissões otoacústicas vêm demonstrando grande aceitação pela sua eficácia e praticidade. CONCLUSÃO: existem graves implicações da deficiência auditiva para o desenvolvimento infantil. A implementação dos programas de triagem auditiva neonatal pode garantir a detecção precoce, o diagnóstico e a reabilitação a tempo de minimizar os efeitos da deficiência auditiva sobre o indivíduo.
Objective: To study the perception about environmental noise of professionals and parents of neonates assisted in a Neonatal Intensive Care Unit (NICU), and to compare the findings with the measured noise levels.Methods: The perception of parents and professionals that work in the NICU in relation to the presence of noise was evaluated by a questionnaire. Sound levels in three rooms and in the corridor of that environment were registered 24 hours/day during 9 days by the Quest Q-400 Noise Dosimeter and analyzed by QuestSuíte MR software. Kruskal-Wallis e Mann-Whitney tests were used to compare the noise levels in different places, being significant p<0.05.Results: The average noise levels in the intensive, intermediary care, isolation rooms and in the corridor of the unit were 64.8, 62.1, 63.8 and 61.9dBA, respectively (p<0.001). Health professionals qualified the noise as present and intense, but parents evaluated the noise as moderate. Health professionals judged their own behaviors as noisy, and parents believe that they do not contribute to the existent noise at the place. Health professionals believed that newborns and professionals who work in the NICU may be injured by the noise, but this was not true for parents. All groups considered possible to reduce noise.Conclusions: The opinion about noise intensity differed significantly among health professionals and parents. Health professionals were more coherent about NICU's measured and perceived noise levels. Key Artigo OriginalPalavras-chave: ruído; recém-nascido; medição de ruído; neonatologia.
RESUMOObjetivo: Identificar a presença de hiperacusia e investigar as características dos sons desconfortáveis e os comportamentos desencadeados pelo desconforto, em músicos de uma Banda Militar. Métodos: Foram estudados 27 músicos da Banda Militar da Base Aérea de Santa Maria (RS), com idades entre 22 e 50 anos, com tempo de serviço militar entre quatro e 26 anos e com exposição diária ao ruído de trabalho de duas a oito horas. Todos foram submetidos à avaliação audiológica básica, teste do limiar de desconforto sonoro e aplicação de um questionário. Considerou-se presença de hiperacusia, quando a média dos valores obtidos no teste do limiar de desconforto em 250, 500, 1000, 2000, 4000 Hertz foi menor ou igual a 90 decibéis, associado à queixa de desconforto auditivo. Resultados: Verificou-se hiperacusia em 37% dos músicos. Destes, 50% apresentaram audição normal e 50% apresentaram audição normal com presença de entalhe; 80% sentiam o desconforto diariamente e 20% após o trabalho com a banda de música; INTRODUÇÃOMúsicos profissionais dependem especialmente de boas condições auditivas. Lesão do órgão de Corti, hiperacusia, zumbido, entre outras alterações, podem impedir ou dificultar a utilização plena das habilidades auditivas, prejudicando não só o trabalho, mas também a qualidade da vida social destes indivíduos.A hiperacusia é caracterizada pelo constante incômodo a sons de intensidade fraca ou moderada, independente da situação ou ambiente (1) . Este sintoma deve ser distinguido de outros tipos de intolerância a sons, como a misofonia/ fonofobia, a qual se caracteriza por uma atitude emocional negativa ao som, incluindo o medo. Este fenômeno age na esfera psicológica, já que o desconforto depende do tipo de som, das experiências prévias, do contexto em que o som se apresenta e do perfil psicológico do paciente. Neste caso, a atividade neural na via auditiva é normal, havendo uma reação intensa anormal dos sistemas límbico e autônomo. Já na hiperacusia, há uma amplificação anormal da atividade neural evocada por um som na via auditiva, que sofre uma ativação secundária do sistema límbico (2) . Existem parâmetros para a identificação da hiperacusia. O primeiro consiste de anamnese detalhada, a partir da qual é possível suspeitar da presença deste problema. Um aspecto importante a ser investigado durante a anamnese é se o indivíduo apresenta desconforto a sons, que não evocam reação similar em ouvintes comuns (3) . O segundo parâmetro de identificação é a realização do teste do limiar de desconforto (Loudness Discomfort Level -LDL), momento em que se determina o limite de tolerância ao som em cada freqüência. Neste teste, a intensidade do tom puro é progressivamente aumentada, a partir dos limiares tonais até que o paciente indique quando este tom torna-se incômodo, antes de ser percebido como doloroso (4) . Quando a média dos limiares de desconforto obtidos nas freqüências de 250, 500, 1000, 2000 e 4000 Hz for igual ou inferior a 90 dB NA, há indicação da presença de hiperacusia (5) .
Methods: NICU-HUSM professionals were initially contacted through informal interviews during the morning, afternoon and night shifts. Leaflets were delivered and posters were installed to raise awareness of the harmful effects of noise on neonates and professionals and to suggest behavioral changes to reduce noise levels. The suggestions included avoiding loud talking, careful handling of the incubator doors and keeping mobile phones on silent mode. One month later, questionnaires were used to assess behavioral changes since the first contact. Results: Most of the professionals rated the NICU-HUSM noise level as moderate. Overall, 71.4% of the respondents acknowledged that their behaviors were noisy. The entire sample reported believing that the unit noise levels could be reduced by speaking lower, reacting more quickly to alarms and handling furniture more carefully. The NICU professionals reported adopting these behaviors. Conclusion: This noise control program was considered successful because the professionals became aware of the level of noise and adopted behavioral changes to avoid generating unnecessary noise.
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